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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

O Zé, a Corrupção e Lisboa na Al Jazeera

PsicoConvidado, 29.03.08

Qual justiceiro, herói de Hollywood ou provedor dos direitos inalienáveis de todos os lisboetas? José Sá Fernandes aos olhos da cadeia televisiva Al Jazeera é tudo isto e muito mais, aparecendo numa reportagem como o mais exemplar e incorruptível de todos os portugueses. A edição de hoje do Jornal Sol faz uma menção a essa peça, que encara Portugal como “um dos países mais pobres da Europa” e onde a corrupção aparece como a principal causa do seu atraso. Na reportagem vemos o Vereador do Ambiente, Espaços Verdes e Plano Verde da CML, entretanto coligado e silenciado pelo “velho” PS, como o paladino da moralidade e da luta contra o ilícito na cidade de Lisboa, tendo “levado a tribunal mais de 70 casos de corrupção”.

É pena que este folclore tenha sido visto por milhões de pessoas em todo mundo. Contrariamente ao que a Al Jazeera diz na peça, Lisboa não é “uma cidade em tumulto onde a corrupção é tão generalizada que tornou os cidadãos indefesos”. A capital portuguesa é uma cidade digna, como qualquer outra congénere da União Europeia, com órgãos autárquicos democraticamente eleitos e onde a Justiça apesar da falta de celeridade, ainda funciona.

Percebo que José Sá Fernandes e o Bloco de Esquerda necessitem deste tipo de política, de mensagem “choque” e de ruptura, para se afirmarem e conquistarem o eleitorado. Mas será que esta apoteose messiânica do “Zé”, não acabou por prejudicar a imagem de Lisboa? Pobres, sem abrigo, desesperados, desrespeitados e terceiro mundistas, são os lisboetas que na opinião da “esquerda trotskista e marxista”, vivem numa cidade espoliada ao longo dos anos, ora pelas decisões da direita democrática, ou da falsa esquerda socialista, ou quem sabe dos “sociais fascistas”. Só fico triste com a aparente falta de critério do Bloco. Em Lisboa gritam e insurgem-se contra a corrupção, seus intervenientes e derivados. Já em Salvaterra de Magos adoptaram uma postura silenciosa e conivente com o sistema que tanto repugnam. Porque será?

Sei que Lisboa é uma cidade com graves problemas urbanísticos, ambientais e societais. Por certo haverá ainda muito trabalho pela frente, na correcção de decisões mal medidas e estruturadas no passado, pelas demais forças políticas. Mas será esta a melhor via de resolução dos problemas? Será recorrer ao protagonismo pré eleitoral, ainda que vindo de fora? Ou será este mais um hilariante e lamentável episódio da política lisboeta? Penso que sim e por isso replico a mensagem, “o Zé faz falta… mas agora calado!”

Luís Nogueira aka Vermouth

10 anos é muito tempo!

Bruno Ribeiro, 28.03.08


Foi há 10 anos que, com pompa e circunstância, Portugal inaugurou a maior ponte da Europa. Mais de 17 Kms, 100.000 toneladas de aço, 730.000 toneladas de betão: eis a Ponte Vasco da Gama!

10 anos depois, em plena discussão sobre a construção de uma terceira travessia do Tejo, verificamos que esta ponte está muito longe de se poder considerar "a maior". Grande só mesmo no tamanho. Senão vejamos: com um tráfego de 160.000 veículos/dia a Ponte 25 de Abril continua a ter uma utilização muito maior. Mais: o volume de tráfego da Vasco da Gama está "praticamente estagnado" desde 2004. Quem o diz é a própria Lusoponte.

A verdade é que, aniversários à parte, esta data me fez lembrar o que eu dizia à altura do nascimento desta ponte: já devíamos era estar a pensar na 3ª! Pois é... e o que fizemos? Ficámos 10 anos à espera. Mais coisa, menos coisa, estamos com 10 anos de atraso no processo de contrução de uma terceira travessia do Tejo. Pior, estamos de novo entregues à balburdia da discussão desenfreada em que todos tentam gritar mais alto e dificilmente se consegue perceber quem terá razão.

Ao menos na altura de decidir a construção da aniversariante de hoje, o Governo de Cavaco Silva mostrou firmeza. Apesar das muitas correntes de opiniões, Ferreira do Amaral - o Ministro das Obras Públicas à altura - levou por diante a sua opção. As principais críticas foram dos ambientalistas mas ainda hoje se ouviu na rádio Francisco Ferreira da Quercus reconhecer que o impacto não foi tão negativo como na altura a sua organização temeu.

A pergunta que deixo é: quanto tempo mais vamos demorar até termos uma Área Metropolitana de Lisboa à medida da Europa moderna e avançada a que queremos pertencer?

Casamento para sempre Vs. Divórcio na hora

Inês Rocheta Cassiano, 28.03.08

Uma das medidas previstas pelo actual Governo é o "Divórcio na Hora", questionando-se ou não se pode vir a integrar o pacote Simplex.
O projecto-lei que o PS pretende apresentar à Assembleia consiste na simplificação do processo de obtenção do divórcio, isto é, até aqui os casais que pretendiam divorciar-se litigiosamente tinham que provar em tribunal a violação dos deveres legais por um dos cônjuges (fidelidade, cooperação e cohabitação) ou que se encontravam separados de facto há três anos consecutivos. Agora, o PS quer alterar este estatuto e os casais que se pretendem divorciar litigiosamente basta que o requeiram ao tribunal, comprovando com testemunhas que estão separados de facto há um ano (ou talvez menos).
Este projecto-lei conduz a várias questões, que merecem reflexão. Cada vez mais o divórcio é encarado como algo muito natural. O conceito de casamento que deve ser realizado para toda a vida, é agora encarado como um contrato a termo certo. Mais uma vez, são os valores da família e da estabilidade que são completamente abalados. Por arrastamento, a fragilidade do conceito da família reflecte-se em todos os planos da sociedade. Os filhos, quando existem, são as primeiras e os principais alvos das discórdia dos pais. Daí a alimentarmos famílias destruturadas a assistirmos ao crescimento de adolescentes sem referências familiares, é um pequeno passo.
O conceito de família é cada vez mais atípico e isso constitui o primeiro elemento perturbador na estabilidade do seio familiar.
O que é feito dos casamentos para sempre? São uma memória romântica do século passado ou é algo em que ainda se pode apostar?

O papel de Primeira Dama

Diogo Agostinho, 27.03.08



Carla Bruni foi a atracção principal na visita de Sarkozy a Londres.


Qual Jacqueline Kennedy, Carla pousou, apareceu chique, muito tapada e foi o centro das atenções. Brilhante diplomacia! E bela Primeira Dama!


Qual o real papel de uma Primeira Dama?


E a nossa Maria?




Que avaliação fazem destes seus 2 anos de Belém?


E já agora quem irá ocupará Belém daqui a 8 anos?




Sim, Sr. Ministro!

Margarida Balseiro Lopes, 26.03.08
O primeiro-ministro anunciou esta tarde que o IVA irá baixar para 20%, a partir de Julho. A um ano das eleições legislativas, e depois do presidente do PSD ter pedido uma baixa de impostos, Sócrates está já em pré-campanha.

Sócrates anunciou ainda que o Défice no ano passado foi de 2.6%, o valor mais baixo nas últimas décadas.

Se por um lado, há que aplaudir este desagravamento da carga fiscal sobre os portugueses (ainda que tenuemente), fica mais uma vez patente o populismo de quem faz política para o imediato. Será que em 2009 surtirá efeito?

Força!!!

Paulo Colaço, 25.03.08

Ontem houve reunião magna do Psicolaranja.
Dois pontos em agenda: um documento para finalizar e jantar de despedida a dois Psicóticos – Tiago Dias e João Marques.
Estes dois quadros da JSD foram seleccionados para estagiar no Parlamento Europeu, na sequência da Universidade Europa, de que já aqui falámos.
Partiram hoje para Bruxelas levando na bagagem toda a sua capacidade, rigor e espírito de entrega.
A ambos, um forte abraço dos restantes Psicóticos e votos de boa sorte.

... e finalmente o Racismo.

jfd, 23.03.08
O Racismo na América está mais sofisticado. É menos evidente. Está mais diluído.
Depois de tantas investidas veladas da parte da campanha Clinton de injectar a raça na campanha; sai-lhes a sorte grande. As televisões revelaram excertos dos sermões do Pastor Jeremiah Wright, da Igreja em Chicago que Obama frequenta.
Excertos nada simpáticos para com a América Branca, nem para com a América em guerra;

A primeira declaração de Obama como se viu, foi claramente insuficiente. Ninguém ficou satisfeito.
Dá-se então, um novo discurso. Obama fala no racismo na América como nunca se falou. Com frontalidade, sem eufemismos nem demagogias. Falou em Filadélfia, perto de onde se assinou a Declaração de Independência.
O discurso chama-se Uma União ainda Mais Perfeita. E o âmago da coisa é referir que declarações como as do Reverendo estão paradas no tempo. O Sonho de MLK é real, evolui-se muito na América, mais que ainda há muito por fazer. E dá o exemplo real da sua avó Branca. O discurso é este (são 37 minutos que valem a pena...);

O que conseguiu com isto?
Conseguiu o desdém da direita. Televisões como a FOX ou comentadores de direita como Bill O'Reilly vêm nesta tomada de posição o fim da campanha de Obama. A MSNBC, a NBC e a CNN vêm o reforçar da campanha. A verdade é que na Pensilvânia, e desde a controvérsia, HRC que já tinha vantagem, ficou com mais!
Mas o inevitável pode sempre acontecer.
E Obama acabou de ter uma pequena reviravolta, o apoio de outro grande super delegado, o governador do Novo México; Bill Richardson, um grande amigo dos Clinton.
A América da afirmative action, da Nação do Islão, do caso Jena Six, do KKK, das super populadas prisões com afro americanos, do dispara primeiro e pergunta depois se for negro, do táxi que teima ao não parar para o cliente negro, dos gangues de negros e latinos que espalham o terror nos subúrbios, da bandeira da Confederação na Carolina do Sul, poderá ser a América de Obama?

Para onde vamos?

Carlos Carvalho, 21.03.08
O eco que este assunto tem tido merece reflexão. Já ouvi dizer que "a dada altura os adolescentes podem assumir o telemóvel como uma parte do seu corpo".



Com o vídeo são precisas poucas palavras. Mas ficam umas notas: a turma ria-se; alguém filmava calmamente.

Os professores e os alunos têm vindo a lamentar-se do estado da educação, mas estou em querer que o civismo também está ameaçado.

Para onde vamos?

Mas dá para parar?

Inês Rocheta Cassiano, 17.03.08
A escalada dos preços dos combustíveis bate todos os dias novos recordes. A gasolina e o gasóleo atingem valores astronómicos. Prevê-se até que ao final de 2008, o preço do gasóleo possa estar no 1,50€ por litro.
Será que precisamos de um Governo que intervenha no mercado, de modo a minorar as consequências da subida dos preços dos combustíveis nos bolsos dos cidadãos? Como é que se compreende as diferenças de custos entre Portugal e Espanha e que esta continua afirmar-se como a alternativa, quando se decide abastecer os automóveis?

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