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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Haverá uma explicação?

jfd, 31.01.09

Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, a mãe do primeiro-ministro José Sócrates, comprou o apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).

Leia mais pormenores sobre este caso, em exclusivo, na edição do CM deste sábado.

 

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Sugestões de Sexta-Feira III

André S. Machado, 30.01.09

 

People Get Ready - Russell Watson

 

Um novo álbum de Russell Watson!

Já de há muito que acompanho, com atenção, a carreira desta voz magnífica. Desde o único concerto dado em Portugal, no Coliseu, a que tive a oportunidade de assistir, venho recolhendo os trabalhos de Watson, uma voz que muito aprecio e que gosto de ouvir, especialmente, em momentos de maior descontracção.

Desta vez, traz sucessos da soul music e do pop, num registo mais lírico. Uma mistura interessante que aconselho.

A meu ver, uma boa sugestão para uma sexta-feira chuvosa...

 

Bom fim-de-semana!

O Homem é imoral por natureza

Tiago Sousa Dias, 30.01.09

O plano de recuperação economica americano já está a dar frutos.

 

Dos 350 biliões de dólares da primeira tranche, algumas quantias já começam a ser distribuídas. Ontem Barack Obama deu um murro na mesa mostrando-se intolerante contra os abusos da mesmíssima ganância que levou o país ao estado em que está.

 

Contraditório? Não. É que descobriu-se que desse pacote os Senhores da bolsa decidiram distribuir entre si a título de "prémios de desempenho" 14 biliões de dólares.

 

O Citigroup não quis ficar para trás e decidiu usar, da sua fatia, 45 Milhões de dólares para adquirir um modesto jacto particular para a administração de um dos maiores grupos financeiros do mundo.

 

Obama chamou-lhe "shamefull", deu um murro na mesa e não permitiu que tal acontecesse. Eu acho que é natural, está na natureza do Homem ser ganancioso. Mas ao menos podiam ter um pingo de vergonha.

O que Sócrates é free de fazer e aquilo que não port fazer

João Marques, 30.01.09

Facto: corre actualmente o boato de que José Sócrates é suspeito das investigações da polícia inglesa no caso Freeport.

 

O que é legítimo permitir-se a qualquer pessoa de bem que se sinta injustiçada, vexada, tramada, etc., é o direito à indignação, ao repúdio e à perseguição das acções legais tendentes a limpar o bom nome da mesma.

 

O que já não é legítimo, o que não é admissível, o que não se pode tolerar, seja sob que pretexto for, a seja quem for (e muito menos ao Primeiro-Ministro de um país) é que nessa vertigem justiceira se vilipendie o Estado de Direito e os seus mais considerados intérpretes, os partidos políticos e a justiça.

 

O que Sócrates tem vindo a fazer é isto mesmo, anatematiza indiscriminadamente todos os partidos (e demais) agentes políticos e judiciários. Põe em causa a legitimidade das investigações e das conclusões das mesmas.

 

Ou seja utiliza a táctica que alega estarem a usar contra si em jeito de contra-ataque. O Estado de Direito tem regras e o jogo joga-se, como no desporto, umas vezes no lado de lá do campo, outras vezes de cá.

 

O PSD não pode deixar de dizer algo sobre isto, não sobre o caso FreePort (que pouco interessa no momento), mas sob esta atitude prepotente e atentatória das instituições que nos representam. E a mensagem tem de ser clara, todos têm o direito a defesa, ninguém tem o direito à calúnia, mesmo ninguém!

Uma situação politicamente insustentável

Luís Nogueira, 29.01.09

 

Ocorre-me no meio de toda a turbulência em torno do "free" or "guilty", caso "freeport", o seguinte pensamento: se José Sócrates for em viagem ao Reino Unido, ou a qualquer um dos Estados Membros nos próximos tempos, será encarado pelos seus pares, como um distinto Chefe de Estado, ou como alguém suspeito da prática de irreglaridades, relacionadas com o licenciamento de um outlet construido sob uma reserva ecológica?

 

Numa altura em que andamos empenhados em passar uma boa imagem do país lá fora com campanhas de publicidade, mostrando as nossas potencialidades, importava acabar de vez com aquela ideia de que os povos do Sul da Europa, são sempre mais susceptíveis de estarem ligados a práticas e exercícios menos claros, ou quiçá, mais estranhos quanto à compreensão lógica do cidadão comum.

 

Para já e entre portas, as coisas estão assim. Esperemos pelos próximos capítulos desta novela, que poderá acabar numa tragédia grega, onde o actor pode muito bem "morrer politicamente" pela Cicuta, que alguém julga ter guardado do passado.

Novas medidas...

Diogo Agostinho, 29.01.09

 

Esta semana recebi um e-mail da JSD. Referia-se a um novo programa de voluntários e estágios remunerados.

 

Em tempos de crise aparece esta ideia. O que dizer desta iniciativa? Faz sentido um estágio remunerado numa juventude partidária?

O Machado bate-e-foge

João Marques, 27.01.09

 Já todos conhecemos essa sub-espécie do "homo politicus" que é o dinossauro. Ora, meus caros, admito que conheçam um tão velho como "o meu", mas mais velho certamente que não conhecem. Desde o 25 de Abril que não há outro rosto à frente dos destinos da minha Braga materna. Com grande pena minha, os bracarenses legitimamente escolheram este senhor e sucessivas equipas para comandar os destinos da cidade, o que resultou num sucessivo delapidar do património e da importância estratégica da mesma. O que poderia ser hoje a capital romana da Península Ibérica está transformada na LA portuguesa, com vias rápidas a cortarem ruas históricas e a soterrarem história viva. Convido-vos, a este propósito, a (re)visitarem a recente história da descoberta de uma extensa necrópole romana (1, 2, 3) que, por força da obra do mandato (o prolongamento de um túnel!!!), teve que ser soterrada. obra essa em que foi o próprio Presidente a decretar o vencedor antes que os procedimentos concursais tivessem sido terminados, pois é, é assim que as coisas se fazem em Braga.

 

Seria, então, de esperar que um dinossauro desta vetusta idade já tivesse mais alguma sensatez, descurasse os interesses de alguns e olhasse com parcimónia para os reais interesses da cidade. Mas não, este é um político velho e um velho político, que não sabe separar o trigo do joio, que não sabe viver sem instigar a intriga e misturar os planos de actuação. Basta ver o recente episódio do futebol ( e já antes).

 

Este sr., que já foi Presidente do Braga (acumulando com a presidência da C.M. de Braga claro está), vendo como quase certa a perda do feudo, agarra-se a todas as velhas fórmulas que em tempos idos lhe valeram velhas vitórias.

 

Hoje, vendo o túnel ao fundo da luz, recebendo o conforto dos braços do ocaso, esbraceja para sobreviver. Agora, lembrou-se de lançar atoardas para a arbitragem e, sabendo que o castigo era inevitável, aposta no golpe palaciano e foge.

 

Pensará certamente que este apego ao Braga (dum homem de Famalicão/Venezuela, que recentemente disse nunca ter tirado férias, mas conhecer todas as paragens do mundo) lhe valerá os votos que, cada vez mais, lhe faltam para manter o reino da impunidade.

 

Certamente que não se lembra do destino do último que se lembrou de tal façanha (eu lembro-lhe Fernando Gomes).

 

Em Braga, tal como no Porto, as mentalidades avançaram, há hoje massa crítica, as freguesias rurais e urbanas estão fartas de obras para encher o olho, das dezenas de prédios devolutos prestes a ruir no centro histórico, dos prédios novos desabitados (tal é a importância dos empreiteiros),  de gestão danosa (o nosso frio, mas belo, estádio custou mais de 100 milhões de euros e absorve 10% do orçamento anual global da Câmara), querem ar puro, qualidade de vida e transparência na edilidade.

 

Vá lá que já só faltam uns meses para que Braga tenha o seu Rio, o único que pode fazer do slogan "É Bom viver em Braga" finalmente uma realidade!

 

Portugal 2020: Uma nova economia

Tiago Sousa Dias, 26.01.09

 

No seguimento da moção apresentada no último congresso Portugal 2020: Uma Nova Economia foi o mote da última conferência organizada pelo Psico.
 
Um especial agradecimento fica para a Secção H que nos abriu as portas a este evento; ao Instituto Francisco Sá Carneiro co-organizador deste evento e claro aos oradores.

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