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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Um bom princípio

Paulo Colaço, 24.08.07
Um artigo de Sandra Pimentel
 
Foi ontem aprovado em Conselho de Ministros um novo sistema de crédito bancário para os estudantes do ensino superior.
Por aquilo que foi dado a conhecer, à partida parece-me uma boa medida deste Governo, ainda que surja depois da aprovação do polémico RJIES.
Temos que ser sensatos e perceber quando coisas acertadas são feitas, e neste caso há uma particularidade que me deixa extremamente contente. A ser efectivamente aplicada, uma das nuances deste novo sistema prende-se com a diminuição do spread conforme as notas que cada aluno obtiver. Se assim for, estamos perante uma medida que premeia os alunos e a formação dos jovens portugueses. Estamos perante uma amostra daquilo que devia estar tão mais presente na nossa sociedade: o princípio da meritocracia.

 

Nada como experimentar...

Paulo Colaço, 14.08.07

Nas prisões de Lisboa e Paços de Ferreira vai funcionar o Programa Especial de Troca de Seringas.
A JSD já defendeu esta ideia no passado, com um Governo PSD. Sem êxito. É agora o PS a pô-la em prática…
Na altura a JSD alegou que a troca de seringas em meio prisional respondia a duas exigências: saúde pública e dignidade.
No que toca à saúde pública, a alusão é óbvia. Já o argumento da “dignidade” do ser humano não era assim tão óbvio para alguns dirigentes do PSD.
Um recluso toxicodependente já tem de fazer o que se sabe para ter droga na prisão, já sofre o que sofre com a dependência, já atura o que atura com as belas prisões que temos, mas nós dizemos: «não, para remires convenientemente os teus erros, ainda tens de apanhar sida e todas as outras doenças que vêm agarradas às seringas que partilhas com o Osvaldão do Bloco C!»

Bem sei que dar seringas aos reclusos é reconhecer que há droga a circular nas prisões. Isso pode querer dizer que há agentes do Estado a lucrarem ou fecharem os olhos a isso.
So what? O tratamento da doença começa com o seu reconhecimento…

Simples e Claro: A má Administração Pública

Paulo Colaço, 10.08.07


 

Um artigo de José Baptista
 
Que o serviço publico há muito está degradado, todos sabemos.


 

Que os funcionários públicos são diferentes uns dos outros temos óbvias certezas e que a culpa do mau funcionamento dos serviços não é da sua inteira responsabilidade também acreditamos.


 

 


 

Vejamos agora o seguinte caso:


 

 


 

O indivíduo A dirige-se à DGV, Delegação de Santarém, pelas 9h e 19m, sendo premiado com a senha de atendimento nrº 60, dessa manhã, quer dizer, quase tarde, porque o mesmo ocorreu às 12h 50m.


 

Ora vejamos, 3h e 31m foi o tempo de espera de A para um atendimento de 5 min, em que valeu o bom-trato da administrativa.


 

 


 

Pergunto: Quadro de excedentários do Ministério da Agricultura do Distrito de Santarém, Onde está? É que se em vez de se "despedir" tanta gente se realizar uma gestão dos recursos humanos, cuidada e eficaz, o cidadão ganha, os funcionários conseguirão conviver melhor sem gritos e esterias dos utentes e o serviço estará dotado de pessoal suficiente para atender em condições as centenas que diáriamente se lá dirigem.


 

 


 

Que me dizem os psicóticos e visitantes do miserável estado do atendimento de alguns serviço da função pública e dos "excedentários" ora desempregados ?

Vice-Versa

Paulo Colaço, 09.08.07

Tomou posse como Primeiro-Ministro o homem que era Presidente quando empossou o anterior Primeiro-Ministro, que agora, sendo Presidente, o empossa Primeiro-Ministro.

Estão confusos? Agora imaginem que são timorenses e vêem o Primeiro-Ministro Ramos-Horta passar a Presidente e o Presidente Xanana passar a Primeiro-Ministro.

Apesar de estranho, creio que o processo foi limpo. E desejo boa sorte a Xanana nos seus propósito a longo prazo:

- reforma "drástica da gestão do Estado";
- novo sistema fiscal, "simplificado, a favor dos pobres e que incentive o sector privado, o investimento estrangeiro e a criação de emprego";
- criação de um Tribunal de Contas, de um Banco Nacional de Desenvolvimento e de uma agência de Investimentos;
- um Código Penal.

Entretanto já tomou uma boa medida: na sua alçada estarão as pastas dos Interior e da Defesa.

Voto aos 16?

Margarida Balseiro Lopes, 07.08.07

António Guterres lançou o debate: faz ou não sentido antecipar a idade de voto para os 16 anos? A resposta a esta pergunta parece não ser conclusiva e as próprias juventudes partidárias escudam-se atrás do argumento de ser necessário um debate mais aprofundado em torno desta questão.

José Seguro, ex-líder da JS e o primeiro dirigente em Portugal a lançar o debate sobre esta matéria, assume sem hesitações que sim: "se o jovem é imputável aos 16 anos, por que é que não pode também votar?" É mais um direito e um princípio do que uma questão de maturidade.

“Mas os anos passam e mudam as prioridades. Pedro Nuno Santos, actual líder da Juventude Socialista, diz que a JS não tem uma posição definitiva sobre a matéria e que esse debate não consta sequer da agenda dos jovens socialistas. Mas essa não é a posição de todas as juventudes partidárias: há quem concorde em antecipar a idade de voto para os 16 anos e até quem queira voltar a lançar o debate dos 16 anos, como a JSD.” In Público

E nós, psicóticos, o que achamos sobre a antecipação da idade de voto? Estaríamos, eu, a Inês Cassiano, a Inês Aguiar Branco aptas a votar no último referendo à IVG?

A Guerra no BCP

Paulo Colaço, 06.08.07

Tudo o que sempre quis saber mas nunca se interessou até aparecer este post!

Como sugiram as divisões no BCP?
Não é fácil encontrar a verdade, uma vez que os motivos são diferentes, conforme se ouça um e outro lado. Paulo Teixeira Pinto invoca a proposta feita por Jardim Gonçalves para a assembleia geral (AG) de Maio, em que o fundador pretendia que o presidente da administração passasse a ser eleito directamente pelo conselho geral e de supervisão (CGS), a que preside, em vez de submeter o nome ao plenário de accionistas. Para Teixeira Pinto, esta proposta teria o propósito não assumido de forçar a sua saída, como disse no sábado ao Telejornal da RTP1.

Esse motivo é verosímil?
O assunto foi ponderado por alguns elementos do CGS, que avaliaram a possibilidade de submeter a destituição de Teixeira Pinto a essa AG de 28 de Maio, como o PÚBLICO noticiou.
Além disso, os apoiantes de Teixeira Pinto dizem que o presidente não tinha autonomia para tomar algumas medidas, como a redução de ordenados dos administradores.

E o que diz Jardim Gonçalves?
Os apoiantes do fundador do banco referem decisões importante tomadas por Teixeira Pinto sem respeitar a colegialidade do conselho de administração (CA). Um acordo com a petrolífera angolana Sonangol para a criação de um banco em Angola e projectos de aquisição de redes bancárias no centro da Europa estão no âmago da discórdia. Isto terá provocado a divisão entre os administradores. Este lado invoca também o apoio tácito dado por Teixeira Pinto ao grupo de accionistas recentes para a AG de hoje e para as propostas mais polémicas, como a alteração de estatutos e a destituição de cinco administradores (entretanto retirada). Este é um processo novo no BCP, onde durante 20 anos todas as propostas para as AG partiam da administração.

Como surgiu a AG de hoje?
Foi solicitada por sete accionistas alinhados com Paulo Teixeira Pinto - Moniz da Maia, Joe Berardo, João Pereira Coutinho, Manuel Fino, Filipe Botton, Vasco Pessanha e Diogo Vaz Guedes - com o objectivo de mudar as regras societárias e eleger novos órgãos sociais. A lista para o CA é liderada pelo próprio Teixeira Pinto. O grupo pretende ainda ampliar o CGS, presidido por Jardim Gonçalves, caso seja chumbada a mudança de estatutos.

Por que é que estes accionistas querem fazer essas mudanças?
Estas alterações permitirão a Teixeira Pinto equilibrar o poder em desfavor de Jardim Gonçalves. No CA, cinco dos nove elementos estão ao lado de Jardim Gonçalves contra o presidente: Filipe Pinhal, Cristopher de Beck, Bastos Gomes, António Rodrigues, Alípio Dias.

Estas são as únicas propostas?
Não. Mais tarde Pedro Teixeira Duarte, que apoia Jardim, propôs a manutenção dos órgãos sociais que estão actualmente em funções. E Teixeira Pinto propôs o alargamento do CA de nove para 13 elementos, dentro do modelo societário actual, para equilibrar o número de elementos da sua confiança.

O que é que vai ser votado primeiro na AG?
Os accionistas vão começar por votar a alteração dos órgãos de gestão. O ponto 1 propõe a alteração de estatutos para um modelo "monista", com um CA com um número máximo de 20 membros executivos (comissão executiva) e não executivos, sendo a maioria independentes. Para ser aprovado, este ponto precisa de uma maioria de dois terços do capital presente na AG, que é de 72 por cento. Para travar esta proposta, Jardim Gonçalves precisa de reunir 24 por cento do capital.

E se este ponto for aprovado?
Se este ponto for aprovado, os accionistas votam os nomes para os novos órgãos sociais. As únicas listas candidatas foram propostas pelos accionistas ligados a Teixeira Pinto.

Quem integra as listas?
Para o conselho de administração estão propostos: Paulo Teixeira Pinto (presidente), Alberto Castro (vice-presidente), António Castro Henriques, Francisco Lacerda, Bosgulaw Kott, Fernando Ribeiro, Luís Pereira Coutinho, João Lopes Raimundo (todos vogais executivos), Esmeralda Dourado, José Fino, Luís Champalimaud, Manuel Vicente, Alexandre Relvas, Bernardo Moniz da Maia, João Tallone, Pedro Rebelo de Sousa, Rafael Mora, George Tanikidis, Josep Oliu, Marc Bellis (vogais não executivos).
Para a mesa da AG: Daniel Proença de Carvalho, Folhadela Moreira, Nuno Vasconcelos. Para o conselho fiscal: António de Sousa, Maria Manuela Athayde Marques, Luís Azevedo Coutinho. E para o conselho de remuneração: Vasco Pessanha, Carlos Vasconcelos Cruz e Rámon Bartolmé.

E se estes dois pontos forem derrotados?
Se as propostas dos pontos 1 e 2 forem chumbadas, os órgãos sociais mantêm o modelo actual: conselho de administração (presidido por Teixeira Pinto) e conselho geral e de supervisão (presidido por Jardim Gonçalves). Segue-se a votação de outras propostas, dentro deste modelo.

O que se vota a seguir?
Os accionistas são depois convidados a votar os pontos 3 e 4, respectivamente manter o actual número de membros do CA e manter o actual número de membros efectivos do CGS. No ponto 3 vota-se sucessivamente a manutenção do número de administradores (proposta da Teixeira Duarte, apoiante de Jardim) e o alargamento de nove para 13 (proposta de Teixeira Pinto). Mesmo que esta proposta seja aprovada, os novos quatro administradores não poderão ser eleitos nesta AG, por decisão do presidente da mesa.

Se os pontos 3 e 4 forem aprovados, fica tudo na mesma?
Ao nível do conselho de administração fica tudo na mesma. O ponto 5, em que se votava a destituição de cinco administradores executivos (Filipe Pinhal, António Rodrigues, Alípio Dias, Cristopher de Beck e Bastos Gomes) e era das propostas que mais anticorpos geraram mesmo em alguns apoiantes de Teixeira Pinto, foi retirado no sábado pelos proponentes (os accionistas Joe Berardo e Moniz da Maia).

E o conselho geral e de supervisão?
Caso os estatutos não sejam aprovados (ponto 1), o ponto 7 prevê a eleição de novos membros para o CGS. Os nomes propostos pelos accionistas afectos a Teixeira Pinto são António de Sousa e Alberto Castro (vice-presidentes), António Mexia, Diogo Vaz Guedes, Diogo Lacerda Machado, Filipe Botton, José Fino, Luís Machado Rodrigues, Manuel Castelo Branco, Manuel Vicente, Marc Bellis, Miroslaw Gronicki, Paulo Carvalho Pereira (vogais).

(In Público)

Negligência ou algo mais?

Paulo Colaço, 06.08.07

Um artigo de Sandra Pimentel
 
Nunca duvidei da “nossa” PJ. Sempre duvidei do sensacionalismo britânico. E agora vemos o que está a acontecer no tão badalado caso Madeleine.

Como dizia Moita Flores, gostava de saber porque é que o MP não processou de imediato os pais por negligência. Ninguém pedia que não se procurasse a criança, em caso de rapto, ou que não se investigasse o que realmente aconteceu naquele apartamento na Aldeia da Luz, mas em Portugal temos leis, e são para cumprir. No juízo de cada cidadão, é inadmissível deixar três crianças sozinhas num apartamento para ir jantar ali ao lado.

A nossa PJ comportou-se à altura. Só tenho pena que muitos portugueses tenham posto em causa a competência das nossas autoridades, que estoicamente foram resistindo aos ímpetos da feroz imprensa britânica.
Segundo os meios de investigação ingleses, foi detectada a presença de um cadáver no apartamento, o que faz cair por terra a tese de rapto, e que põe em causa, mais uma vez, a versão dos pais, já que há indícios que o cadáver possa ter estado mais horas no apartamento do que o tempo que os pais dizem ter estado ausentes.

O ser humano já provou ser capaz de coisas macabras.
Não nos esqueçamos que a mãe de Joana também veio à televisão reportar o desaparecimento da filha.

Afinal, o que terá acontecido a Madeleine McCann?

Revolver

Paulo Colaço, 05.08.07

Há exactamente 41 anos, era lançado o álbum “Revolver”, dos Beatles.
É, provavelmente, o meu álbum preferido.
Eis as músicas:

1. Taxman
2. Eleanor Rigby
3. I'm Only Sleeping
4. Love You To
5. Here, There, and Everywhere
6. Yellow Submarine
7. She Said She Said
8. Good Day Sunshine
9. And Your Bird Can Sing
10. For No One
11. Doctor Robert
12. I Want to Tell You
13. Got to Get You Into My Life
14. Tomorrow Never Knows


E para os Psicóticos & Friends? Qual o vosso álbum favorito?

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