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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Mobili-quê?!

Essi Silva, 27.08.12
Sou uma ávida fã do comboio, em detrimento dos autocarros. É mais cómodo e deveria ser mais económico/célere.
Se no princípio do século passado, o comboio e as linhas ferroviárias foram as principais dinamizadoras e aceleradoras do desenvolvimento do interior do país, e de Portugal enquanto nação, hoje, afastamo-nos cada vez mais deste transporte, a que tanto devemos.
Pelo menos é o que parece, depois de, segundo o Público, a CP ter eliminado do seu site, o que fora o primeiro compromisso social da empresa pública perante o cidadão: garantir a mobilidade e a coesão do território, geográfica e economicamente.

O compromisso, que anteriormente constava do site, incluía ainda a referência aos 2830 Km de linhas férreas, "contribuindo para a coesão territorial do país, a preços equitativos"; substituído ao que parece, devido à actualização do site e do conteúdo, sendo, aparentemente uma informação dispensável, na descrição da empresa.

Os "downgrades" que a CP tem sofrido ao longo dos últimos anos, têm prejudicado, não só os clientes que dependem do comboio, por falta de melhor alternativa; como têm afastado novos clientes, já que em casos, nomeadamente do Algarve, cujas estações distantes e mal-sinalizadas, transbordos sucessivos, equipamento/linha decadente, insegurança e afins, fazem do autocarro e até do aluguer de veículos, uma alternativa melhor que o comboio.

Ao que parece, a CP, com os sucessivos cortes do caminho ferroviário, já não têm como função servir o cidadão. Nesse caso, digam-me então, para que serve? Para comer impostos?
Ou não há espaço para o comboio nos países civilizados?

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