E que tal irem "gozar com o D. Pedro"!? (II)
Auto-estradas
Passivo da EP dispara 1400% num ano e meio
O passivo da Estradas de Portugal (EP) ultrapassou no final de Junho passado os 15,2 mil milhões de euros, o equivalente a quase 10% do PIB.
(...)
Em ano e meio, o passivo da empresa liderada por Almerindo Marques passou de 1.024 milhões de euros para mais de 15 mil milhões.
Fonte: Jornal de Negócios
Para quem não percebeu eu explico: Desorçamentação!
Se não sair dos cofres do Estado (aka, Orçamento Geral do Estado) não é despesa pública - Contabilidade Pública funciona segundo a Optica de Fluxos de Caixa, ou seja, só há despesa quando o dinheiro é gasto. Se não sair dos OE mas, uma empresa pública gastar o dinheiro equivalente ao que se queria, então:
a) Não entra nas contas públicas, logo não conta para o deficit,
b) Quando for altura de pagar, o Estado emite obrigações e paga tudo duma vez, fazendo uma "passagem ao Ás", versão orçamental - passa directo para dívida pública sem nunca ter contado para as contas do "saldo orçamental".
Uma sugestão: que tal, já que se fala tanto em reformas fiscais, começar por esta:
Alargar o perimetro orçamental para incluir despesas do Sector Empresarial do Estado e alterar a optica de contabilização da despesa?
O contribuinte agradecia que começasse a haver a "necessidade imperiosa" de deixar de gozar com ele!