Habemus Líder
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Cause I gotta have Faith
I gotta have... Faith
Because I've gotta have Faith, Faith, Faith
I gotta have Faith, Faith, Faith.
Ontem assistimos a uma vitória, algo esmagadora de Pedro Passos Coelho, enquanto candidato à liderança do PSD. Embora na minha secção, a vitória tenha pertencido a Paulo Rangel, já sabia de antemão que a vitória pertenceria no final da noite a Passos Coelho. Diz-se que a sorte favorece os audazes. E durante mais de um ano de campanha há que admitir que vimos audácia em Passos Coelho.
Não posso afirmar com honestidade que a vitória me surpreenda, ou que me realize. Mas aceito que os militantes do meu partido tenham demonstrado em força aquilo em que acreditam e aquilo que querem para o país. A todos os militantes dou os Parabéns! E aos candidatos, vencedor e vencidos, também dou os Parabéns! Há que reconhecer o esforço que todos os candidatos fizeram para desenvolver um projecto para o partido e para o país, submetendo-se a um escrutínio eleitoral que nem sempre é complacente.
Habemus papam líder!
O novo líder do PSD superou os restantes candidatos à presidência do partido em todas as distritais, nos Açores e no círculo da Europa e de fora da Europa, tendo sido derrotado por Paulo Rangel apenas na Madeira.
Segundo actualizações do PSD, os números provisórios serão de 61,1% para Passos Coelho, Paulo Rangel com 34,6%, Aguiar Branco a 3,6% e 0,3% para Castanheira Barros.
Agora resta a todo o militante esperar que o trabalho venha a ser desenvolvido. Esperar um PSD mais forte, mais coeso, com uma oposição mais acesa e mais de encontro aos interesses do povo português. É com o trabalho e com o exemplo que se mede um líder. Passemos então do virtual ao real.
Preocupante será também encontrar um novo líder da bancada parlamentar, já que Aguiar-Branco anunciou ontem a sua renúncia ao cargo. Muitos desafios e obstáculos se colocam no caminho do PSD de hoje, mas tenho fé que o nosso partido consiga ultrapassá-los, servir a sociedade e acima de tudo, formar um partido em que sabemos de onde vimos, onde estamos e para onde queremos ir.
Num momento em que me é pedido que reflicta sobre o estado do PSD, a primeira coisa que penso é no tanto que haveria a dizer e no quão simplista será, forçosamente, esta reflexão. No entanto, e porque é sempre um prazer este exercício de pensarmos aquilo que nos é querido, agradeço ao Psicolaranja esta oportunidade de partilhar um ou outro pensamento sobre o nosso PSD.
O PSD ESTÁ EM CRISE?
Em primeiro lugar, dizer que, para mim, o problema do PSD não tem que ver com falta de ideologia ou valores-base. Para mim, o valor-base do PSD são as pessoas e não creio que essa definição, forçosamente simplista, tenha tanto de vazio assim. Porque dizer que o valor-base do PSD são as pessoas é dizer que este é o Partido Político que acredita na capacidade dos portugueses. E porque acredita nessa capacidade, o PSD é o único Partido Político português que verdadeiramente defende o valor da Meritocracia. E se o PSD acredita nas pessoas, não lhes mente por interesses ou caprichos eleitoralistas, embrulhados numa complacência que, tantas vezes, mais não é que uma escandalosa falta de respeito pelos eleitores. E um Partido que acredita nas pessoas respeita-as, respeita a sua liberdade e dignidade individual.
E esta fórmula quase absurdamente simplista é a única que vai de encontro à solução para a crise que afecta, efectivamente, os portugueses.
É que na minha perspectiva a verdadeira raiz da crise é aquela que resulta da mudança de paradigmas, da destruição de conceitos e correlações que constituíam alicerces inquestionáveis da sociedade. Fenómenos como os “Novos Pobres” são exemplos crassos daquilo que constitui o problema mais grave que esta crise trouxe. Neste novo conceito de sociedade que se desenha, ser instruído ou ter emprego, por exemplo, não significa que não se passe fome. E se a correlação entre trabalho/segurança/dignidade era uma garantia adquirida, não bastaria já o desemprego, que o próprio emprego pode ser garante de coisa nenhuma.
E é nesta destruição de correlações sociais estruturais que eram garantias, que reside o verdadeiro problema da crise e aquilo que a vai enraizando.
Não terá sido por acaso que o PSD foi o primeiro Partido a denunciar esta situação dos Novos Pobres e o único que, no meu entender, compreende realmente a gravidade estrutural que ela representa para os portugueses. Ou, ainda mais básico, o Partido que denunciou que, naturalmente, a crise social dos portugueses e a exposição da fragilidade dos valores que nos sustentam enquanto sociedade, nada tem a ver com respostas às questões que alguns gostam de chamar fracturantes. Porque o que verdadeiramente fractura a sociedade e a vida dos portugueses, não é o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas, por exemplo, a eminência de uma pobreza que não foi possível prever.
E acho ainda mais. Que se o PSD tem como valor-base isto de acreditar nas pessoas, estes tempos de governação socialista são os tempos em que nos diferenciamos, demarcamos e afirmamos mais que nunca naquilo que nos caracteriza enquanto Partido.
Episódios como o Estatuto do Aluno ou a “pseudo” Avaliação de Professores, são exemplo da mais elementar política do facilitismo e de promoção do demérito, e caracterizam de forma inequívoca o rumo da governação Sócrates.
Se a isto juntarmos (e ficando só pela rama!) o desperdício diário de tantos euros dos fundos comunitários, que eram dos portugueses por direito e que estes não puderam usar para construir as suas próprias soluções, tantas vezes apenas por uma escandalosa falta de responsabilidade política, então a demarcação entre PS e PSD é claríssima.
Na base, porque o PSD acredita nos portugueses. E respeita-os.
O problema é que, se com tudo isto, o PSD não conseguiu afirmar-se ou demarcar-se e apresentar-se como solução, algo tem de estar a correr inegavelmente mal.
Sabemos que a verdadeira mensagem não é aquilo que dizemos, mas aquilo que o interlocutor escuta. E o PSD não só não conseguiu passar a sua mensagem, como deixou que a teoria “PSD-não-tem-valores-porque-não-consegue-responder-em-uníssono-a-temas-fracturantes-como-o-casamento-entre-pessoas-do-mesmo-sexo” ganhasse consistência e fosse entendida pelos portugueses como uma “deriva ideológica”. O PSD não conseguiu ser, verdadeiramente, o PSD.
PORQUÊ? O PSD DEIXOU DE ACREDITAR EM SI
Admito que seja possível formular milhares de teorias que expliquem o que vai mal no PSD. Para mim, a principal razão é que o PSD parece ter deixado de acreditar em si próprio. E, continuamente, tem passado essa imagem para os portugueses. A imagem de um Partido pouco seguro de si. A imagem de um Partido envergonhado. A Política de cabeça baixa.
E essa imagem começa a ser propagada e ganha força, desde logo, na postura que os próprios políticos e dirigentes partidários adoptam quando se fala dessa “classe política”. Como quem pede desculpa. E quão mal irão as coisas quando é o próprio partido político e os seus dirigentes que parecem sentir vergonha de o ser?
Juntando a isso, claro, esta “moda” de aversão ao conceito “estrutura” ou “estrutura partidária”. E o PSD nisso, mais que qualquer outro partido, parece sempre disposto a adoptar um ar contristado e a fazer um Mea Culpa por coisa nenhuma.
Devo dizer que o que a mim me causa verdadeira aversão é não só consentirmos, enquanto Partido, na afirmação desta “moda” mas, pior, sermos causa activa da sua propagação.
A “estrutura partidária” é o conjunto de pessoas que, livremente, escolheu servir a sociedade militando num Partido Político em cujos valores acredita. Pessoas que tiram do seu tempo para dedicarem ao partido que, acreditam, é aquele que melhor servirá a causa pública e os portugueses. E eu, tal como muitos outros pontinhos na estrutura, tenho vergonha de cada vez que um dirigente partidário baixa a cabeça e se envergonha da actividade política porque essa é “a moda”. Essa “estrutura” é a rede que suporta, executa e prossegue, dia-a-dia, a política social-democrata. Nas Associações, nas Juntas e nas Câmaras, no poder ou na oposição, é a “estrutura” que conquista verdadeiramente o lugar do PSD no país. E é a guardiã primeira do Partido Social Democrata. Se não nos respeitarmos, quem respeitará?!
E cabe ao Partido, aos seus dirigentes e à dita “estrutura”, trabalhar incansavelmente para fazerem de si os melhores preparados para servir a causa pública. Porque isso é aquilo que os portugueses devem poder esperar de um Partido Político.
Em resumo (e é tanto o que ficou por dizer!), não creio que o PSD padeça de uma deriva ideológica mas padece, isso sim, de uma grave crise de amor-próprio.
Em dia de Eleições Directas, é evidente que votarei no candidato que, a meu ver, será verdadeiramente capaz de recapturar o PSD desta forma cabisbaixa de entender a Política e o Partido.
Votarei Pedro Passos Coelho porque acredito que só ele reúne as características que permitirão ao PSD acabar com essa crise de amor-próprio que, a continuar, nos destruirá.
Mas é verdade que o objectivo desta reflexão, desta partilha, não é o da campanha política por este ou aquele candidato. Porque o que importa lembrar é que o PSD representa um valor em si mesmo.
E caminhando para o final desta troca de pensamentos, dizer que é naturalmente fácil entender que o nosso carácter heterogéneo e interclassista dificulta certas respostas uníssonas. Mas a verdade é que é exactamente essa heterogeneidade que nos caracteriza enquanto Partido que nos permite ser solução e resposta para tantas pessoas com características tão diferentes. E esse é o nosso activo mais precioso.
Que discutamos todos juntos directrizes e formas de execução. Estatutos e esquemas de funcionamento. Que se debata, que se proponha, que se vote e que todos tenham alguma coisa a dizer. Porque isso é também e tanto a essência de se ser social-democrata. E que cada um de nós, militantes e dirigentes do PSD, não cometa nunca o erro gravíssimo de confundir União com Unicidade.
Termino este pequeno texto com uma referência muito especial à JSD. E pela JSD corro o risco de ser tomada por pouco humilde ou de ferir até
algumas susceptibilidades. É que a JSD não faz política cabisbaixa. E se a JSD é absolutamente indispensável ao Partido, não é porque a vivacidade e a energia da juventude permite saltar e gritar durante mais tempo. É pela capacidade de entrega. É, sobretudo, pela convicção na causa e na missão que se prossegue e se defende. O brilho nos olhos que torna a JSD incansável mas, mais importante, que chega directamente às pessoas e as conquista.
E esse brilho e essa forma não são uma característica exclusiva que se detém dos 14 aos 30 anos (até porque não falta, por um lado, quem dos 14 aos 30 nunca deteve tal característica ou quem, por outro lado e felizmente, tenha muito mais de 30 anos e nunca a tenha perdido). Que se vista a camisola, enrole o cachecol e segure a bandeira. E que se olhe as pessoas de frente.
Gandhi dizia, “SÊ A MUDANÇA QUE QUERES VER NO MUNDO.”
Os portugueses acreditam. Quando nós acreditarmos também.
Foto: Olhares.com
Lembro-me de uma conversa, no dia de encerramento da última campanha para a eleição do Presidente da República. Estávamos no Buddha Bar em Lisboa e dizia o Daniel Fangueiro, na altura Presidente da JSD: o meu desejo para esta eleição é o Cavaco a ganhar com maioria absoluta, o Soares atrás do Alegre e o Louçã com menos de 10% para não ter direito à subvenção e ter de pagar a campanha (acho que era esta a votação mínima).
Desta conversa bem animada, poderia eu partir para uma relacionada com estas eleições directas no PSD. E vou mesmo partir, ou não estivesse eu aqui a escrever este post
Mas não! Não vou pedir Rangel em primeiro e os restantes pela ordem do boletim. Não vou pedir que o Aguiar Branco tenha menos de não sei quantos por cento ou até menos que o Castanheira Barros. Não vou sequer pedir que o candidato vencedor seja aclamado pelos outros e que todos se unam de imediato em volta de um ideal comum.... Bem, esta última não vou pedir porque mesmo quando, em miúdo, fazia o gesto da foto, pedia sempre uma bola de futebol nova, uma bicicleta ou somente para passar de ano. Nunca pedi um avião a jacto ou que o Benfica fosse campeão 10 anos seguidos porque não gosto de abusar da sorte.
Vou apenas desejar que saia desta eleição o próximo Primeiro Ministro de Portugal. Mas não o faço por acreditar na sorte, em fadinhas ou em oráculos. Faço-o, acima de tudo, por convicção! Convicção de que Portugal precisa do PSD! Convicção de que qualquer um dos dois candidatos que podem ganhar hoje à noite é bem melhor que José Sócrates. Convicção de que quanto mais rápido o país mudar de rumo e de mãos, mais rápido voltaremos a encontrar o caminho do progresso, do crescimento e da estabilidade.
E isso, eu posso pedir a todos os que lêm este blogue! Sim, até mesmo aquele nosso comentador que é da JS e um outro que parece que é comunista, ainda que eles não me concedam o desejo. Mas a todos os que nos leêm vou pedir: vamos dar a Portugal o PSD de que o país precisa para que Portugal nos dê a nós Portugueses o futuro pelo qual já desesperamos!!!
Do que mais me orgulho, porém, é do facto de estar cada vez mais convicto que estou do lado certo. Sem populismos desmedidos, sem claques nem caciques, esta foi uma campanha marcada pela seriedade de um homem que demonstrou à saciedade estar pronto para comandar os destinos do partido e do país.
José Pedro Aguiar-Branco é o exemplo, para mim, do militante modelo, sério, competente e completamente apaixonado pelo PSD. Alguém que compreende a sua história, que dela fez parte e que teve já a oportunidade de servir o país em posições diferentes de forma igualmente impressionante, sem espectáculo, é certo, mas com resultados.
O que hoje se decide é demasiado importante para nos perdermos em tricas pessoais, mas o carácter das pessoas é também importante. Não podemos negligenciar a emotividade da política, mas a escolha tem de ser profundamente racional.
Por tudo isto, é com orgulho que voto num candidato diferente, esperando que a força de todos impulsione o partido para a senda de vitórias de que Portugal desesperadamente precisa.
A cerca de uma hora da abertura as urnas para mais umas eleições directas no PSD, apelo a mandatários, directores de campanha, respectivos homólogos para a juventude, e restantes staff de campanha que respeitem o dia de hoje, dito de reflexão. Mas, sobretudo, que respeitem a capacidade que todos e cada um dos militantes de PSD tem, para em consciência, escolher o candidato que quer como novo líder do partido.
É certo que os regulamentos eleitorais não proíbem o envio de sms e/ou outras formas de apelo ao voto nesta ou naquela candidatura. Porém, a consumação deste facto, quanto a mim, vai para além da estrita interpretação dos regulamentos, é uma questão de consciência.
Houve um período de campanha. Houve tempo e espaço próprios para que os que hoje se apresentam a votos, nos apresentassem as suas ideias, posições, visões de futuro para o PSD e Portugal. Nós, os restantes militantes do PSD, ouvimo-los, lemos as suas moções, discutimos as suas propostas. Alguns desses, decidiram aderir livremente a um ou outro projecto, debatendo-se, trabalhando por ele.
Hoje é dia de eleições. Hoje é dia de serem os militantes a decidir o que querem para o PSD e para Portugal. Respeitemos isso.
Em nome da mudança, que se rompam com os velhos hábitos pela unidade do Partido!
Ontem foi aprovado o texto do PEC. O PSD deu um sinal de estabilidade ao país e aos mercados financeiras. Esta decisão apesar de ser nos últimos dias de liderança de Manuela Ferreira Leite deu um sinal. Um sinal de que iremos em breve conhecer um novo Governo. Creio que independentemente do vencedor das eleições de hoje, estamos a caminhar para um Governo de coligação muito em breve...
Hoje irei exercer o meu direito e dever de voto como militante do PSD.
Votarei em Pedro Passos Coelho.
Acredito no futuro, tenho fé num melhor presente.
Escolho pela positiva, não por default. E quero acreditar numa adesão ao acto eleitoral como nunca se viu no nosso partido.
Amanhã quero acreditar num PSD forte e unido pela nossa vontade de ver Portugal Primeiro e também pelas nossas diferentes opiniões que são a nossa força motriz.
Portugal precisa do PSD, e o PSD deve muito a Portugal.
Portugal Primeiro!
O Grupo (ou Clube) de Bilderberg reúne anualmente um número relativamente restrito de várias personalidades europeias e norte-americanas. É um grupo polémico e há quem os acuse de serem uma espécie de organização secreta que move influências no sentido de dominar o Mundo (agora ficava bem haver som nos posts para ser poder ouvir aquele riso assustador: huah-ha-ha-ha-há!!!).
A verdade é que o secretismo é quase nenhum e pode facilmente conhecer-se quer o local onde se realizam as reuniões anuais, quer os participantes que são escolhidos por um “comité executivo”. A ideia poderá advir do facto de os participantes assumirem um compromisso de não divulgarem o que lá foi discutido mas tal servirá mais para que todos possam falar livremente e sem receio de repercussões.
Este ano participarão portugueses, como habitualmente. Pinto Balsemão é um dos habituées e contará com a companhia de… adivinhem lá… Paulo Rangel.
Será que o sorteio que ditou a ordem dos candidatos no boletim de voto foi o primeiro sinal do ordenamento final em termos de votação?