Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Terror+ismo

Essi Silva, 14.12.11
Terrorismo
nome masculino
1. prática de actos violentos (assassinatos, raptos, colocação de bombas, etc.) contra um governo, uma classe dominante ou pessoas desconhecidas, com o objectivo de fazer impor determinados objectivos, geralmente políticos
2. figurado sistema de governo que utiliza o terror e medidas violentas
(De terror+-ismo)
in Dicionário da Porto Editora

Anders Behring Breivik. Ayman Al-Zawahiri. Germaine Lindsay. Mohammad Sidique Khan. Luttif Afif. Osama Bin Laden. Josefa Ernaga. Nordine Amrani.

 

Muitos outros nomes poderiam ser acrescentados a esta lista. Poucos destes são conhecidos pelo público, que também desconhece qual foi a pena aplicada aos sobreviventes dos vários ataques que perpetraram. Alguns nunca foram julgados. Outros nunca chegaram a ser capturados ou identificados.

 

O conceito de terrorismo é interpretado de forma diferente por todo o mundo. É também de forma diferente que o mundo reage ao terror sofrido por cada nação, sociedade, pelas famílias.

As terríveis explosões em Madrid de 2004, afectaram-me de forma substancialmente diferente em comparação com o crime horrendo perpetrado por Breivik na Noruega.

São ambos horríveis, mas com alvos diferentes e motivações distintas. Madrid foi terrorismo sem faces nem identidades definidas, Utøya levou a face de Breivik aos jornais do mundo. Liège, independentemente das motivações políticas ou de guerrilha, também espalhou o terror. E isso para mim é terror-ismo.

 

Nova Iorque. Londres. Madrid. Oslo. Liège. Todas estas cidades, todas as vítimas, até ao bebé de 17 meses que faleceu devido à loucura de um homem num país tão indiferente como a Bélgica, obrigam-nos a reflectir se amanhã, numa paragem de autocarro/metro/comboio, a irmos para o trabalho, para casa, no emprego, em nossa própria casa, nas compras de Natal, não surgirá alguém que acabe com a nossa paz, com a nossa vida, e deixe em luto não só um país, como as nossas famílias, os nossos mais-que-tudo.

 

É difícil procurar soluções que evitem o terror de não sabermos se vamos chegar a casa no fim do dia. O terrorismo não é um aneurisma, um enfarte, um AVC, que bate à porta de súbito e pouco ou nada se pode fazer para prever e evitar. É algo grave, cuja tendência temos de contrariar.

 

Leis penais mais punitivas? Maior controlo de materiais usados para bombas? Maior controlo do mercado de armamento, legal e ilegal? Maior supervisão nos casos de migração? (embora esta última não solucione o terrorismo interno)

 

O que é, para vós, preciso para parar esta tendência? Estará Portugal livre de uma bomba de terror?

 

 

 

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Essi Silva 14.12.2011

    Certo. Mas os acidentes de automóvel são consequência do grau de responsabilidade da sociedade.
    Cada vez que cai um avião, as autoridades não olham para o problema comparando com a sinistralidade rodoviária. Sim, todos os anos, os acidentes rodoviários, tiram a vida a mais de 1,2 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo, fora os que ficam afectados fisicamente e emocionalmente até ao fim dos seus dias.
    Mas não é devido a termos um problema maior, que devemos esquecer todos os outros.
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.