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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOCONFERÊNCIA - "O Papel da Juventude nas Autarquias"

Essi Silva, 30.11.12

Com a participação do Ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém, o Vereador da Juventude de Oeiras e o Presidente do Conselho Nacional da Juventude e moderada pelo Presidente da JSD.

Dia 1 de Dezembro, pelas 21:30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oerias (Av. Francisco Sá Carneiro nº 17, Urbanização Moinho das Antas) contamos convosco para mais uma iniciativa com a marca Psicolaranja!

Passos Coelho na TVI

Beatriz Ferreira, 29.11.12

«Nós temos até Fevereiro de apresentar medidas e vamos fazê-lo mas vamos condicionar essas medidas ao debate que vai decorrer até ao verão. Se até ao Verão aparecerem medidas melhores do que aquelas que apresentámos em fevereiro, vamos substitui-las». Retive esta frase da entrevista de Passos Coelho ontem à TVI, justificando que as medidas que se encontram a ser equacionadas para reduzir 4 mil milhões de euros de gastos com saúde, educação e pensões não são estanques.

 

Sucederam-se ao longo deste ano avanços e recuos de medidas impopulares anunciadas, por falta de coragem política para as defender. O próprio OE é elaborado como um compêndio de medidas avulso, algumas apresentadas indevidamente, remetidas para o retificativo para ver se passavam entre os pingos da chuva. Agora o novo episódio de (des)Governo, numa entrevista de fundo feita ao canal mais visto pelos portugueses, o Primeiro-ministro afirma que a reforma mais profunda que o Estado e a Economia já viram nos últimos anos é feita consoante forem surgindo ideias para resolver a crise. O pior é que PPC o diz porque é de facto o que parece ocorrer e começo a questionar-me que plano de austeridade é este porque austeridade já vi muita, mas nenhum plano ainda.

 

PPC premiou-nos ainda com um belo exemplo enquadrado nestas cada vez mais típicas declarações governamentais: a sugestão de aplicação de propinas no ensino chamado público e obrigatório por forma a que a utilização deste serviço seja parcialmente pago pelo seu utilizador. Numa altura em que 13 mil alunos do Básico tomam todos os dias o pequeno-almoço nas escolas públicas e estas são os principais centros de identificação de famílias a passar por situações de fragilidade social, demonstra uma insensibilidade muito pouco adequada à época natalícia que vivemos.

 

Num cenário hipotético de avanço da medida, certamente que existirão apoios sociais para aqueles que não têm possibilidades de pagar e por isso, não creio que o abandono escolar aumente como a Esquerda já veio dramatizar. Pela minha experiência este não é causado pela crise, mas pela insatisfação pessoal e falta de apoio familiar. A minha preocupação recai sobre aqueles que não vão ser englobados nos escalões de apoio social, sujos problemas não são objeto de preocupação das assistentes sociais, a quem não é dado subsidio de Natal nem abono de família e cujas as crianças não desistem da escola, aconteça o que acontecer. A classe média, 2 milhões de famílias que tudo aguentam, que esperam pelos corte nas despesas e quando chegam, é uma montanha que pariu um rato.

 

E é certamente mais uma sugestão que cairá por terra, a própria Constituição assim o assegura. É a prova que são os erros de metodologia e não o objetivo final que irritam a oposição, coligação e população. Se os ministros não sabem o que andam a fazer, então levemos esta fase de experimentação económica a outro nível e experimentemos mudar o Governo também.

 

 

Ainda sobre o OE

Essi Silva, 27.11.12
"Este é o orçamento possível, depois de não se ter cortado na despesa publica."
"E é exequível, se o aumento fiscal, for acompanhado de cortes na despesa pública."

São as palavras de José Gomes Ferreira, na SIC Noticias.

E concordo. Não chegámos já ao limite do esforço fiscal? A OCDE, o Banco de Portugal e o Governo, todos estes apontam números diferentes, nenhum deles, particularmente positivo.
Destaque-se ainda assim, que o Orçamento tinha de ser aprovado, por uma questão de congruência política, essencial para quem nos empresta dinheiro.

E é uma pena que os 18 deputados do PSD, nomeadamente Miguel Frasquilho, tenham alterado a declaração de voto; subscrita pela bancada parlamentar, mas mais soft.

By the way, Manif à porta do Parlamento a uma Terça de manhã? Então e a esta hora não se trabalha?!

Votação final global do OE

Essi Silva, 27.11.12

Depois de ter seguido a discussão no Minuto-a-minuto do Parlamento global e assistir ao canal ARTV, faço as seguintes notas:

Destacam-se já constrangimentos na coligação, com a ruptura da disciplina de voto, nomeadamente por Rui Barreto do CDS/PP.

Muita demagogia no discurso de António José Seguro, distanciando-se da responsabilidade que o PS tem na crise.

Péssimos discursos de Pedro Pinto e Vítor Gaspar. Monocórdicos, com muita pouca capacidade de explicar e justificar os sacrifícios que serão feitos, em função dos objectivos a serem cumpridos. Esperança é pouco perceptível nestes discursos. Esperar sacrifícios do cidadão mas não lhes justificar devidamente porque valem a pena, só reforça a falta de capacidade de comunicar por parte do Governo.

Muito foco no IVA sobre o sector da restauração, mas pouco foco nos escalões de IRS e noutras medidas significativas do Orçamento.

Ainda por cima a OCDE aponta que a recessão será de 1,8% em 2013. E que o OE não vai ser tão positivo quanto se espera.

Mas o pior de tudo: a aprovação de um Orçamento de Estado que passou completamente despercebida, sem alarido. Um Orçamento envolvido em polémica e com um peso brutal sobre os portugueses.

Conclusão: aprovado pela maioria PSD + CDS

Haja alguma esperança, já que a Grécia conseguiu mesmo prolongar o seu plano de reestruturação. O que, provavelmente, se aplicará a Portugal, de forma igual. Talvez se reestruture igualmente este Orçamento, para que seja menos duro, mas veremos.

Falam do PSD e do CDS, mas à esquerda soluções igual a 0.


P.S.- Revi o discurso de Heloísa Apolónio, dos Verdes. De facto, parecia mesmo um poema!

Psicolaranja na Embaixada de Israel

Miguel Nunes Silva, 26.11.12

 

No passado dia 19 os Psicóticos e alguns Psico-amigos foram recebidos calorosamente na Embaixada de Israel aonde puderam conversar com o Conselheiro Político Lior Keinan. A conversa abrangeu tópicos vários desde a Guerra de Gaza e os diversos desafios à segurança do Estado de Israel e dos Judeus a nível internacional, ao modelo de desenvolvimento Israelita e como este poderia servir de exemplo a outros países mediterrânicos como Portugal.

Foi uma tarde muito enriquecedora tanto para a Embaixada como para os Psicóticos; que serviu do nosso ponto de vista para obtermos informação directamente da fonte, sem passar pelo filtro dos media ou do comentariato.


Mais uma iniciativa deste blogue a que muitas outras seguirão. 

 

 

A austeridade resulta

Miguel Nunes Silva, 24.11.12

Fico sempre surpreendido como a nossa tão europeísta esquerda não é capaz de fazer as contas e aprender com os exemplos dos nossos 'vizinhos' Europeus.

 

Ora vejamos quem prosperou na Europa com o fim do estado social: a Europa ocidental sofreu com a deslocalização da industria mundial para a Ásia e lidou com a estagnação continuando o estado social e aumentando-o às custas de endividamento; a Europa oriental, falida depois de décadas de ditadura comunista fez o mesmo? Não, porque não podia. Foram 'renegociar a dívida' com os credores ocidentais? Não. O Leste fez a única coisa sensata: cortou salários e despesa pública, desmantelando o estado social insustentável herdado dos tempos comunistas.

 

Resultados: Europa ocidental e meridional em recessão, Europa oriental em crescimento.

 

Mas sejamos ousados e olhemos para a economia mundial. Que aconselham os países em desenvolvimento? Acabar com os paraísos fiscais? Subvencionar a economia doméstica? Não!!! Dambisa Moyo - reputada economista Africana - reclama o fim da 'ajuda' aos países em desenvolvimento porque desencoraja precisamente o desenvolvimento interno e autónomo.

Para não falar em Chinas e Índias e respectivas aberturas ao investimento internacional através de vantagens salariais competitivas.

 

E quanto aos paraísos fiscais, pessoalmente gostava de saber como o forçar a transparência bancária na Suíça, no Luxemburgo e no Liechtenstein vai resolver o problema que põem todos os outros pelo mundo fora. A menos claro que a pós-modernista UE esteja disposta a abandonar a doutrina da proibição à guerra de agressão por motivos económicos...

Mas a menos que isso aconteça, não estou a ver como as Comores ou as Maldivas ficariam muito preocupadas com ameaças da UE, sabendo elas que o grupo ACP (África, Caribe e Pacífico) tem mais votos na ONU e defensores poderosos na OMC.

 Fica aqui um mapa dos paraísos fiscais a nível mundial.

 

 

 

 

 

 

 

Mas não, a austeridade não é o caminho...

Na oposição e nas ruas a irresponsabilidade, no governo a sensatez

Miguel Nunes Silva, 22.11.12
Leiam e aprendam:
"precisamos de facto de um pacto político-social que nos habitue a conviver dentro destas regras. O que implica refundar o regime e rever a Constituição, por forma a conciliá-la com as necessidades"

“não temos história de estabilidade financeira em democracia, não apenas no atual regime, mas estendendo historicamente o regime, só conseguimos estabilidade financeira em regime ditatorial”
“Uma cultura não se muda em menos de uma geração”, mas “podem criar-se instituições que limitem os efeitos mais perniciosos das escolhas de uma determinada cultura que orientem de forma mais convincente as preferências sociais”

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