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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Acreditar, trabalhar, acontecer.

jfd, 30.06.11

O estado a que chegamos pede medidas drásticas, pragmáticas e que nos façam a todos abrir os olhos. Esta é a hora de ser sério e de fazer o sacrifício que de facto servirá um interesse que é de muitos e não de apenas uma mão cheia de interesses. É com gosto e grado que aprovo de peito cheio esta medida. E façam o favor de levar os 100% para sempre. É um subsídio sem sentido. Trabalho 11 meses por ano. Paguem-mos. Tudo o que receber a mais que me seja devido pelo mérito e valor que acrescentei à minha entidade patronal e não às custas de uma filosofia caduca e sem par nos tempos que correm. Agradeço as palavras sinceras e sem ruído do sr Primeiro-Ministro;

 


 

(...)

O Governo está a preparar a adoção, com carácter extraordinário, de uma contribuição especial para o ajustamento orçamental que incidirá sobre todos os rendimentos que estão sujeitos a englobamento no IRS, respeitando o princípio da universalidade, isto é, abrangendo todos os tipos de rendimento

(...)

Esta medida, cujo detalhe técnico está ainda a ser ultimado, será apresentada nas próximas duas semanas. Mas posso adiantar que a intenção é que o peso desta medida fiscal temporária seja equivalente a 50 por cento do subsídio de Natal acima do salário mínimo nacional. Esta contribuição especial apenas vigorará no ano de 2011

(...)

Sei bem que as pessoas se perguntam até quando terão de ser elas, com o fruto do seu trabalho, a acudir aos excessos das despesas do Estado. Neste ponto, permitam-me que fale com toda a clareza. Não deixo as notícias desagradáveis para outros, nem as disfarçarei com ambiguidades de linguagem. Temos objetivos a cumprir, o que não nos deixa alternativas exequíveis

(...)

País procura psiquiatra...

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.06.11

 

 

 

Nesta última semana reforcei uma conclusão que já vinha alimentar há bastante tempo: Portugal precisa, urgentemente, dum psiquiatra e de um divã!

 

A "Mente Colectiva" anda com as prioridades trocadas. Esta semana morreram Salvador Caetano (2 Abril 1926 - 27 Junho 2011) e Angélico Vieira (31 Dezembro 1982 - 28 Junho 2011). Um era o icone do que hoje chamamos a "Geração Morangos com Açucar", uma geração que vive à base da gratificação rápida. Morreu num acidente de viação. A imprensa não parou de falar no assunto, na dor, na perda. Poucos falaram ou referiram questões como morrer num acidente de viação, circulando sem segurança, a alta velocidade. Foi elevado, pela psique colectiva, a Martir.

 

A Geração Morangos com Açucar ganhar o seu segundo Martir depois de ter tido um curto Idolo.

 

 

Outro era um self-made man. Um dos últimos empreendedores em Portugal que subiu a pulso. Tinha a quarta classe, e hoje deixa um império empresarial. Criou empregos. Criou riqueza. Lutou contra as agruras da vida. Tornou fraquezas em força. Sai de cena como nota de rodapé.

 


Esta semana percebeu-se bem porque o País se encontra no estado em que está: 

Idolatramos gratificação imediata e irresponsabilidade, ignoramos trabalho arduo e subir pelo nosso próprio pulso, sem favores.

 

Claramente, Portugal precisa de um psiquiatra. No minimo, andamos com prioridades trocadas e uma total inversão de valores.

A liberdade de um termina onde começa a liberdade de outro?

Rui Cepeda, 29.06.11

O bem-estar animal venceu à liberdade de culto. O Parlamento holandês votou maioritariamente a favor da proibição do sacrifício ritual dos animais para consumo humano.

A diferença entre os dois métodos é que nos matadouros tradicionais o gado é aturdido antes de ser morto, ao passo que segundo os rituais muçulmano e judeu, os animais são degolados e dessangrados sem qualquer anestesia por um matador que faz o sacrifício em nome do seu Deus.

O produto final deste sacrifício é a carne halal para os muçulmanos e a carne kosher para os judeus.

 

Hoje fiquei positivamente surpreendido com esta decisão. Numa Europa onde cada vez há menos identidade e com o "politicamente correcto" a ganhar permanentemente terreno ás convicções, houve quem dissesse basta! Se na Europa não é permitido sangrar animais no estado consciente, como justificar a excepção para os abates rituais que nem sequer fazem parte da tradição ou cultura de nenhum país europeu?

 

Acredito que os judeus ou muculmanos com bom senso não se importarão de comer carne de animais com um fim de vida significativamente menos violento, assim como os seus deuses certamente perdoarão a ofensa....

 

Europa?

Rui C Pinto, 29.06.11

O destino da Europa é incerto. Não se lhe adivinha um futuro próspero. Se há sentimento que, hoje, une todos os europeus é o receio do desmoronamento do projecto europeu. O projecto europeu sempre foi construído numa base de cautela e até cepticismo, como ficou bem evidente na novela em torno da Constituição Europeia e seus referendos. A construção europeia foi-se fazendo, apesar destas cautelas nacionais, numa lógica de Maria vai com as outras. Mas uma Maria que vai com as outras, nunca vai convencida... 

 

Este modelo de construção europeia favoreceu sempre a lógica dos interesses nacionais no alargamento a novos mercados, em detrimento das reformas políticas necessárias ao desenvolvimento de uma união política. Hoje, o declínio da Europa pode também ser apontado aos receios nacionais do fantasma federativo de Bruxelas. Não se criaram as condições para que haja uma política económica que combata as desigualdades entre Norte e Sul, entre Este e Leste, entre centro e perifieria, que promova um projecto comum que se defina numa verdadeira estratégia de identidade com os valores transversais à Europa como o Conhecimento ou a Cultura. Para lá do caminho de responsabilidade que cada país deve e tem que fazer, a União Económica não sobrevive se não houver mais redistribuição de riqueza . Sim, ouviram bem, mais redistribuição da riqueza ao nível Europeu. Governo Económico? Federação? Orçamento comunitário reforçado? Não sei. Arranjem a solução política que convier a todos ou, à luz do modelo de construção europeia: o que menos melindrar a todos. A actual não serve ninguém e está a segurar-nos por um cordel à beira do precipício. 

 

Por cá, já há economistas da fina flor do regime a defender o uso das verbas comunitárias para pagar a dívida. Errado. As verbas comunitárias devem ter filosofia de investimento por forma a combater assimetrias estruturais. Mas numa situação em que os países se vêm a braços com uma crise financeira e sem capacidade de se financiarem nos mercados é lógico que não lhes seja exigida a comparticipação nacional. Esse é um caminho. O da intervenção comunitária em projectos de desenvolvimento, o outro é o dos mecanismos financeiros que permitam a partilha de risco. Convenhamos: o TGV foi uma incrível irresponsabilidade de Sócrates e Zapatero que nos levaria a mais endividamento, mas teve a benção de Merkel e do CEO da Siemens... O endividamento dos países da periferia não pode ser visto como péssimo quando visa o investimento na qualidade de vida das populações e óptimo quando promove as exportações de Alemanha e França. A única forma de por cobro a esta dualidade de critérios, é a partilha de risco no crédito. Por isso acredito que a criação de eurobonds - ou qualquer outra solução financeira que tenha o mesmo objectivo - é fundamental para que se comece a olhar para o investimento de dinheiros comunitários como uma verdadeira oportunidade de acrescentar valor ao tecido económico, e não como uma lógica de interesses nacionais. No meu entender, é disso que se trata quando se pede mais solidariedade à Europa. É pedir um efectivo commitment com o projecto de construção de uma verdadeira União económica, financeira e social. 

Diálogo? Trabalhadores?

Diogo Agostinho, 29.06.11

 

Há tipos que não têm vergonha na cara. Ora, o estreante Secretário-Geral da CGTP, quando ainda o novo Governo ainda nem estava totalmente empossado, já falava em greves e lutas. Nem programa de Governo, nem respeito pelo voto dos eleitores. Era para a rua marchar, marchar que queria ir.

 

Para além desta ideia deste senhor que chegou à pouco ao cargo, vem hoje dizer que não foi informado na reunião que teve com o Álvaro (gosto deste novo Ministro), sobre nenhum imposto especial, e veio já dizer que uns parceiros sociais são favorecidos, o que revela a falta de diálogo do novo Governo!!

 

Quer dizer, o tipo que lá está há mais de duas décadas, que o seu trabalho é ser Secretário Geral da CGTP, fala em falta de diálogo, num Governo que tem uma semana? Haja paciência.

Cenas do último episódio

Beatriz Ferreira, 28.06.11

 

Finalmente a sociedade pode aprender alguma coisa com os D.ZRT.

 

Angélico Vieira teve um acidente com o carro que conduzia em excesso de velocidade e sem seguro. Ele e dois dos três amigos não levavam cinto. Um morreu no local, uma rapariga de 17 anos está internada em estado muito grave e o único que viajava em segurança apenas sofreu ferimentos ligeiros.

 

Este imperfeito fenómeno dos Morangos com Açúcar abriu as portar para um mercado que, até à estreia da telenovela, estava por explorar. Os consumidores e fãs são miúdos adolescentes na fase mais importante das suas vidas, que aprendem e desaprendem todos os dias com estas estrelas da TV a quem chama amigos. Espero que todos eles tenham aprendido a lição e que queiram dar à sua própria história um final bem mais feliz.

Para quê?

jfd, 28.06.11

Passei por uma TV que estava em directo de Atenas... A repórter tinha dificuldades devido ao intenso gás que estava no ar.

O povo nas ruas desafiava as polícias. Para quê? Durante anos e anos o poder alternou entre duas famílias. O povo imprudente votou sempre nos mesmos. E agora mais imprudente ainda protesta, mata-se e enterra-se um pouco mais...

Desejo e espero que esta loucura e estupidez não chegue a Portugal.

Por aqui o Rossio já era. E não passou de um triste espectáculo, mas Espanha fora continuam acampados... Que será desta Europa?

 

O Barro à parede

Diogo Agostinho, 28.06.11

 

O Professor Marcelo anda de facto, desconsolado. Com um programa gasto, em que as pessoas já ligaram mais ao que vai dizendo, Marcelo Rebelo de Sousa, depois dos tiros ao lado nos Ministros, voltou a falar de mais.

 

O agora chamado episódio Bairrão, aparece como trapalhada por muitos que andam por aí, mas demonstra uma vez mais a necessidade do Professor Marcelo viver na intriga e no diz que disse.

 

Sou admirador confesso da inteligência de Marcelo Rebelo de Sousa, acho até que teve o barco a passar pela segunda vez para embarcar e conseguir chegar a S. Bento, tivesse o Professor tido CORAGEM em Mafra, no célebre Congresso antes das Directas que elegeram Passos Coelho, seria hoje Primeiro-Ministro e se calhar até com Maioria Absoluta. Não foi, não quis, será certamente lembrado como o quase político, o grande académico, o comentador residente e intriguista mor. É pena desperdiçar tanto talento...

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