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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Será desta que a Madeira se mete nos eixos?

jfd, 31.07.11

Tenho sido um grande defensor da Madeira, da sua autonomia e do seu líder.

Mas tenho de reconhecer que algo está podre no reino da banana.

 

Recentes escândalos como do Director dos Impostos ou até o relacionado com o líder da JSD são apenas sintomáticos de uma cultura de posso quero e mando que tem de ser rapidamente repudiada quer pelo PSD nacional, como investigada pelas competentes autoridades. A autonomia não está em causa nem de longe nem de perto, muito menos as consecutivas decisões soberanas e democráticas da população madeirense.

Está sim em causa a transparência e o fazer cair por terra de uma série de suspeições sobre o PSD regional e a sua actuação no que toca ao dia-a-dia governamental regional autónomo.

Eu lembro-me do que fez o líder do PSD Madeira no último congresso. E também constato como agora está tudo sereno. O facto do PSD estar no Governo não pode ser um free pass para baixar os olhos e não ser duro com as consequências do que for apurado.

Em linha com isto que digo concordo então com as declarações de Paulo Portas no Expresso durante as comemorações do CDS na Madeira:

 

(...)"Quem governa a Madeira é o PSD-Madeira, se nós fomos oposição na República por uma determinada razão, fomos oposição aqui na Madeira também com coerência e acho que constituímos uma alternativa para as pessoas, que sabem que não é possível premiar os socialistas nem é possível continuar como se está, também aqui na região", observou.

Questionado se se sente confortável a criticar o Governo Regional, do PSD, o presidente do CDS-PP respondeu: "Uma coisa é o Governo do país, onde há uma coligação PSD/CDS, leal e para fazer o que é necessário, outra coisa, porque na Constituição existe poder regional autónomo, é o que se passa aqui na Madeira, que tem órgãos próprios".(...)



Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/portas-rejeita-mais-endividamento-da-madeira=f665274#ixzz1TgAIvZak

Uma Entrevista Lúcida

Ricardo Campelo de Magalhães, 31.07.11

Gostava de recomendar a leitura desta entrevista de um homem conotado com a esquerda, mas que afirma o seguinte:

"Não é outra coisa, não! O socialismo é um clientelismo de Estado! Levei 70 anos a descobrir. Claro que isto é soft, evidentemente, somos livres, podemos dizer mal do governo, não serve para nada mas podemos, e isso é fundamental"

 

A minha opinião já a sabem, e portanto não a vou repetir aqui.

Não vou adjectivar a entrevista adicionalmente, ou elogiar longamente, porque isso sria um pouco ridículo...

Assim, sem mais delongas, aqui a têm:

Manuel Villaverde Cabral "O nosso Passos Coelho foi bafejado pela sorte"

 

Esquerdistas coerentes

Ricardo Campelo de Magalhães, 31.07.11

A grande maioria dos Esquerdas são aos meus olhos altamente incoerentes: ou sao a favor de redistribuições mas são podres de ricos, ou são a favor de mais impostos mas não fazem doações ao Estado, ou são a favor dos pobrezinhos mas não dão esmola ou doações significativas a instituições de caridade. E claro, são contra o mundo capitalista, mas usam todos os confortos proporcionados por estes: não trabalham duro como os agricultores, mas usam iPhones para tirarem fotos em manifs.

 

Nas minhas navegações pelo mar da internet, descobri agora um grupo a quem tenho de tirar o chapéu: acreditam que no mundo ocidental se produz demasiada comida e se deita demasiada fora (algo que eu discordo, mas não vamos por aí) e, consequentemente, fazem estilo de vida a ir ao lixo, procurar comida em bom estado, e a limentar-se a partir dela.

 

Apresento-vos... os Trash Vegans!

 

Wikipedia sobre Freeganism (Inglês) - inclui "Dumpster diving"

Exemplo de Culinária Trash Vegan

 

Estes pelo menos são consistentes. Pelo menos na filosofia de vida, pois na sua dieta...

E já que não gostam dos confortos da sociedade capitalista que os rodeia, são coerentes até ao fim.

Posso não achar bem, mas pelo menos merecem respetio.

 

 

Um excelente exemplo!

Diogo Agostinho, 29.07.11

 

Hoje o Governo divulgou no seu portal as nomeações que fez até ao momento. Tem os cargos, os nomes, as idades, os contactos e os vencimentos. Transparência total, o que nesta fase é de saudar. São pessoas que têm em mãos o nosso futuro. São pessoas que assim ficam resguardadas de suspeições e receios. Está lá tudo. Um excelente exemplo!

 

Pode consultar aqui: http://www.portugal.gov.pt/pt/GC19/Governo/Nomeacoes/Pages/Nomeacoes.aspx

It's all about America!

Rui C Pinto, 29.07.11

Os americanos têm esse dom inigualável de tornar qualquer evento à escala planetária uma guerra dialéctica entre os seus clãs políticos e religiosos. É o maior sinal de vitalidade da sociedade norte-americana, mas é também um handicap na leitura que fazem do mundo. No fundo, o planeta é o out there onde o americano se confronta com o bem e o mal e, bem assim, tenta corrigir este último... 

 

Não há, por isso, grande surpresa no facto de a recente tragédia norueguesa se ter transformado num novo affair entre católicos e agnósticos em terras do Tio Sam. Tanto mais, que este evento é uma pedra no sapato para tantos televangelistas a quem a guerra de fé ao Islão tem rendido boas coroas... 

 

1º debate quinzenal da nova legislatura

jfd, 29.07.11

Será hoje a estreia, aliás dupla estreia, quer de Pedro Passos Coelho como do novo líder da oposição. José Adelino Maltez disse ao JN que "será o primeiro debate entre dois gajos porreiros, dois jotas formados no regime da conversa democrática. Prevejo 'passos seguros', no sentido da dialéctica da palavra, sem pulsões temperamentais".

 

Eu querendo acreditar no que diz o optimista Professor Maltez também não me posso esquecer de muitos passos em falsos dados pelo novo secretário-geral do PS quando em campanha e imediatamente após a sua vitória.

Faltam minutos. Podem seguir na TV, rádio, internet ou em http://www.parlamento.pt/Paginas/default.aspx

Governance na CGD

jfd, 29.07.11

Fazendo uma leitura rápida pela semana de comentadores, colunistas e especialistas existem entre aqueles uma opinião negativa sobre o novo modelo de governanceadoptado para a CGD, e entre estes um cauteloso esperar para ver sendo que por do Governo existe uma grande fé neste modelo por forma a sustentar as alterações que se avizinham no futuro da instituição.

A mudança tem sempre resistência. Vítor Gaspar sai bem da figura no curto prazo e espero que assim continue no longo prazo com uma boa execução em conjunto com os seus colegas dos pelouros da mesma esfera - ele demonstrou-se muito satisfeito com as alterações.

Claro que vêm os inteligente e espertinhos dizer que são jobs for the boys, desnecessários e sem interesse. Ora, vamos ver. Afinal o Governo tem dado provas no que toca a este capítulo e apenas em 100 dias já muito fez do que disse que ia fazer e continua a somar cumprimento de promessas. Pessoas há que estarão sempre insatisfeitas, outras lentamente conquistadas. Aposto nestas últimas. Pelo nosso bem.

Justiça a passo de caracol

Paulo Pinheiro, 28.07.11

 Só em Julho, o Estado português perdeu cinco casos no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) todos relacionados com a morosidade excessiva de processos judiciais. Um deles prolongou-se de 1974 até 2005.

 

 

 

A morosidade excessiva dos processos judiciais é um dos factores que mais prejudica a boa administração da justiça, dado que os atrasos na resolução dos litígios contribuem para uma perda de eficácia das decisões judiciais e uma consequente falta de confiança no funcionamento dos tribunais.

 

É claramente inaceitável para os critérios do homem comum que um litígio judicial demore 31 (!) anos a ser resolvido, como no supra mencionado caso, o que vem frustrar todas e quaisquer expectativas sobre o andamento da máquina da administração da justiça.

 

O direito que qualquer utente da justiça tem em obter uma decisão jurisdicional dentro de um prazo razoável é um direito fundamental previsto tanto no art. 20º, n.º 4 da C.R.P., como no artigo 6º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem (CEDH) ao estabelecer expressamente que “Qualquer pessoa tem direito a que a sua causa seja examinada, equitativa e publicamente, num prazo razoável por um tribunal independente e imparcial, (…)”.

 

Cabe sem dúvida ao Estado a obrigação de ter o seu sistema judicial organizado de forma a que os tribunais consigam dar um cumprimento cabal às suas obrigações, nomeadamente a de julgar dentro de um “prazo razoável”, trata-se de uma obrigação do Estado de Direito perante os cidadãos.

 

A morosidade na Justiça resulta na impunidade. E o sentimento de impunidade é o maior inimigo da Democracia: a dúvida na garantia que cada um tem aquilo a que tem direito, que é pedra basilar de qualquer Estado de Direito, condição sine qua non para uma Democracia.

 

Quantos não desistem de lutar  porque o tempo que prevêem que será gasto (e o tempo é dinheiro) pelas vias judiciais é tão longo que não compensa?

 

O sentimento de impunidade leva depois à corrupção e à subversão da Justiça! Urge resolver este flagelo!

 

 

Uma psicose conjunta de Catarina Rocha Ferreira e Paulo Pinheiro

 

A Ponte é uma passagem... para a outra margem...

jfd, 28.07.11

A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul anunciou hoje um “grande buzinão” na segunda-feira em protesto contra o fim da isenção de pagamento na ponte 25 de abril em agosto e pela “abolição” das portagens. 

 

 

Eu não entendo como podem ser classificadas medidas de aumentos nos transportes e de novas portagens como incentivo à utilização do carro quando o combustível é cada vez mais caro, a manutenção do mesmo também assim como o simples acto de o estacionar.

Estamos em tempos difíceis. Somos todos chamados a participar. Os custos dos transportes são pagos por todos. Todo o Portugal paga para eu ter o luxo de atravessar a cidade de Lisboa de metro em 15 minutos ou num pouco mais de tempo num autocarro da Carris com ar condicionado e wifi grátis. Ou para o Joaquim vir de autocarro de Loures bem sentado e a ver televisão. Ou para a Anabela atravessar o rio num comboio ou barco de última geração. Ou para o António ir para a praia na Costa a zero escudos na ponte todo o santo Agosto.  Porque há-de Portugal inteiro pagar pelas férias de António? Ou do Pedro que todos os dias utiliza a via do Infante sem sequer pensar nos seus custos de manutenção? Ou em tantas outras ruinosas scutts espalhadas por esse país fora. Utilizador-pagador. É difícil de compreender?

Agora vamos todos ter de pagar mais. Para que todo o país pague menos. Possa não é isto justo?

Não é justo ser o utilizador a pagar? Não é justo haver também preços realmente baixos para quem de facto não pode pagar? Isto sim é justiça social.

Mas de que se queixam as pessoas?

Há poucos transportes? Seja. Deixem o sector ser competitivo e os privados virão e colmataram as falhas. É assim que funciona. A oferta atende à procura. E a procura paga pela oferta. O estado não tem de gerir empresas de transportes mas tem sim de regular o espaço onde fazem o seu negócio e garantir equidade social, segurança, serviços mínimos, garantias de mobilidade. Onde tiver que perder dinheiro que aconteça, mas pelas pessoas e razões certas. É para aí que caminhamos.

 

Agora um buzinão... Uau... tanto que isso vai resolver...

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