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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

O pai da Pátria

Paulo Colaço, 25.07.09

D. Afonso Henriques nasceu há precisamente 900 anos.

O Presidente da República está na Áustria, o PM está a apresentar o programa de governo do PS.

Parece que apenas em Guimarães se está a dar importância à data.

Ricos filhos tem o pai da pátria...

"A CIDADE É DE TODOS " POR PEDRO SANTANA LOPES

João Lemos Esteves, 25.07.09

                                                

 

1.Acabo de ler o livro " A cidade é de todos" de Pedro Santana Lopes, que à tarde alguém me ofereceu. Ao contrário do que o título indicia, não é um livro para o futuro, de apresentação e defesa de um projecto para o futuro da cidade de lisboa, mas sim um livro sobre o passado autárquico do autor, de justificação e convencimento das suas opções. Ora, é precisamente neste aspecto que reside o seu ponto mais fraco: o livro poderia ser uma oportunidade de ouro para Santana Lopes expor o seu pensamento estratégico sobre a cidade para os próximos anos, mostrando que é o homem do futuro, e tratar apenas incidentalmente aspectos do seu trabalho passado. Até pela simbologia: criava-se com o frenesim mediático e a discussão em torno desse projecto (note-se que o lançamento do livro não teve praticamente eco na imprensa) a sensação de que " este é o homem", "este é a personificação da esperança e renovação da cidade"....Santana, sobretudo após o coligócio entre Costa e Roseta, tem que perceber que para ganhar tem que evitar ao máximo falar do passado., porque esse é o jogo que o PS quer. Porque dessa forma é legitimar uma nova avaliação por parte do eleitorado do passado político de Santana - que já foi feita em momentos próprios (e não muito favoráveis). Futuro, Futuro, Futuro - eis o que interessa. 

 

2. Como estudante de Direit, não resisto a analisar os aspectos formais do livro. Neste particular, o livro não me agrada pois efectivamente não see trata de um livro - são vários mini-livros compilados no mesmo suporte físico. O título é " Cidade para Todos", mas o seu conteúdo é um amontoado de relatos de histórias, sem um fio condutor lógico que as unam . É muito dispersivo, mete experiências de Lisboa, governamentais e Figueira da Foz no mesmo parágrafo, sem se perceba qual é a sua conexão. 

Em termos de substanciais, outro erro de Santana: fala de Lisboa do seu tempo como se fosse o país das maravilhas da Alice. Soa a falso: por muito bom que seja um autarca, os eleitores gostam de quem reconhece os seus erros. Que mostrem o lado positivo do seu trabalho, mas também o negativo - e que proponham soluções para melhorar os erros nesta segunda oportunidade. Como está escrito o livro, parece que há um certo deslumbramento que penso não ser favorável a Santana...

 

3. Contudo, é um livro que convém ler para conhecer a hipocrisia do PS na questão Frank Gehry/Parque Mayer. Para saber a dualidade de Jorge Sampaio. E o comportamento estranho de Sócrates no licenciamento de certos projectos ( a dureza com que rejeitou o campo de golfe na Figueira contrastou com a displicência - para ser simpático- da autorização da construção do Freeport). Enfim, um livro que, entre um mergulho no mar, um cerveja gelada, uma partida de futebol na areia, até se lê alegremente. Quem gostar tanto, pode sempre começar por levar a boa nova aos peixinhos, à boa maneira do Padre António Vieira - para ver se a terra se deixa salgar ou se o sal já não vai salgar....   

O MAI, as armas e o financiamento das Forças de Segurança

Luís Nogueira, 24.07.09

Em altura de crise e de maior insegurança nas ruas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) vai leiloar na segunda-feira 217 armas, entre espingardas e pistolas. 

 

Não coloco em causa a legalidade de todo o processo. Mas é desta forma que o MAI pretende financiar as Forças de Segurança, permitindo a colocação de mais armas na rua a preço de saldo? Por favor... Mas que irresponsabilidade é esta?  

A minha resposta

Diogo Agostinho, 23.07.09

 

Sócrates disse ontem: “Ainda está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu”.

 

A minha resposta é muito simples. Olhe bem para este cartaz e para as 5 caras que estão lá! Todos, sem excepção, foram melhores. Já existiram 5 melhores, e não vai faltar no futuro descanse...já pode seguir o seu caminho.

 

Calma com Guantanamo

André S. Machado, 22.07.09

Relatório põe em risco fecho de Guantanamo

 

O relatório do Departamento de Justiça da administração norte-americana, cuja conclusão e divulgação foi adiada para daqui a seis meses, pode pôr em causa a promessa do Presidente Obama de encerrar as instalações de Guantanamo até Janeiro de 2010.

 

Guantanamo é marca de George W. Bush e Obama assumiu, ainda em campanha, que o encerramento imediato era uma das suas prioridades, ao chegar à Casa Branca.

Chegou e cumpriu o prometido, decretando o fecho da prisão.

Porém, qual a solução para os detidos? Como vão ser julgados e como vão ser distribuídos?

Pelos vistos, o objectivo será enviar detidos para território norte-americano, mas o Congresso rejeita esse caminho, reconhecendo a impopularidade de uma medida nesse sentido. Outra solução tem de ser encontrada... O proposto é a transferência de presos para prisões europeias. No fundo, se não serve para eles, para nós tem de servir. Porquê? Porque eles assim o decidem?

 

Qual é a justificação?

Basicamente, prendem e interrogam (quem sabe, torturam) e depois querem livrar-se do problema, passando-o para os países europeus.

Se não compreendo essa solução, ainda menos aceito a concordância das autoridades europeias e portuguesas.

Porque é que Portugal tem de receber suspeitos de terrorismo nas suas prisões, quando não tomou qualquer parte nos processos em causa? Porque é que Portugal tem de pôr em cheque a sua posição e a segurança nacional, ao receber possíveis membros de organizações terroristas?

 

A presença de suspeitos de terrorismo em território nacional é uma ameaça à segurança dos portugueses. Assistir, impávidos e serenos, à recepção destes "hóspedes" é resignarmo-nos a um risco que todos passaremos a correr, todos os dias.

 

A segunda parte do caso Lopes da Mota

Luís Nogueira, 21.07.09

Barrigas de Aluguer

Margarida Balseiro Lopes, 19.07.09

 

Morreu esta semana em Espanha uma mulher que, em 2006, foi mãe de gémeos, apesar de estar à beira de completar 67 anos de idade. Em Portugal também a legislação que regula a Procriação Medicamente Assistida (PMA) não impõe limites etários para os tratamentos de fertilidade.

 

Apesar disso, os médicos têm concordado na recusa da aplicação destes tratamentos a mulheres pós-50 anos. A maior parte dos cientistas considera uma alteração à lei no sentido de especificar a idade-limite desnecessária, mas aproveita para defender que a lei deve ser revista de modo a abarcar as chamadas "barrigas de aluguer".
Curiosamente, o novo Código Deontológico português, publicado em Janeiro, é dos primeiros na Europa a abrir as portas às barrigas de aluguer, com a Ordem dos Médicos a antecipar-se assim a uma eventual alteração da lei:"em situações da maior excepcionalidade é de admitir a maternidade de substituição".
Fará sentido consagrar esta alteração legal? Fará sentido consagrar legalmente a máxima de que “parir é dor e criar é amor”?