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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

O que não faltaria...

Diogo Agostinho, 18.12.09

 

Imagine um Primeiro-Ministro, que olhando para a sua agenda escolhe ir encerrar um evento partidário e chega atrasado 45 minutos a uma cerimónia com a polícia. No mesmo dia falha a reunião com o Senhor Presidente da República e ainda a tomada de posse dos novos membros do Conselho de Estado.

 

Imagine que era Primeiro-Ministro Pedro Santana Lopes. O tal, que porque não foi a um jantar social!!!!!!!!!!!! caíu o carmo e a trindade. Imagine!

 

Pois.

 

De facto, foi o Engenheiro Sócrates que não foi. O que não faltaria noutros tempos...

ARREBATADOR!

João Lemos Esteves, 18.12.09

                                      

 

Embora não seja frequente no Psico fazer-se referência a actividades desenvolvidas pelas associações académicas das diversas faculdades e universidades do país, vou aqui abrir uma excepção. Porque merece. Porque todos aqueles que nos visitam devem tomar conhecimento da capacidade empreendedora e de dinamização da vida académica que a nossa juventude demonstra. Por todo o país.

 

Ontem, na Faculdade de Direito de Lisboa, jantar de Natal e de comemoração do 95.º aniversário da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (AAFDL). Cenário magnífico. Organização eficiente. Ambiente, pelo que tive a oportunidade de verificar, verdadeiramente arrebatador. Presença maciça de alunos. Com a presença de professores. Excelente convívio académico, segundo me dizem. 

 

Grande iniciativa! Jantar e exposição sobre aniversário da AAFDL de elevado nível. Também para entrar para a história desta respeitadíssima associação académica. Mérito (muito) de Cristóvão Marques e do presidente, João Ascenso (entre muitos outros). A demonstrar a força de uma associação académica que faz do pluralismo a sua pedra de toque, defendendo os interesses dos alunos e da academia - independentemente das contingências político-partidárias. E, como me dizia um professor há dias, a intromissão das juventudes partidárias, seja ela qual for, na AAFDL , acaba por revelar-se contraproducente. Registo. 

 

   

O CAMINHO PARA O FUTURO DO PSD (II)

João Lemos Esteves, 18.12.09

                                             

 

Finalmente, o bom senso e a lucidez começam a dominar as hostes sociais-democratas. Escrevi, há cerca de um mês, que, face às circunstâncias do partido e ao momento decisivo para o seu futuro que estamos a viver, não nos podemos precipitar para a realização de novas eleições, sem que estejam garantidas as condições mínimas de unidade e estabilidade para a próxima liderança. É preciso saber que caminho o partido deve trilhar. Que projecto defende para o país. Urge que, respeitando as saudáveis divergências entre os militantes, o partido consensualize um conjunto de princípios e valores fundamentais que nos mobilizem e unam para enfrentar com convicção os desafios que nos esperam. É isto que os portugueses nos exigem. Temos de estar à altura. Só assim confiarão em nós e no projecto político que nos personalizamos. 

 

Neste sentido, o apelo lançado hoje, no semanário SOL por Pedro Santana Lopes, reflecte que os militantes do partido, bases e os chamados "barões", sabem que acicatar ódios viscerais ou alimentar vinganças pessoais só conduzem à degradação institucional do partido mais português de Portugal. E é fatal para a democracia portuguesa - a oposição a Sócrates ficará concentrada nos extremos do sistema partidário.  

 

Seria positivo que o candidato que prepara a sua candidatura, com máquina e operacionais no terreno, há dois anos ininterruptamente, que exigiu a Ferreira Leite a maioria absoluta e a Rangel a vitória em plena campanha eleitoral, tivesse a coragem e a decência de se pronunciar sobre a realização de um Congresso para discutir ideias. A construção do nosso futuro começa agora. Já hoje. Não podemos esperar mais. Se for necessário recolher as assinaturas para a convocação do Congresso, então, podem contar comigo. Creio que podem contar com a grande maioria dos militantes sociais-democratas.

 

Sei que para alguns "pseudo-novos de Benfica", um Congreso para discutir ideias e projectos é uma ideia estranha e assustadora. Que pode estragar os seus projectos pessoais. Pois, não se pode discutir aquilo que (até agora) demonstram não ter - ideias e um projecto político para o país. Mas, o futuro do PSD e de Portugal está acima de qualquer interesse ou projecto pessoal de poder.

 

Deixo, pois, aqui mais uma vez o apelo para que Passos Coelho responda se é ou não favorável à realização de um Congresso pelo futuro.  O seu silêncio será ensurdecedor - e não se esconda no silêncio até à convocação de eleições (pois, se andou a fazer uma campanha paralela enquanto o partido se batia contra o PS, por que não fala agora? Por motivos estratégicos? Porque sabe que o seu conteúdo político é tão pouco que não aguenta tanto tempo de pré-campanha?).   Veremos, pela atitude,  se este" jovem" quarentão de Benfica está à altura da responsabilidade que é liderar o PSD. Por acção ou por omissão...

Ora 3 x 9 = 27, certo?

João Marques, 16.12.09

Visão do Presidente da JP

PsicoConvidado, 16.12.09

 

 

Queria agradecer ao Psicolaranja o convite para escrever aqui. Acompanho o blogue, e notei desde sempre um saudável desprendimento da capa partidária nos seus escribas. Parabéns por isso!

 

A intervenção dos jovens na política começa, para muitos, ainda na escola ou na universidade, com a intervenção junto de associações de estudantes. Outros “acordam” para a política junto de amigos ou pela leitura de jornais e interesse na actualidade. Cada um de nós terá a sua história. Eu, por exemplo, vim a Juventude Popular pela mão de um amigo que me desafiou a, literalmente, tomar partido. Eu, que sempre debati, concordei ou discordei, discuti tudo e mais alguma coisa vi-me obrigado a anuir – para ser consequente devia assumir bandeira. Filiei-me na JP também porque, confesso a minha palermice, passava tardes a ver debates parlamentares na televisão e sempre me fascinaram.

 

Vejo a intervenção dos jovens na política como algo de natural. Não porque os jovens sejam especiais ou especialmente vocacionados para a política. Mas creio que os jovens têm muita vontade em questionar e tentar mudar o que os rodeia. Não acredito nas juventudes partidárias como veículos de acesso ao poder ou a uma carreira num partido – e convenhamos que na JP dificilmente se procura esse caminho – mas acredito que são um meio privilegiado para encontrar jovens que, dentro dum quadro ideológico comum, debatam as suas diferenças e encontrem caminhos comuns para propor ao mundo que os rodeia. O grande espaço de debate que as “jotas” proporcionam é o maior valor que lhes dou e o que mais me fascinou quando comecei a participar em actividades da JP.

 

Hoje em dia, esse espaço pode até estar ocupado pelas redes sociais e os blogues, que permitem esta interacção. Aliás, foi com a minha intervenção em blogues que vi crescer muita da minha consciência política. A janela para o mundo e para um sem fim de visões ideológicas e políticas que os blogues abrem, permitem enriquecer o espaço político e, ao mesmo tempo, mantêm uma independência notável em relação ao espaço político. Exceptuando certos casos, que aliás são rapidamente identificados pelos outros blogues e exceptuando os períodos de campanha eleitoral, não se verificam casos de presença dos partidos na blogosfera política dominante com a tentativa de a manipular. Acho portanto que entre blogues e organizações políticas se partilha um espaço que se interliga, sobrepõe, mas que ambos existem de forma independente, talvez complementar.

 

Entre blogues e twitter e as organizações políticas, temos hoje ao nosso dispor ferramentas inestimáveis de debate politico-ideológico. Cabe às “jotas” encararem o debate com algo de saudável e absolutamente necessário e cabe-lhes também ser o porta-voz dos seus militantes de uma maneira que estes sintam a utilidade da militância. E acredito no papel especial das juventudes partidárias, porque podem fazer a ponte entre esses jovens e as Assembleias de Freguesia, as Municipais e a da República, bem como com as Juntas, as Câmaras e o Governo e assim tirar frutos desse mesmo debate.

 

Não me arrogo o direito de falar em nome dos jovens. Mas em relação à Juventude Popular, aquilo que nos parece fundamental em relação às políticas de juventude é não tratar os jovens como uns coitadinhos, ou um lóbi que deve ser atendido por conveniência eleitoral. Nesse sentido, encaro aquilo a que normalmente se chama de “políticas de juventude” como redutoras e limitadoras da intervenção política dos jovens. Muitas dessas políticas servem para lançar dinheiro sobre as preocupações dos jovens mas acabam por não resolver problemas de fundo que sentimos no dia-a-dia, antes criando novos problemas. Assim, aquilo que penso que devemos atacar, são políticas de fundo que produzam efeitos a médio e longo prazo, criando condições para que os jovens de hoje tenham amanhã um país melhor. Políticas de flexibilização do mercado laboral, políticas de redução do peso do estado na economia, políticas de redução do deficit e da dívida pública são políticas de futuro que prometem, na nossa visão, resultados de que todos – logo também os jovens de hoje – beneficiarão no futuro.

 

Se gostarmos de chavões, podemos dizer que este século XXI promete ser o século das redes. Comunicação nas redes sociais e na Internet dominam os grandes eventos desde o 11 de Setembro até à morte de Michael Jackson. As organizações políticas não poderão fugir a essa realidade adaptando a sua maneira de chegar aos cidadãos. Quem o souber fazer melhor oferecerá o melhor serviço. E não vale a pena fazer de conta: só somos bons se satisfizermos os nossos militantes – somos também prestadores de serviços.

 

Michael Seufert

Presidente da Juventude Popular

A FESTANÇA DA DONA CONSTANÇA...

João Lemos Esteves, 16.12.09

                                                     

 

O actual executivo socialista só tomou posse sensivelmente há dois meses. É suportado por uma maioria relativa no Parlamento -logo, presumia-se que iria compreender as novas circunstâncias políticas e mudar a atitude crispada que teve nos quatro anos de maioria absoluta. Mas não - está a acontecer precisamente o contrário.  O Partido Socialista entrou numa fase delirante e até as suas figuras mais sensatas e inteligentes cometem uma catadupa de erros políticos que chega a roçar o ridículo. Agora, foi António Vitorino que entrou na onda de loucura, afirmando que o Presidente, apenas por promulgar diplomas aprovados pela oposição no Parlamento, cola-se a ela. Ora, António Vitorino já foi assistente de Direito Constitucional na FDL e, em consciência, sabe que a sua afirmação não faz sentido nenhum - ao limite, ele, alto dirigente do partido que se proclama como pai da democracia e da liberdade, diz que o Parlamento é inútil, pois deve servir apenas para aclamar o executivo. O Governo lança os foguetes; o Parlamento faz a festa - obviamente, que numa democracia representativa, não é assim.

 

Então, será que a afirmação de Vitorino têm significado político? Têm. Repare-se que Vitorino tem funcionado como uma caixa de resonância da estratégia socialista. Logo, a tentativa de colagem do Presidente à oposição tem três significados:

 

1.º - Estratégia de vitimização que a máquina socialista tem utilizado à exaustão desde 2005. É impressionante! Nada é culpa do Governo; tudo é culpa ou da oposição ou da crise internacional. Sócrates é o maior; os outros são bestas. Se o Governo não conseguir levar a legislatura até ao fim, cumprindo, o seu programa político - a culpa será da oposição, de que o Presidente é um prolongamento;

 

2.º - Início da campanha eleitoral das presidenciais. Já não há dúvidas: o PS quer livrar-se de Cavaco. E querem começar desde já a desgastá-lo, aproveitando o episódio das escutas e a fase menos boa do presidente. Mais: o PS quer Alegre, que supostamente é da ala esquerda. Estranho? Não. Sócrates e Alegre são malabaristas u contorcionistas natos - apesar das suas divergências, conseguem sempre entender-se. Com a vitória de Alegre, a gestão da relação Governo/Presidente passa para o Largo do Rato. Sócrates, como sempre na sua vida, joga tudo no aparelho do partido...

 

3.º - Desvalorização da oposição parlamentar, em particular, do PSD. O PS pensa que é mais politicamente pagante atacar o PR em vez de criticar a oposição em concreto. Porquê? Porque não convém atacar a esquerda já - pode ser precisa para eventuais acordos parlamentares e (mais importante)  nas presidenciais para apoiar Alegre. Cheira-me que o PS vai ser suavezinho para a esquerda. Já quanto ao PSD, o objectivo é desprezar, ignorar Ferreira Leite. Não lhe dar importância. Nem dar demasiado protagonismo a Aguiar Branco. Ao mesmo tempo, que vão continuar a levar ao colo Passos Coelho que há muito que é o líder preferido do PS. E que tem beneficiado da benevolência da imprensa socialista ( vide o Diário de Notícias - que só por acaso foi amplamente elogiado por Pedro Marques Lopes esta semana. Só por acaso...). O Ps aposta forte na eleição de Passos Coelho - porque aí tudo será mais fácil,o PS vai entender-se com o PSD. Teremos um Bloco Central implícito.

 

E claro que António Vitorino, a D. Constança,  continuará a alimentar a festança. O país é que já não aguenta esta andança...

Carta ao Pai Natal

Diogo Agostinho, 15.12.09

 

Querido Pai Natal,

 

Nesta época de Natal, peço desculpa vir assim tão em cima pedir-lhe um presente. Bem sei, que devemos sempre ser solidários e não pedir, mas sim dar. Dar o que temos e o que podemos, apoiar quem verdadeiramente necessita. Foi isso que aprendi, é nesse espírito que me dirijo a si.

 

Algures em Portugal, existe um Partido que vive numa situação de pobreza escondida. Tem propriedades e imensas pessoas a quem alimentar, tem pessoas que não se dão bem, tem pessoas que já nem ligam nas festividades, tem pessoas que se dão bem, mas por interesses, tem pessoas que precisam de um valente puxão de orelhas, tem pessoas que simplesmente fazem corpo presente, tem até pessoas interessadas, mas depois tem pessoas que estão apenas e só por interesses. Tem de tudo. Só não tem é pão. Com pão, de facto, iríamos conseguir contentar alguns, calar outros e atrair mais pessoas. Dirijo-me a si não para pedir pão. De facto, sempre fui contra "a papinha feita", prefiro ter as armas para depois lutar. Peço-lhe que neste próximo Natal, nos deixe na chaminé da São Caetano à Lapa (por acaso outra sede também não era mal pensado), um menino Jesus.

 

Alguém, que venha pôr ordem na casa, que nos venha devolver a esperança. Faz-nos imensa falta alguém com coragem. Alguém que nos inspire e que nos permita voltar a sonhar. Mas, querido Pai Natal, não queremos sonhar apenas para ir brincar aos governantes no Palácio do Zelélé, queremos voltar a sonhar para ajudar as pessoas a encontrarem mecanismos para terem o pão em casa. Faz-nos falta um líder de plenitude. Com ideias, arrojado, com determinação, um líder que nos represente e nos dê motivos de orgulho, um líder em que todos neste casa desarrumada olhem e queiram estar perto, queiram contribuir para o seu sucesso, sem os interesses mesquinhos e sem as briguinhas de crianças.

 

Querido Pai Natal, bem sei que nesta época os pedidos são muitos. Mas, um líder ali para o tal Partido Laranja, naquele País tão lindo e tão diferente, é mesmo urgente.

 

Cumprimentos,

 

Um laranjinha

"passou de Action Man a Hello Kitty"

jfd, 14.12.09

A mim não me choca nada que um Governante faça pelo povo que representa. O aproveitamento político da situação também me é tido como legítimo. Isto sim é a democracia. O parlamentarismo limiano. Sou totalmente a favor.

No que toca ao que diz o PS Madeirense, a história tratará de confirmar quem tem razão... AJJ não é nenhum parvo e a sua estremamente hábil utilização de jogo e estratégia política já deveria ser bem conhecida pelos do costume...

 

A oposição a Alberto João Jardim tenta capitalizar a cedência do Governo central ao Governo Regional no orçamento de Estado. O Partido Socialista local diz, mesmo que, o histórico líder «passou de Action Man a Hello Kitty». E explica porquê. «Estamos habituados a ver o senhor presidente como uma espécie de Action Man, um homem rude, intolerável, sempre insultuoso com a república, mas de repente se transformou numa espécie de Hello Kitty, queridinha, amorosa, em que está disponível para fazer tudo e mais alguma coisa», disse o deputado Carlos Santos, no Parlamento Regional.
Recorde-se que o presidente do Governo Regional defendeu um diálogo sem conflitualidade, alegando que o diálogo não é sinónimo de fraqueza. A Assembleia  Legislativa da Madeira discutiu esta segunda-feira o Orçamento Rectificativo da Madeira para 2009, através do recurso ao endividamento no valor de 79 milhões de euros. Inicialmente no valor de 129 milhões de euros, esse montante foi reduzido para 79 milhões de euros tendo sido aprovado sexta-feira na Assembleia da República com os votos do PSD e do CDS/PP e a abstenção dos restantes partidos.