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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

VERGONHA

Miguel Nunes Silva, 14.11.12


Fazer greve, exigindo o fim da austeridade, é dar uma bofetada na cara dos desempregados e dos que não podem fazer greve em Portugal.

É rir na cara de quem trabalha meses a fio para elevar a imagem de Portugal no estrangeiro e distanciá-la da reputação manchada da Grécia, para ver tudo ir por água abaixo à conta da irresponsabilidade de alguns. É dar razão aqueles que falam em restringir o direito à greve invocando notório abuso. É apresentar-se como a cara da crítica supérflua e vazia dos que com keffiyeh ao pescoço reclamam mais dinheiro sem explicarem aonde o vão buscar.


O fim da austeridade é o fim do estado pois não haverá financiamento internacional ao país enquanto as despesas com o sector social do estado aumentarem insustentavelmente. 


Aqueles que se apresentam pelo rigor querem nada mais senão burlar os Portugueses com promessas de eficiência governativa: o 'rigor' é inimigo da austeridade porque o 'rigor' é inseparável do fanatismo socialista que se recusa a fazer cortes no sector social do estado mesmo que isso resulte na falência do mesmo.

O 'rigor' é hoje o equivalente do 'optimismo' da era Sócrates. É uma promessa falsa  e eleitoralista. Culpar Merkel, os políticos, os banqueiros, os privilegiados, etc é um bode expiatório destinado a burlar as pessoas; levá-las a depositarem esperança num sonho que apenas beneficia uma categoria de pessoas: a liderança política socialista. 


O que são afinal as 'políticas de crescimento' que a esquerda reclama? Para os burlões, estas políticas são mais despesismo da parte do estado. Ou seja repetir e agravar o desbarato de fundos públicos das últimas décadas, que estamos condenados a pagar durante décadas mais, a juros altíssimos.

Mas claro que é fácil reivindicar 'políticas de crescimento' com o dinheiro dos outros. E se os outros não quiserem arriscar o próprio dinheiro em Portugal, então a culpa não seria de Portugal mas dos outros obviamente.


Vejamos o resultado da austeridade em Portugal: exportações estão em alta apesar da carga fiscal pesadíssima e as famílias estão pela primeira vez desde há anos, a poupar dinheiro para o futuro. 


Mas é difícil e impopular defender políticas que introduzam responsabilidade e consciência cívica nos Portugueses. Daí a minha vergonha, vergonha por ver os burlões da esquerda representarem o país no exterior. Ver populistas mesquinhos infantilizarem os Portugueses e tratarem-nos como crianças ingénuas, crédulas, tolas e sem espírito crítico. Ver os propagandistas e demagogos darem a cara por um país que merece melhor, muito melhor...

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