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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

A falsa ilusão.

nunodc, 24.02.10

 

E eis que o PSD volta ao circo mediático, com mais uma eleição interna. Passos Coelho, Paulo Rangel, Aguiar Branco e, presume-se, Castanheira Barros são os nomes falados.

Um qualquer outsider que assista a um espetáculo destes sente-se, de uma forma crua, desolado. E porquê..? Porque os vícios que causam o interminável número de eleições internas por lá continuam.. e por lá parecem ficar. 

Para trás ficam quaisquer valores ou ideais que deveriam ser os condutores de qualquer acção política. Adopta-se, ao invés, uma postura de bloqueio, de não deixar que o outro se sobreponha. Ninguém parece ambicionar ser melhor por mérito próprio, optando ao invés por denegrir os outros, principalmente nos bastidores, almejando não parecer ser tão mau como qualquer outro candidato. Só assim se explica a campanha interna de ataques, de críticas, de destruição, de facções.

Admiro bastante Manuela Ferreira Leite. Digo mesmo que é das poucas pessoas na política que acredito que aja de boa fé e que tenha determinados ideiais. Foi vista como salvadora, na altura, para começar a ser atacada no dia seguinte. Aguentou o barco, mesmo não sendo talhada para tais lutas, não desistiu. Podia ter batido o pé muitas vezes (o que muita gente esperava), não o fez. Sai, agora, aparentemente, de cabeça erguida, mesmo na senda dos desaires nas eleições do passado ano. 

Eu aprecio a combatividade. Gosto quando se bate com a cabeça na parede mas não se desiste. Admiro os que lutam por ideais, por terem a profunda convicção de que são capazes de fazer mais e melhor. Mas é inadmissível o que se tem passado naquele que é, e parece que quererá continuar a ser, o "maior partido da oposição", onde a união é quase nula e onde parece imperar a capacidade de cada um de "sacar" determinados votos em determinados distritos/secções. 

O que espero destas futuras eleições..? Nada. Julgo que será PPC o vencedor. Não o vejo como sendo positivo ou negativo, infelizmente. E não o vejo porque, independentemente do vencedor, todos sabemos que a campanha de preparação do líder seguinte começará no dia seguinte às eleições.  O próximo é que é bom, não o actual. O resto não será relevante..

*PSICOAWARDS 2009*

Luís Nogueira, 23.02.10

Nesta altura do ano, os membros do PsicoLaranja são chamados a escolher os vencedores dos PsicoAWARDS! A tradição é ainda curta, mas a motivação e a dificuldade nas escolhas foi mais do que muita, nesta 2ª edição dos PsicoAWARDS.

 

Vejamos então quem foram os vencedores nas diferentes categorias...

 

Na categoria

Figura mais destacada de 2009

 

O primeiro pela esperança que ainda representa e pelos desafios que terá pela frente, num quadro internacional cada vez mais complexo;

 

Barack Obama

 

 

 

O segundo pela vitória e fulgor demonstrados nas Eleições Europeias;

 

Paulo Rangel

 

 

 

Acontecimento mais marcante de 2009

 

Um pela importância que teve na construção europeia

 

A ratificação do Tratado de Lisboa

 

 

 

O outro pelas consequências negativas que espalhou por todo o Mundo;

 

Crise Financeira

 

 

 

Figura mais PsicoAzeda de 2009

 

Pelas más políticas, o desnorte e pelos os casos em que se vê envolvido;

 

José Sócrates

 

 

 

E por toda a "competência" demonstrada ao longo dos últimos anos à frente do BdP;

 

Vitor Constâncio

 

 

 

Acontecimento mais Amargo de 2009

 

Infelizmente, a política de Verdade não obteve os resultados eleitorais esperados; 

 

Derrota nas Eleições Legislativas de 2009

 

 

 Matou centenas de pessoas por todo o Mundo, espalhando o medo e o caos por todo o lado.

 

Gripe A

 

 

 

O ano de 2009 foi um período difícil para a maioria de todos nós, mas ainda assim, marcado por acontecimentos que nos deram esperança e que nos fizeram acreditar que é possível superar as dificuldades do presente. Esta eleição dos PsicoAWARDS 2009 foi renhida, à semelhança de cada post, de cada comentário e de cada psicose que habita dentro de todos nós.

 

Apresentados os prémios, o que acham? Concordam com as escolhas? Quem escolheriam nas diferentes categorias?

Moção Psicolaranja

Diogo Agostinho, 22.02.10

 

PROPOSTA DE REVISÃO ESTATUTÁRIA

 

Reforçar a Liderança

 

I

 

O voto não é apenas uma escolha, é também uma manifestação de apoio.

Instituição de eleições directas deu à liderança do PSD uma importante componente popular cujo efeito será mínimo se não a soubermos reforçar.

Permitir que a presidência do PSD possa ser exercida por alguém que não obtenha a mais larga base de apoio possível é dar ao Partido e ao País um líder que, logo na entrada, é minoritário.

 

II

 

Assim, propõe-se um aditamento aos Estatutos Nacionais do PSD que obrigue a segunda volta caso o candidato mais votado para a liderança do Partido não obtenha, na primeira votação, mais de 50% dos votos expressos.

Apesar de já ter sido aprovado o regulamento das eleições directas, o presente Congresso é soberano e pode harmonizá-lo com a presente proposta.

 

III

 

São propostos os seguintes aditamento e alteração:

 

ADITAMENTO:

 

Artigo 22º

(Composição e Eleição)

2. c) Regulamento aprovado pelo Conselho Nacional deverá prever um segundo sufrágio se nenhum dos candidatos obtiver mais de metade dos votos validamente expressos.

 

ALTERAÇÃO:

 

Artigo 77º

(Eleições Directas)

A alínea c) do número 2 do Artigo 22º tem aplicação nas eleições directas para a liderança do PSD, marcadas para o dia 26 de Março de 2010. A ter lugar, o segundo sufrágio realizar-se-á a 2 de Abril de 2010.

 

IV

 

Uma proposta de: André Machado, Beatriz Ferreira, Bruno Ribeiro, Catarina Rocha Ferreira, Diogo Agostinho, Elisabete Oliveira, Elsa Picão, Essi Silva, Guilherme Diaz-Bérrio, Jorge Fonseca Dias, José Pedro Salgado, João Marques, Luís Nogueira, Miguel Nunes Silva, Nuno do Carmo, Paulo Colaço, Rui Cepeda e Tânia Martins, autores do blog Psicolaranja.

 

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A ser verdade mais vale refundar a república

João Marques, 22.02.10

Gosto de me considerar um institucionalista, alguém que olha para as estruturas formais do Estado (e também de toda a sociedade civil) com o respeito e deferência máximos, pois que o merecem os pilares da democracia. Contudo, é cada vez mais difícil respeitar Portugal, não o país, as pessoas e todo o seu contexto metafísico (emoções, cultura e pensamento), mas sim o Estado de direito e as instituições que o compõem.

 

Afinal o que resta a um povo que não pode respeitar os seus políticos? O que resta a uma nação quando o poder executivo e o poder legislativo sucumbem perante a ignomínia de múltiplos processos mal explicados?

 

Dir-se-à: "o sagrado refúgio da justiça, imperturbável perante os vícios e promiscuidades que afligem o profano mundo da política"? Pois, parece que não.

Tá bem abelha! Acreditamos que sim...

jfd, 21.02.10

Não sabia. E é uma das minhas perplexidades. É que o candidato Aguiar Branco disse aí numa entrevista que já tinha decidido num domingo, pois não me disse nada, e exige a mim que eu lhe tivesse dito a ele, coisa que eu disse, assim que decidi que foi numa quarta-feira, decidi e telefonei-lhe. Pronto. Ponto final.

 

Foi antes da discussão do orçamento eu telefonei-lhe antes das três horas. Eu tenho os registos telefónicos todos. 
 
Telefonei várias vezes.
 
A partir do momento que enviei um SMS achei que deveria tornar-se público.
 
Desvalorizo por completo esta intriga.
 
Se eu soubesse disso [da candidatura de Aguiar Branco] tudo seria diferente
 
Paulo Rangel a Maria Flor Pedroso, A1

Um Haiti, bem mais perto...

Elsa Picão, 20.02.10

 

 

O país acordou com as noticias de catastrofe na Ilha da Madeira. Perante a força da Natureza há muito pouco que, objectivamente, se possa fazer. Mas isto não serve de consolo a quem vê, em instantes, ser levada pela força das águas, ou do vento toda uma vida. Para alguns, lamentavelmente, a própria vida.
Sou da Lourinhã e no final de Dezembro senti de perto o que pode significar ver em instantes ser levada toda uma vida. Felizmente, na altura, não houveram vidas a lamentar. E por isso, expresso o meu profundo pesar às familias madeirenses que hoje choram a perda de vidas queridas.
Tempo haverá para perceber se para lá da imprevisibilidade da força da Natureza há alguma coisa que pode ser feita para minorar os estragos materiais e poupar vidas no futuro.
Hoje é tempo de, nas palavras de Alberto João Jardim de “tratar dos vivos” e “alojar quem perdeu a casa”. É tempo, também, de pensarmos de que forma podemos nós expressar a nossa solidariedade, ajudar estes vivos que precisam de casa.

Concordo com Alfredo Barroso uma vez por década

Paulo Colaço, 20.02.10

Em declarações ao Rádio Clube, Alfredo Barroso (antigo Chefe da Casa Civil de Mário Soares) diz que Fernando Nobre não tem preparação nem currículo para o cargo de chefe de Estado: “É um pouco insólito que uma pessoa que se entregou à acção humanitária ao longo de uma vida queira de repente disputar um lugar que exige uma preparação política e um currículo e um passado que ele manifestamente não tem”.

 
Alfredo Barroso apelidou Nobre e Manuel Alegre de “dois populistas de esquerda” que se candidatam à Presidência da República para ajustar contas. “Tenho um certo receio dos candidatos que se apresentam a defender valores acima dos partidos ou além dos partidos. Quando as candidaturas assentam nas críticas e no distanciamento fazem sempre suspeitar populismo e demagogia”.
 
Lido no Público