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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Eu quero, eu posso, eu mando

Essi Silva, 27.08.12
Nos últimos tempos tenho andado um bocadinho ocupada a tratar da vida académica, pelo que me perdoem a ausência.

Não obstante, a atenção aos malabarismos políticos manteve-se, só lamentando não ter podido comentar as trapalhadas do meu querido Governo e do casal mais mediático do nosso país, Relvas-Coelho (a mulher manda, o marido dá o nome e a cara à família).
Se o não-assunto, ou o caso "licenciatura na Unversidade da Via Rápida", não fossem suficientes, Relvas decidiu usar, não o Facebook, como Cavaco, mas António Borges, para sabermos o que se passa na mente do Governo, em relação à RTP.

Marcelo nem sempre tem razão, mas ontem fez algum sentido quando referiu algumas questões sobre a complicação em coadunar o conceito de serviço público, com a concessão a uma empresa de/administrada por/co-propriedade de estrangeiros. Para além da questão constitucional, claro.
A mim não me choca a venda da RTP1, tão simplesmente porque em abono da verdade, aquilo não é serviço público, à excepção do Futebol, das Voltas a Portugal e demais casos pontuais, claro. Triste, triste, fico eu com falta da RTP2, infelizmente sub-aproveitada e canalizada para uma minoria artístico-intelectual da nossa população. Agora, conceder um canal, cujo lucro se baseia inclusive numa taxa ridícula que o cidadão anda a pagar, para uns tipos quaisquer continuarem a passar programas do arco-da-velha, de modo a que o Governo possa lavar as mãos e dizer "nós até semi-cumprimos o que vos andámos a prometer, sem termos os-chatos-da-troika a obrigar-nos a tal", é uma patetice.
Isto tudo parece-me uma trapalhada, mais uma, para não variar.

O CDS torceu o nariz, os outros reclamam, a Administração da RTP contesta, e há quem diga por Bruxelas, que o negócio de conceder o canal a troco da taxa, sujeita-se a veto.
Veremos como é que Relvas tira o coelho da cartola desta vez.

(post-script: E a dica do Marcelo quando disse que Sabe que foi houve conversa entre Relvas e Borges, sobre a divulgação do assunto? Fantástico clima, este do "digo eu, ou dizes tu, ou diz o outro". Quem será o próximo porta-voz do Governo?)

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