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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

2011 já mexe...

Diogo Agostinho, 30.11.09

 

 

Com as eleições Presidenciais como próximo passo no calendário político em Portugal, é interessante assistir às movimentações da Esquerda no nosso País.

 

Jaime Gama, com a nova versão no Parlamento sem maioria absoluta de nenhum partido, aparece. Demonstra agora um lado austero e rigoroso, com as viagens e despesas dos deputados da nação, e quer ser parte interventiva no debate e não apenas o senhor com um cronómetro na mão. Manuel Alegre, iniciou uma ronda pelo país, para medir o pulso aos seus apoios. Junte-se a estas movimentações as palavras de apoio de Correia de Campos e Lello a Gama, bem como notícias de desagravo de alguns deputados com a actuação de Gama e vemos que as primárias para Belém começaram à esquerda.

A Ética Católica e o Desequilíbrio Normativo

Miguel Nunes Silva, 28.11.09

 

Há algum tempo atrás, vi uma palestra de Ayn Rand, proferida nos anos 60, em que ela explicava a dicotomia Capitalismo Comunismo ironizando que a “moral mística do altruísmo” é nefasta não só para a economia mas também para as liberdades individuais.

 

A ideia que Rand tenta fazer passar é que a moralidade não é um bom guia para a economia, que é uma ciência. A economia é amoral e enquanto ciência tenta apenas optimizar a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Nada impede que façamos o nosso melhor para ajudar os demais na nossa vida privada mas sacrificarmos a nossa performance económica em nome de princípios metafísicos é derradeiramente contra-producente para todos.

 

Nos países protestantes, a ética e a moral incutem isto mesmo na sociedade e o equilíbrio entre meritocracia e solidariedade é deixado ao governo bem como às IPSS.

 

 

O problema dos países de ética católica está em que existe um claro desequilíbrio filosófico pois tanto o governo como a sociedade professam o altruísmo moralizador. A doutrina social da Igreja inocula-o há milénios e o socialismo moderno pratica-o no executivo.

 

A consequência directa deste facto é que os valores levam a uma desresponsabilização geral da sociedade. Em Portugal não há condenados em grandes processos judiciais porque o direito português é excessivamente garantista. Também as carreiras políticas são longas já que todos têm direito a uma segunda oportunidade. Finalmente, a competitividade é fraca porque o empreendedorismo e o risco são vistos com maus olhos e como tal as universidades produzem empregados em vez de investidores, o processo legislativo produz rigidez (para protecção) laboral em vez de flexibilidade de mercado (leia-se investimento).

A quintessência deste desequilíbrio é o Partido Socialista. O partido que lutou pelas liberdades cívicas contra o Estado Novo e em cujos ideais a actual constituição mais se inspirou. O partido que se bate pelas causas progressivas mas cujos líderes são católicos. O partido que promete o modelo económico sueco mas cujos militantes privam com Chavez e Castro.

 

Na verdade, o socialismo é forte em países latinos precisamente porque a ética social deriva da matriz cristã-católica que prolonga valores medievais como a nobreza ou o auto-sacrifício em prol do colectivo.

 

A mentalidade cívica é incipiente no nosso país que em vez de pragmaticamente escolher o menor dos males na urna, prefere esperar pelo estadista carismático providencial, abstendo-se ou votando em branco. Ela é incipiente pois sistematicamente escolhe o sonho dos “Estados Gerais” ou do “Choque Tecnológico” – na vertente do “New Deal”, “Great Society” ou “New Frontier” – em detrimento da realidade.

 

Manuela Ferreira Leite disse “Prometemos apenas aquilo que sabemos poder cumprir”, Cavaco que “Portugal não pode continuar (…) a endividar-se (…) ao ritmo dos últimos anos”. No lado do PS, Jorge Sampaio afirmou que havia vida para além do défice e Sócrates que tínhamos que ser positivos.

 

O PSD falava para os cidadãos responsáveis, o PS falou para os Portugueses…

 

Já não é novidade, mas continua a chocar...

João Marques, 27.11.09

A Espanha já é dada como novo (velho) parente pobre europeu. O modelo de crescimento espanhol é diariamente posto em causa. Pelos vistos, a argamassa e o cimento não bastam para construir um país.

Por cá, perante a crise económica, o governo quer ligar a argamassa e o cimento das obras públicas mais variadas com trilhos de caminhos de ferro estrangeiros. Não admira que o parente próximo do "novo" parente pobre europeu trilhe o caminho da mediocridade, o novo-riquismo tem um preço e não há Armani look que o esconda.

Ensino, superior?

Rui Cepeda, 27.11.09

Ao longo dos últimos anos de governação socialista, tem sido várias as facadas dadas no ensino superior.

Foi implementado um novo regime jurídico, cujo mérito maior passou por juntar toda a comunidade escolar contra ele, desde o CRUP, docentes em geral, não docentes e alunos.

O financiamento das instituições foi aumentado, mas os aumentos ficaram aquém do aumento das despesas correntes (aumentos salariais, e os descontos para a caixa geral de aposentações, que passaram a ser feitos directamente pelas instituições).

Foi dissolvido o órgão que avaliava o ensino superior, constituído um novo para o substituir, mas sem qualquer financiamento, portanto nos últimos anos não foi realizada avaliação!!!

 

Parece inacreditável vindo de um governo que muito fala em investigação e inovação...

 

É urgente uma politica de ensino superior de verdade!!! De verdade porque precisamos de uma verdadeira politica de ensino superior, ao contrario de uns protocolos que permitem atirar com os números de uns milhões e nomes como o MIT ou Harvard para a comunicação social! De verdade, por ter sido uma das palavras de ordem da ultima campanha legislativa do PSD, e tendo em conta que o PS não vai mudar o seu rumo (desastroso) e nenhum dos outros partidos tem visão e capacidade para inverter este infeliz estado de coisas...

 

A nossa rede de Ensino Superior publico é completamente incoerente. Fazer uma analise séria dela e ter coragem politica para fazer as mudanças necessárias seria certamente um bom começo!

 

Coragem também para admitir que nos proximos anos não vamos ter capacidade para financiar devidamente as instituições, e procurar soluções sérias para esse grave problema.

 

Eu sinceramente acredito que é possivel melhorar significativamente, e deixo desde já algumas sugestões. Promover a optimização de fundos e meios humanos atraves da re-estruturação da rede de ensino superior publica com fusão de cursos e instituições. Iniciar um processo de avaliação com a participação das Ordens e sempre que possivel baseados em standards Europeus. Promover a descriminação positivas das instiuições que conseguem certificações internacionais.

Parece que o Socas perdeu uma boa oportunidade...

jfd, 25.11.09

De mandar suspender o seu boy antes de a justiça lhe apanhar o passo.

Senhor Primeiro Ministro vamos de mal a pior... Que nódoa que cai no Governo pelas acções tomadas relativamente à REN no que toca à Face Oculta...

No que vai dar isto tudo?

Numa maioria absoluta para o PS? Será isto que "estrategam" os grandes masterminds da política rosa lá para os lados do Rato?

:P

34 anos de democracia

André S. Machado, 25.11.09

 

Hoje, dia 25 de Novembro, celebra-se a democracia!

34 anos após a efeméride que hoje se assinala e que marca o fim de um dos períodos mais "complicados" da história nacional, muito ainda está por fazer...

 

Na ordem do dia está a questão da corrupção, com a proposta do PSD, de criação de uma Comissão Parlamentar.

Não creio que seja essa a solução, até porque já existem organizações que procedem objectivos semelhantes aos que pautariam a actividade de uma eventual comissão parlamentar. A questão da eficácia destes conselhos ou seja o que for já é outra conversa...

 

Facto é que a corrupção continua a minar a Democracia.

Todos os governos se assumem paladinos da luta contra a corrupção, mas vão faltando acções concretas...

Casos mediáticos aliados à conhecida morosidade dos processos são pilares de uma autêntica crise institucional que resulta, invariavelmente, na descredibilização da Justiça e da política.

Não tenho a solução, é certo, mas uma verdadeira luta anti-corrupção terá de passar, sempre, por um combate a um clima de impunidade que reina em determinados meios políticos e círculos de uma mais forte capacidade financeira.

 

O combate à corrupção é, hoje, um verdadeiro desígnio nacional, como em Novembro de 75 foi a luta pela democracia.

Falta, apenas, a coragem política... Que esta data sirva, quanto mais não seja, para recordar aqueles que nos governam, os valores que presidem ao simbolismo deste dia, tristemente esquecido e secundarizado por uma classe política que ainda não soube honrar a história da democracia.

 

P.S.(Post Scriptum, entenda-se): Não posso deixar de felicitar o 31 da Armada pelo terceiro aniversário e pela merecida homenagem ao Coronel Jaime Neves.

Nos grandes momentos da história, relevam-se grandes homens. Fica a minha humilde homenagem a alguém a quem devo a democracia em que nasci.

Lisboa a votos

Diogo Agostinho, 25.11.09

 

 

Depois das eleições Europeias, Legislativas e Autárquicas, o PSD vive momentos de definição. Antes da decisão dos militantes para quem deve chefiar o nosso Partido, decorrem algumas eleições distritais.

 

Conversas de café, estados de alma falam em primárias em Lisboa, para definir a Nacional depois.

 

Em Lisboa, a segunda maior Distrital do País, apresentam-se dois candidatos: Carlos Carreiras e Bacelar Gouveia. Perante estes dois militantes que se candidatam quem deve liderar o PSD em Lisboa nos próximos tempos?

 

I shot the Sheriff but I didn't shoot no deputy

Essi Silva, 24.11.09

 

O meu primeiro post para o Psicolaranja, ainda enquanto psicoconvidada foi subordinado ao tema da Justiça e Segurança.

 

Lia-se no Público esta manhã, que Portas defendeu que o próximo Orçamento de Estado “deve dar um sinal claro de que o Estado reconhece que há um défice de efectivos” nas forças de segurança. Pergunto-me se isso será suficiente.

 

Na altura apontei algumas medidas essenciais para que o nosso país deixasse de ter um sistema de Justiça que considero terceiro-mundista.

 
Mas que políticas têm sido tomadas ou anunciadas? Que ideias tem defendido ou proposto o PSD para assegurar um país mais justo, mais seguro? Será necessário ser o CDS a batalhar pelas questões  mais preocupantes da sociedade portuguesa?
 
Sejamos justos: mais efectivos não vão necessariamente criar mais condições de segurança, quando quem pratica um crime, seja de que natureza for, souber que se encontra numa situação de impunidade! Os agentes de segurança pública estão limitados pelas leis que especificam o âmbito das suas actuações e mesmo que não estivessem, a verdade é que o nosso sistema penal beneficia os responsáveis por crimes, i.e. os criminosos.

Então será que mais efectivos na PSP ajudarão? Um pouco. Mas esse contributo será o mínimo dos mínimos exigido e com o mínimo de contribuição para o verdadeiro problema: a Justiça não funciona e como tal deparamo-nos face à crescente situação de insegurança. Os polícias não são os incompetentes. Incompetente é o legislador e as suas leis, que impedem a Polícia (PSP, PJ, etc.) de agir de forma adequada às situações e de os apresentar à Justiça, até porque quando o fazem, a Justiça não serve os seus propósitos, ou seja, não pune adequadamente os crimes (às vezes nem os punindo).

E porque é que estamos face a uma situação que todos parecem querer resolver e ninguém resolve? Na Universidade de Verão ouvi alguém que passei a admirar profundamente a dizer algo tão simples como isto: "A Justiça não funciona porque os agentes políticos não querem, não convém a ninguém". Esta afirmação proferida pela Drª. Paula Teixeira da Cruz marcou-me. É verdade. Pergunto-vos, o que é que o PSD, o meu partido, tem feito para inverter esta tendência? Como é que o PSD tem fechado os olhos aos sucessivos golpes de impunidade que chegam aos mais altos dirigentes?
Serei eu a única a achar que é estranho que Bibi tenha sido o único arguido a enfrentar a prisão pelos seus actos? Ou que tenha sido ordenada a destruição das escutas que podiam indiciar corrupção e envolvimentos inadequados do nosso Primeiro Ministro?

Infelizmente a situação ameaça atingir proporções cada vez mais negativas. O cidadão comum é sujeito ao armazenamento da sua correspondência electrónica e telefónica durante certo período, de modo a detectar eventuais crimes, mas escutas feitas ao Primeiro Ministro são destruídas.
Daí que defenda que a solução está nos exemplos que damos, porque a forma mais eficiente de promover a segurança é através da prevenção, da coacção psicológica, das leis penais.
Por isso peço à nossa classe de políticos - penas mais duras, "Faces Ocultas", "Freeports" e "Casas Pias" mais transparentes e com resultados mais verosímeis e menos silêncio.
 
Estarei eu a exigir assim tanto?

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