A Força das Convicções: António Lobo Antunes, a genialidade da escrita, a humildade de vida
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A presença de crucifixos nas salas de aula é "uma violação do direito dos pais de educar os seus filhos de acordo com as suas convicções" e "uma violação da liberdade religiosa dos estudantes". Esta foi a deliberação do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo.
Pela primeira vez, numa decisão histórica, o tribunal decidiu sobre a presença de símbolos religiosos nas escolas. A decisão surge na sequência de uma queixa de um cidadão italiano que em 2002 pediu aos dirigentes do Instituto Público, onde o filho estudava, que fossem retirados os crucifixos. Perante a recusa, recorreu - também sem êxito - para os tribunais italianos.
Mas havia qualquer problema em ter crucifixos em algumas salas, tendo em conta toda a nossa herança judaico-cristã..? Não defendo que lá devam estar, mas recorrer ao TEDH devido a tal..?
É a presença de um cruxifico que faz com que se viole o "direito dos pais de educar os seus filhos de acordo com as suas convicções" assim como a "liberdade religiosa dos estudantes"..?
É já no próximo dia 19 de Novembro. Para analisarmos a evolução das Políticas de Juventude do nosso País e debatermos o actual estado dessas mesmas políticas hoje em dia.
Os nossos oradores foram Secretários de Estado da Juventude em Governos e épocas diferentes.
Uma parceria Psicolaranja e JSD/Oeiras!
Deveriam os partidos anunciar antes das eleições legislativas quem serão os seus principais ministros?
Anda para aí uma coisa nova de nome Face Oculta...
Tenho tido imenso trabalho, não ando muito ligado, mas fico muito triste de ver que por aqui (também) nada se passa....
Estranho não é??? A que se deverá tanto silêncio??? Ou agora obedecem todos ao segredo de justiça!?!?!?
O PSD tem sofrido, ao longo dos últimos anos, do vírus da opressão das facções que elegeram as querelas intestinas como o rumo pelo qual se regem as suas escolhas políticas. Estas facções, em muitos casos, repelem ponderações éticas e o imprescindível dever de solidariedade e lealdade de quem carrega o fardo de conduzir o PSD a vitórias eleitorais. Premissa primeira, se quisermos construir um projecto político alternativo, credível e que reivindique o melhor dos portugueses, gerando um clima de confiança, ambição e credibilidade temos que inocular definitivamente este vírus, cuja raiz está impregnada em relevantes sectores do PSD.
O PSD demitiu-se de discutir, pensar e reflectir o país a uma só voz, alimentou uma cenografia em que sucessivos líderes, ao arrepio da estabilidade institucional exigível, procuravam reinventar a linha de orientação estratégica do partido, esforços que soçobraram perante uma deriva autofágica. Ás oposições no seio do partido compete assegurar o debate construtivo, criterioso e profícuo, com suficiente maturação estratégica, promovendo a coesão e valorizando a unidade no respeito pelos mais elementares deveres de militância. Temos que tentar ultrapassar esta entropia. Furar o casulo a que penosamente nos temos remetido e olhar, com acuidade e perspicácia para Portugal, porque, em 34 anos galgados sobre o 25 de Abril, fomos sempre nós que engendramos a modernização do país, estimulamos os maiores índices de desenvolvimento económico e social, demos um precioso auxílio para sacudir da jurisdição do Estado obrigações que estorvavam as energias da sociedade, a desgastavam e surgiam como um anacronismo, que era agente de atraso e decadência. Superámos, lado a lado com os portugueses, muitos destes obstáculos. Não há razão para o não continuarmos a fazer, até porque o PSD transporta o gérmen do reformismo, inevitável com vista a promover um Estado eficiente e que faça bem aquilo que tem que fazer, ao invés de persistir em querer fazer tudo, o que é um alimento para uma máquina burocrática voraz, pesada, desresponsabilizante e que nunca está saciada com o volume de impostos que reúne.
O PS nunca conseguirá reformar o Estado. Na legislatura que ora findou, afora assomos reformistas de perímetro circunscrito, nada de verdadeiramente determinante se fez. Optou-se pelos resultados estatisticamente tratados, em detrimento do combate à medula das questões. Esta, como todas as tarefas árduas e que promovem um país mais justo e equilibrado, com maior escrutínio político e responsabilidade dos decisores, só se consegue pela força do PSD e não com encenações mediáticas que não são mais do que a adesão a uma visão estéril, ilusória e que não liberta o pais da miséria económico-social que o tem afligido, porque não lida com os aspectos fulcrais que devem merecer pronta actuação do governo:
-A Regionalização, para tornar o país mais democrático e melhor estruturar a administração;
-A Justiça, para que se cumpra a igualdade de oportunidades e se penalize quem se aproveita do clima de impunidade vigente;
-A Educação, com disciplina, exigência e alinhado com os vectores de desenvolvimento económico, etc. São estas, entre outras, matérias cruciais que espelham o declínio de Portugal. E, para isso, o PSD, num registo sereno, responsável, empenhando-se na selecção dos seus melhores, pode reflectir sobre um país órfão de liderança política há mais de 15 anos e, para além dos deveres de fiscalização governativa que o recente acto eleitoral nos cedeu, fabricar, passo a passo, com coerência e estabilidade programática, um núcleo estruturante de posições aglutinadoras que constituam o cerne do futuro programa eleitoral do PSD. Primeiro, todavia, temos que endereçar as questões internas, saber, com honestidade intelectual e sensatez democrática, obedecer aos mandatos que os militantes outorgam ás direcções políticas. Sem isso, nada feito. Com isso, teremos visão, perseverança, quadros competentes e qualificados para decifrar as necessidades do país e subscreveremos um catálogo de medidas que sejam a força motriz da mudança, modernidade e desenvolvimento de Portugal.
José Macário Correia
Não entendo. Sinceramente, quando alguém acredita que deve ser alternativa, avança! Eu não compreendo, porque raio o Pedro Passos Coelho, o Castanheira de Barros ou o Paulo Rangel devem abdicar em nome de uma única candidatura.
Muito se tem falado na falta de debate de ideias. Mas, o debate de ideias, por vezes também assenta no debate de pessoas.
Acho que Marcelo Rebelo de Sousa, não se deve esconder. Quem quer liderar o Partido deve-se assumir. Assumir com vontade a candidatura e apresentar um projecto. E estar disponível para o confronto com ideias diferentes.
Aqui há uns meses fiz um ponto no meu blog pessoal: um dos problemas fundamentais da banca norte americana, senão o maior, não era a solvência do sistema como um todo mas sim a excessiva concentração do sector.
Para se ter noção da dimensão do problema, os EUA tem pouco menos de 10 mil instituições bancárias. Na altura - estavamos em Março de 2009 - este era um dos argumentos para não se nacionalizar e separar bancos de activos "problemáticos": havia bancos a mais, não era possivel seguir o "plano sueco" [A suecia é um case study em como resolver crises bancárias: entrar, separar bancos à força, desfazer posições, voltar a privatizar]. Foi um dos argumentos que sustentou os bailouts dos Sec. Estado do Tesouro Paulson (Republicano - administração Bush) e Geitner (Democrata - administração Obama).
Na altura alguns argumentaram, em vão, que não eram 10 mil bancos que estavam em causa, mas sim 10! Que este "Top10" detinha quase 50 por cento de todos os depósitos bancários, e detinham também a grande parte do risco nos seus balanços. Que era este "Top 10" que estava a ameaçar o sistema. E, o argumento tinha várias conclusões lógicas: a primeira era que o rumo que se estava a seguir (Bush e Obama!) ia exacerbar o problema (tornando bancos grandes ainda maiores) e ia "estrangular" os bancos pequenos saudáveis. Ao ajudar os bancos grandes - grandes em tamanho e contribuições para o Congresso - fez-se a vida mais dificil para a gestão de bancos prudentes: afinal, de que serve ser prudente, quando é uma questão de cara ou coroa? Cara ganha o gestor, Coroa perde o contribuinte.
Duas administrações cairam no mesmo erro. E continuam a persistir nesse erro focando atenção onde ela não é necessária. Um exemplo: Bonus dos gestores. O problema de risco excessivo não veio dai, mas sim do facto de qualquer gestor da Goldman Sachs ou Citigroup sabia o que mercado também sabia: se correr mal, alguém paga a factura!
Senhores, o tamanho importa! E historicamente, isto não é o "capitalismo americano"! Muito pelo contrário. Desde a sua fundação, o povo e a classe política são, ou eram, endemicamente hostis a grandes bancos. É por isso, meus senhores, que os maiores mercados de obrigações do mundo são os americanos: Não havendo grandes bancos, nenhum tinha capacidade para fazer financiamentos grandes sozinho, logo teve de se desenvolver um mercado onde os bancos pudessem dispersar os financiamentos! É por isso que o sistema financeiro americano é tão diferente do europeu: o último é concentrado na Banca, o primeiro é concentrado em mercados descentralizados! Isto só se inverte na década de 80, com o "salvamento do Citigroup e Companhia" na crise de dívida sul americana, salvamento esse promovido por sua excelência, o "Maestro" Greenspan.
Moral da história:
Paremos lá os desvios "turisticos". Enquanto não se partir o Top10 - que neste momento é mais Top3, com o Citigroup, Goldman Sachs e JP Morgan a concentrarem a maior parte do risco para o sistema nos seus balanços - não há recuperação sustentável do sistema bancário como um todo. E enquanto não existir esta recuperação, os mercados de crédito não voltaram à sua função normal de intermediação de poupança e consumo. Logo continuaremos a ver uma economia americana (e mundial por arrasto) disfuncional, ligada às maquinas de taxas de juro a zero (que, já agora, estão a financiar uma enorme bolha global ... e não vai ser bonito de a ver rebentar) e "estimulos temporários".
O tamanho, em banca, importa!