Depois do frenesim que foi a Presidência de Sarkozy, segue-se-lhe a Presidência Checa.
A Republica Checa traz-nos um Presidente Eurocéptico, Vaclav Klaus, e um moderado europeísta como Primeiro-ministro, Mirek Topolanek.
Realmente Sarkozy deixa vazio um palco com um acto muito difícil de suplantar.
Será que a dinâmica na política Checa irá prejudicar o Projecto Europeu?
Klaus já declarou que a presidência da União Europeia é um cargo sem importância, consciente de que as grandes decisões são tomadas pelos países mais fortes. A saber, Alemanha, Grã-Bretanha e França. O cepticismo do Presidente checo é tão grande que já tomou a decisão de nem sequer arvorar a bandeira azul com as estrelas da União Europeia junto da sede do seu Governo - TVI online.
Certo é que uma das primeiras crises já está à porta. A Rússia de novo brinca com a torneira do gás à Ucrânia. A posição da nova Presidência é desdramatizar a situação; Os Estados membros da União Europeia preocupada com o corte do fornecimento de gás natural à Ucrânia, mas a presidência checa considera tratar-se de um problema entre a Ucrânia e a Rússia que é preciso resolver - Euronews online
No último dia de 2008, Alexandra Carreira escrevia no DN - (...) Os primeiros sinais práticos de desalinho chegaram com a recusa de Klaus de hastear a bandeira europeia no castelo presidencial em Praga, em meados do mês de Dezembro. O acto "feriu" a Europa, disse Sarkozy, acendendo definitivamente a chama do desacordo com o controverso Presidente checo.
A troca de mimos entre os dois chefes de Estado chegou a ter como palco o Parlamento Europeu, a meio do mês, em Estrasburgo, e a televisão pública checa, onde Klaus acusou "políticos como Sarkozy" de serem "anti-europeus".
Até agora, a figura mais apagada da presidência checa da UE é, contraditoriamente, aquela que terá mais destaque, pelo menos, ao nível diplomático e oficial, Mirek Topolanek, o primeiro-ministro.
Ao leme dos 27, Topolanek terá duas tarefas complicadas: gerir a UE em tempos de crise e garantir a segurança energética e, internamente, aguentar um Governo que parece bastante frágil.
Alguma imprensa internacional chega a sugerir que o Executivo de Praga poderá mesmo cair antes do fim de Junho, altura em que Topolanek entregará os destinos do Velho Continente à Suécia.|
Que surpresas nos trará esta Presidência, com tão fracas expectativas???
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