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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Ciganos, vadios, prostitutas… e vinho verde!

Paulo Colaço, 26.07.08
Uma Portaria de 1985 dá à GNR indicações muito claras e rígidas para lidar com ciganos (eufemisticamente chamados de nómadas), vadios, mendigos e prostitutas.

O texto da Portaria tem pérolas como esta: a Guarda "deve exercer especial vigilância sobre grupos e caravanas que habitualmente se deslocam de terra em terra fazendo comércio, participando em feiras ou desenvolvendo quaisquer outras actividades próprias da vida itinerante, observando-os nos seus movimentos com o fim de prevenir e reprimir a prática de actos delituosos".

Há anos que defendo a extinção da GNR.
Está ultrapassada, vejo nela a cultura do ócio, a pouca exigência dos seus operacionais transformou-a numa força nada respeitada.
Os seus bons operacionais passariam para a PSP.

Rê Tê quê?

Paulo Colaço, 24.07.08


A nossa querida e excelsa RTP deu-se, mais uma vez, ao trabalho de gastar o nosso dinheiro para comprar jogos de futebol. De forma exclusiva, será o "serviço público" a transmitir, em sinal aberto, os jogos da Liga Sagres.
Pergunto eu, é isto que cabe à televisão pública? Batalhar com os privados por transmissões caríssimas, ocupar um espaço que está já ocupado? É que se assim é vou aproveitar e enviar uma carta à administração para o regresso da Fórmula1 às matinés de Domingo...

É uma prioridade?

Diogo Agostinho, 24.07.08

A Juventude Socialista reuniu-se no último fim-de-semana em Congresso.
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Do conclave saíu o novo líder e apenas uma ideia: Legalizar o Casamento entre homossexuais!
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É esta uma preocupação do país? Não tem mais a dizer uma Juventude partidária que faz parte de um Partido que é Governo?

O "sobe e desce" do desemprego em Portugal

Luís Nogueira, 24.07.08
Estávamos na campanha eleitoral de 2005, quando o ainda candidato ao lugar de Primeiro-ministro, José Sócrates, disse que a taxa de 7,1% de desemprego era na altura a "marca de uma governação falhada" e de uma "economia mal conduzida". Desde esse dia muito mudou. Chegou ao Governo, implementou o seu programa e pasme-se, em Outubro de 2007 Portugal já contava com 8,3% de desempregados, onde pela primeira vez em quase 30 anos superava a taxa de desemprego espanhola. Entretanto dizem as estatísticas que a referida taxa desceu, apesar das justificadas desconfianças face aos reais números do desemprego.


Afinal quem tem razão? São os números do Executivo ou são os dados das instituições independentes, que tendem a mostrar um quadro mais negro? Desconfio que o sentimento nas ruas, atesta bem quem terá razão... O Governo culpa a crise internacional, a falta de qualificação de alguns portugueses, mas não terá ao fim destes 3 anos alguma responsabilidade?

Malha apertada

Paulo Colaço, 23.07.08

A Comissão Europeia decidiu suspender fundos à Bulgária, perto de 500 milhões de euros. Motivo: falta de resultados no combate à corrupção. Na berlinda está também a Roménia.

O clube UE tem requisitos de entrada mas terá requisitos de manutenção? Alguns dos actuais membros estariam em maus lençóis se quisessem aderir hoje.
Já viram como está Justiça em Portugal?
É um dos factores da perda de investimento estrangeiro, a par do sistema fiscal, burocracia e leis laborais.
Podemos questionar a moralidade da decisão aplicada à Bulgária?

Política, convívio e História

Paulo Colaço, 20.07.08
Ainda decorre a festa do 34º aniversário da JSD.
A Figueira da Foz é o palco, o cenário é a praia.
Estão/estiveram por cá centenas de militantes de todo o país.
Festa, convívio, intervenções políticas, entre as quais a de Manuela Ferreira Leite, e História.
Foi hoje lançado um "pequeno livro" sobre os antigos líderes da JSD.
Já fazia falta um documento assim!
E viva a JSD!

Paredes feitas de dinheiro...

jfd, 19.07.08

Diante de um menú de degustação de fusão japonês-mediterrânico, tive uma interessante conversa com um grupo de espanhóis. A crise está instalada. Só o Governo ainda teima em fugir à expressão. Quem tem muito dinheiro, continua a tê-lo, mas quem pouco tinha, mal está.
Em Espanha, ter o dinheiro no banco significa ter o seu saldo médio trimestral acima de determinado valor reportado directamente ao fisco. Para se fugir, fazem-se casas, compram-se casas, enchem-se paredes de dinheiro. Esta pequena história leva-me a pensar... Por mais forte e eficaz que seja a máquina fiscal, o mercado paralelo há-de sempre vingar?

Menezes em Directo

Diogo Agostinho, 18.07.08


"DEPOIS DE MIM VIRÁ... Luís Filipe Menezespresidente da Câmara de Gaia e ex-presidente do PSD

Nem quero imaginar o que se escreveria sobre o anterior líder social-democrata se ele, em escassas seis semanas, não tivesse divulgado uma proposta, estivesse em hibernação enquanto os camiões bloqueavam o País e culminasse tal período de ausência com a pomposa declaração de que o casamento era um magistério virado em exclusivo para a procriação! Aquando da sondagem de Fevereiro, o anterior líder do PSD afrontava o pico de uma campanha negra, interna e externa, nunca vista antes em mais de trinta anos da nossa democracia. Ao invés, nestes 45 dias ninguém criticou as omissões, os silêncios, o discurso generalista, ou o conservadorismo radical da actual direcção do partido. Ainda bem, todos merecem o seu estado de graça. E isto de ser líder tem que se lhe diga.
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Contudo, muito do que quis provocar com a minha demissão está atingido. Não houve uma eleição eufórica e já está provado que não é a mudança de "chefe", por mais que um substituto seja levado ao colo pelos interesses instalados e pela intelligentsia que parasita o statu quo, que resolve as entorses estruturais do PSD.Em trinta anos, o PSD especializou-se em dizimar presidentes.
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Menos tempo, ou tão pouco quanto eu próprio, passaram por S. Caetano à Lapa, Emídio Guerreiro, Rui Machete, Sousa Franco, Menéres Pimentel, Santana Lopes. Pouco mais tempo, exclusivamente por "culpa" da inércia dos calendários eleitorais, estiveram Mota Pinto, Fernando Nogueira e Marques Mendes. Saíram ainda sem glória Marcelo Rebelo de Sousa e Durão Barroso!!!O PSD só "tolerou" dois líderes em três décadas: Sá Carneiro e Cavaco Silva. É decisivo que os seus militantes e apoiantes entendam o porquê de tal bizarria.
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Dos actuais vice-presidentes e apoiantes de topo da actual maioria, foram vários os que deram a cara em 50 (!) entrevistas televisivas nos primeiros 60 dias do meu mandato. Todas a criticar e a pedir a substituição da direcção mais representativa da história do PSD. "Nem que fosse à bomba!"Para além do citado Carnaval, acusavam-nos de não fazer oposição, de não dinamizar as bases e de não ter um discurso e propostas estruturadas!!!
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Hoje é claro que a substituição de Ângelo Correia por António Capucho não deu mais credibilidade à liderança do Conselho Nacional, que a substituição de Amorim Pereira por Morais Sarmento não trouxe nada de novo. Finalmente é óbvio que a substituição de Santana Lopes por Paulo Rangel diminuiu substancialmente a capacidade de afirmação parlamentar.
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Mas para que o PSD possa regressar aos tempos altos da militância como com Sá Carneiro e Cavaco Silva, e daí chegar ao poder com solidez e capacidade reformista, é preciso que o partido se modernize e se repense ideologicamente. Isso só será possível se o caminho que a minha direcção estava a trilhar possa ser retomado.
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Um partido de bases para voltar a reformar o País."
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Comentários?

Questão Nuclear

Carlos Carvalho, 16.07.08
Vítor Constâncio defendeu, ontem, na Assembleia da República, a necessidade de se estudar e debater a questão da Energia Nuclear em Portugal.

Hoje, Oliveira Fernandes, presidente do Conselho de Administração da Agência de Energia do Porto, diz que tal debate é "inoportuno" levantar"a discussão quando não existe documento para discutir e porque este Governo disse que a energia nuclear não seria tema a debater neste mandato. É desviante e alienante em relação à abordagem dos problemas da sociedade."

O tema já foi falado no passado, abordado por alguns e sugerido por outros.

Nos dias que correm a factura energética a pagar por Portugal é extremamente elevada, muito por culpa da dependência energética, em termos de matérias-primas, que o nosso país apresenta. Com a escalada dos preços do petróleo a situação agrava-se.

A utilização da Energia Nuclear poderia proporcionar uma enorme quebra nessa dependência energética, desafogando o país.

Parece-me a mim que a recusa à utilização desta energia baseada em questões de segurança, devido a possíveis acidentes, é despropositada. A tecnologia evolui de tal forma que tais situações têm muito baixa probabilidade de ocorrer. Lembre-se que há vários anos que não se registam acidentes significativos em centrais nucleares. Aliás, se este fosse o principal «defeito» da Energia Nuclear, já devíamos todos estar bem amedrontados com a Central Nuclear Espanhola situada a cerca de 30km da fronteira com Portugal...

O que me parece mais complicado é a questão dos resíduos tóxicos, altamente radioactivos. Em Inglaterra, por exemplo, existe uma autoridade totalmente independente que garante a segurança desses resíduos. Funciona na perfeição, muito graças à independência económica e politica dessa «fiscalização».

Parece-me, pois, que em Portugal seria difícil garantir tal independência dum organismo semelhante, a fim de se garantir a «limpeza» desta solução energética. Talvez ainda tenhamos de aprender e saber algo mais sobre este assunto, mas, na minha opinião, pode ser uma das soluções de que precisamos.

Que vos parece? Há condições para a criação de um organismo fiscalizador, totalmente independente, capaz de garantir o limpo funcionamento da Energia Nuclear?

Pode ser uma solução?