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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

‎'Agora se verá quem tem coragem'

Miguel Nunes Silva, 03.11.10

Hoje Manuela Ferreira Leite teve outra boa prestação na Assembleia da República.

 

A 'velha', a 'retrógrada', a 'cinzenta' enfrentou directamente toda a esquerda e ainda foi capaz de envergonhar o governo: ‎'Este governo está há 4 anos e meio com maioria absoluta, tinham mais que obrigação de terem resolvido o problema do qual se queixam!'

 

Vale a pena ver como Ferreira Leite expõe a demagogia da esquerda e a irresponsabilidade do PS. Uma senhora, MFL é uma mais-valia para o grupo parlamentar do PSD; não apenas ex-líder e deputada, hoje ela foi 'a deputada'

 

Interpelação a Teixeira dos Santos: http://videos.sapo.pt/jdcepLKgmGtt5zcM8LSo

Caro Vasco

Miguel Nunes Silva, 20.09.10

 

 

 

Este é o mesmo argumento simplista que faziam quando eu falava de MFL.

 

Será que ninguém é capaz de compreender que uma política sem sonhos é uma política gestora com responsabilidade?!

 

O 'caminho possivel' era e é sairmos do buraco aonde nos metemos. ESTA é a política! Se querem os choques tecnológicos e os estados gerais que reflectem muito e criativamente concebem a receita para as maleitas nacionais através de mais obesidade governamental, então votem PS como têm feito nas últimas décadas.

 

A crítica às politicas do governo tinha em si implícita a política de fazer o contrário: de não incorrer em mais dívida, de não querer 'transformar' Portugal, de apenas querer criar sustentabilidade para o pouco que já temos antes de entrar em mais projectos megalómanos.

 

Eu sei que não é muito sexy prometer apenas sustentabilidade. Mas tal promessa afirma-se tão grande, tão ambiciosa e tão longínqua nos dias que correm, que qualquer um que a faça honestamente só pode ser um louco patriótico über-responsável, i.e. o perfil que - chamem-me louco - eu quero no meu PM !!!!!

Reflectindo sobre a Psico-refeição com MFL

Miguel Nunes Silva, 29.06.10

O privilégio de poder conversar abertamente com figuras políticas como Manuela Ferreira Leite é a possibilidade de se poder vislumbrar o seu pensamento. Ferreira Leite é uma figura muito lúcida no seu pensamento político, e como poucos em Portugal, a sua integridade ideológica passou quase incólume durante as últimas décadas de evolução política em Portugal.


No centro dos seus ideais está a classe média. Sem uma classe média, a Drª Ferreira Leite não acredita que um estado possa prosperar. A social-democracia para si exige um estado, e um estado forte mas não um estado morbidamente abrangente e centralizador. A experiência dos regimes socialistas demonstra que o aparelho estado é eficaz na diminuição do abismo social, mas nunca para cima. O aparelho estado consegue uniformizar por decreto as diferenças sócio-económicas mas é pouco eficaz na potenciação da sociedade para a prosperidade. Ou seja, o estado é desejável enquanto regulador mas não enquanto produtor. 

 

Para a ex-líder do PSD, a protecção sócio-económica do estado justifica-se apenas para as classes mais desfavorecidas. O estado social deve, para si, ser um estado social mínimo.

 

O período da liderança Ferreirista no PSD caracterizou-se por uma profunda divisão ideológica entre a oposição e o governo. Esta divisão não era apenas política mas também pessoal pois o perfil de José Sócrates e o de Ferreira Leite não poderiam ser mais diferentes. As medidas anti-crise e as medidas pós-crise que os governos Sócrates tomaram contaram sempre com a oposição acérrima de Manuela Ferreira Leite porque elas se destinavam a beneficiar camadas da população dependentes do governo e a taxar as camadas da população que sendo mais independentes, perdiam a capacidade de suportar qualquer retoma económica. Este modelo perdedor persiste hoje: o governo expande a abrangência fiscal para fazer face ao endividamento que foi liderado pelo sector público nas últimas décadas – responsabilidade primária dos governos PS.

 

A dicotomia dos governos gastadores e dos governos de poupança é velha mas o pecado das últimas décadas socialistas foi terem-se demitido da responsabilidade de fazer reformas que implicassem a contenção do sector-estado.

Na III República enquanto porta-estandarte da esquerda e dos ‘trabalhadores’ – justamente ou não – e enquanto parte do arco da governabilidade e detentor de sentido de estado, o PS tem tido a missão de fazer as reformas difíceis, as reformas defendidas ...pelo PSD. O PSD tem ao longo do tempo sido esvaziado da sua legitimidade de representante dos ‘trabalhadores’ e dos ‘pobres’ pela esquerda Portuguesa pelo que quando uma reforma particularmente difícil se apresenta, a norma e a tradição – em quase todos os países aonde o espectro político pende para a esquerda – ditam que o PSD pressione a partir da oposição e que um governo PS as leva a cabo, por ser insuspeito de defender o ‘patronato’.

 

A maior vergonha não é que o governo populista de Sócrates não tenha tido a coragem ou a responsabilidade de as fazer. A maior vergonha é que o PS centralizado, estagnado e podre não tenha deixado de apoiar incondicionalmente os governos Sócrates, sabendo ainda melhor que o PSD, da irresponsabilidade com que o país tem sido governado.

 

Manuela Ferreira Leite foi há poucos dias comparada a Francisco Sá Carneiro pela sua integridade e visão … e justamente!

Rangel, O Candidato Nacional

Miguel Nunes Silva, 13.02.10

 

 

Paulo Rangel é o candidato ideal para o PSD mas sobretudo para o país.


 

Não o é por ser jovem mas sim porque tem o perfil adequado para representar o partido perante os Portugueses.

Rangel tem vitórias no seu currículo, não vitórias “internas” mas sim vitórias nacionais. Tem também currículo nacional, tendo sido secretário de estado e ainda líder da bancada parlamentar.

 

Através da sua campanha bem sucedida nas eleições europeias, Rangel conseguiu uma vitória esmagadora contra a descredibilização da política, contra o PS e contra os conflitos internos do PSD.
Foi na altura em que a política tinha mau nome que Rangel se filiou no partido. Ele inicia a sua actividade como quadro competente, e não como animal político fazendo carreira com o partido. Ganhou ao PS que vivia o auge da sua maioria absoluta e ainda sem o resultado catastrófico da sua governação à vista. Venceu a pressão de Pedro Passos Coelho para uma vitória fácil, numa altura em que as sondagens eram desfavoráveis ao PSD.

 

Rangel tem ainda a vantagem de representar uma política séria e consequente, que não teve a oportunidade de brilhar como devia por culpa de circunstâncias adversas, mas que se provou estar correcta, nos últimos meses.

Tal como Ferreira Leite, Rangel tem sentido de estado e poderia facilmente integrar ou mesmo liderar um governo. Rangel tem vitórias concretas, outros não, Rangel não fragilizou o partido com movimentações fratricidas, Passos Coelho por exemplo, sim.

 

Daí que Rangel seja a escolha óbvia para a unidade do partido mas também para possivelmente formar governo se as circunstâncias o exigirem.

 

Mais uma coisa: não me choca que Rangel tenha hesitado antes de se candidatar. Apenas demonstra que é sensato. A ponderação é algo que tem sido elogiado a Obama e de facto, a determinação de Sócrates foi mais detrimental que benéfica. Para além de que depois de se comprometer com um projecto (Parlamento Europeu) não poderia abandoná-lo sem pelo menos hesitar. A ponderação num partido como o nosso é de louvar, e está em grande contraste com a determinação perpétua…

 

Aquilo que é importante é que os militantes votem com a sua consciência e sentido de responsabilidade, e não por medo de quem possa depois das eleições, “andar por aí”...
 

Há algo que não percebo ...

Miguel Nunes Silva, 11.02.10

     Como é que ainda há quem defenda o governo?!!!

     Já não falo da populacão que coitados são uns iludidos, mas falo nos comentadores, nos pundits, nos ditos intelectuais. 

 

      Há um ano atrás Manuela era uma anedota, porque não dizia coisa com coisa, porque não tinha alternativas, porque lhe saiam umas gaffes, porque não unia o partido, porque era retrógrada e conservadora, etc. 

 

      Hoje, tudo aquilo que ela disse se confirma e tudo por que lutou prova a sua sensatez.      Ora vejamos:

 

 

  

       - Não era carismática ou boa com os média, mas hoje os paladinos da comunicação social têm os seus nomes na lama;

 

      - Não oferecia alternativas mas afinal nem as energias renováveis salvaram o país dos efeitos nefastos do endividamento, nem os mega-projectos salvaram o país do desemprego ou deram estímulo à economia. Hoje as políticas de austeridade que sustentava são mais claras e necessárias que nunca;

 

      - Saiam-lhe gaffes infelizes. Pois, mas quem falava por slogans e não dizia nada de concreto – para todos os efeitos mantendo-se alheado da obrigação dos governantes em prestar contas das suas políticas – tambem não se saiu melhor. Pelo contrário, faltou á verdade e ainda a procurou distorcer  (Confessem lá, senhores comentadores que hoje se roem todos por dentro; é ou não é verdade, que é preferivel alguém que seja franco e competente, do que alguém que fique bem na câmara e mande uns soundbites?);

 

      - Não unia o partido mas hoje aquele que é conotado como o “seu” candidato tem sérias hipoteses de ganhar a lideranca do partido nas próximas eleições;

 

      - Não unia o partido mas levou-o a várias vitórias eleitorais. É verdade que não venceu as legislativas, mas conseguiu fragilizar o governo do PS o suficiente para o forçar a negociar na aprovação do último orçamento; ah sim! E subiu o número de deputados do partido.

 

      - Era retrógrada e conservadora mas aonde estão afinal os casamentos gay? Não se vêem nenhuns e a própria lei corre o risco de ser considerada inconstitucional. 

 

 

      Mas que pena que tenho que no meu país, aqueles que escolhem não fazer circo, sejam mantidos fora do círculo mediático dos situacionisticamente in...

      Eu sei que não basta ter-se razão, mas que raios, em qualquer pais decente, a atenção devia agora privilegiar MFL e o PSD. Ela ainda não está fora! Ela está presente, toda esta catadupa de acontecimentos que lhe dão razão não estão a acontecer depois de ela ter saído há muito de cena!

 

Pudera que depois os Portugueses se lamentem de que os politicos são todos maus.

A atenção por parte dos media não tem por base o mérito...

 

      Vergonhoso!  

A Ética Católica e o Desequilíbrio Normativo

Miguel Nunes Silva, 28.11.09

 

Há algum tempo atrás, vi uma palestra de Ayn Rand, proferida nos anos 60, em que ela explicava a dicotomia Capitalismo Comunismo ironizando que a “moral mística do altruísmo” é nefasta não só para a economia mas também para as liberdades individuais.

 

A ideia que Rand tenta fazer passar é que a moralidade não é um bom guia para a economia, que é uma ciência. A economia é amoral e enquanto ciência tenta apenas optimizar a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Nada impede que façamos o nosso melhor para ajudar os demais na nossa vida privada mas sacrificarmos a nossa performance económica em nome de princípios metafísicos é derradeiramente contra-producente para todos.

 

Nos países protestantes, a ética e a moral incutem isto mesmo na sociedade e o equilíbrio entre meritocracia e solidariedade é deixado ao governo bem como às IPSS.

 

 

O problema dos países de ética católica está em que existe um claro desequilíbrio filosófico pois tanto o governo como a sociedade professam o altruísmo moralizador. A doutrina social da Igreja inocula-o há milénios e o socialismo moderno pratica-o no executivo.

 

A consequência directa deste facto é que os valores levam a uma desresponsabilização geral da sociedade. Em Portugal não há condenados em grandes processos judiciais porque o direito português é excessivamente garantista. Também as carreiras políticas são longas já que todos têm direito a uma segunda oportunidade. Finalmente, a competitividade é fraca porque o empreendedorismo e o risco são vistos com maus olhos e como tal as universidades produzem empregados em vez de investidores, o processo legislativo produz rigidez (para protecção) laboral em vez de flexibilidade de mercado (leia-se investimento).

A quintessência deste desequilíbrio é o Partido Socialista. O partido que lutou pelas liberdades cívicas contra o Estado Novo e em cujos ideais a actual constituição mais se inspirou. O partido que se bate pelas causas progressivas mas cujos líderes são católicos. O partido que promete o modelo económico sueco mas cujos militantes privam com Chavez e Castro.

 

Na verdade, o socialismo é forte em países latinos precisamente porque a ética social deriva da matriz cristã-católica que prolonga valores medievais como a nobreza ou o auto-sacrifício em prol do colectivo.

 

A mentalidade cívica é incipiente no nosso país que em vez de pragmaticamente escolher o menor dos males na urna, prefere esperar pelo estadista carismático providencial, abstendo-se ou votando em branco. Ela é incipiente pois sistematicamente escolhe o sonho dos “Estados Gerais” ou do “Choque Tecnológico” – na vertente do “New Deal”, “Great Society” ou “New Frontier” – em detrimento da realidade.

 

Manuela Ferreira Leite disse “Prometemos apenas aquilo que sabemos poder cumprir”, Cavaco que “Portugal não pode continuar (…) a endividar-se (…) ao ritmo dos últimos anos”. No lado do PS, Jorge Sampaio afirmou que havia vida para além do défice e Sócrates que tínhamos que ser positivos.

 

O PSD falava para os cidadãos responsáveis, o PS falou para os Portugueses…

 

M de Manuela, M de Mulher, M de Mudança

Essi Silva, 16.09.09

 

Não sou feminista. Nem daquelas pessoas que acredita que as mulheres são mais que os homens e que deveriam conquistar o mundo. Também não acho que o papel da mulher seja exclusivamente como mãe de família e como dona de casa. Não. Acho que as mulheres conseguem ter várias qualidades que os homens por vezes não têm e simultaneamente ser frágeis em assuntos em que os homens não são.


"Atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher". Desde pequena que ouço esta frase. Desde pequena que decidi que não a quero para mim. Quero ser uma grande mulher e simultaneamente ter ao meu lado um grande homem, para que ambos consigamos trazer ao de cima o nosso melhor.

Lá fora temos Merkl, tivemos a Golda Meir, ou a dama de ferro Thatcher.


Cá temos Manuela Ferreira Leite. Um exemplo de seriedade e princípios, mas também de humanidade e esperança.


Tenho o maior orgulho em dizer que temos Mulheres com M grande no PSD. Mais um exemplo é Paula Teixeira da Cruz.

Não precisamos só de mulheres na política, mas mais algumas são sempre bem-vindas. Também não precisamos de quotas para mostrarmos que também andamos por cá.


Felizmente há Mulheres assim na política, líderes como MFL, que conseguem mostrar que também nós queremos lutar para Mudar Portugal!