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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

É preciso dizer mais alguma coisa?

Rui C Pinto, 31.03.11

 

 

 

 

Há 7 anos que Portugal tem um défice acima de 3%. Este ano será mais um.

 

 

Num país consciente e sério isto seria o suficiente para resolver as próximas eleições.

Como não é... 

Tudo pode acontecer!

 

Mas não é só Portugal que aparentemente vive neste vórtex frenético de irrealismo e imbecilidade! Afinal, Angela Merkel até agradeceu a Sócrates pela responsabilidade que teve na consolidação das contas públicas... 

Como resolver o problema do Trabalho Infantil

Ricardo Campelo de Magalhães, 31.03.11

Outro dia, numa discussão na mailing list do Psico fui surpreendido pelo facto de esta proposição não ser aceite por diversas pessoas. Ficou então prometido um post sobre o assunto, que aqui segue. Note-se que eu não sou tão bom quanto gostaria de ser a desenvolver argumentos destes e assim este texto é baseado num vídeo de Tom Woods, que publico abaixo.

 

A crítica é numa Economia puramente Capitalista, as crianças são exploradas, enquanto numa Economia intervencionada, os miúdos têm os seus direitos defendidos e passam o tempo na Escola, uma oportunidade que apenas o sábio, benevolente e desinteressado Estado pode proporcionar.

 

Assim, num país em que o Estado não seja muito forte, os pais desse país farão as crianças trabalhar. Não necessariamente todos, mas muitíssimos certamente. O que, claro, pressupõe uma intervenção do Estado para curar o problema.

 

Claro que o que interessa não ver é a causa do problema: Porque é que as crianças trabalham em alguns países do mundo?

As crianças trabalharem é a regra. Ocorreu em todo o lado, durante toda a história. Excepto onde o capitalismo chegou e tornou a sociedade tão produtiva, que gerando excedentes permitiu à sociedade não ser forçada a fazer as suas crianças trabalharem. Não foi “Ok, descobriu-se o Capitalismo miúdos: bora lá trabalhar”. Não, foi o contrário: os miúdos sempre trabalharam. Nunca ocorreu a ninguém antes que os miúdos não haveriam de trabalhar. Só agora, com as vantagens da riqueza proporcionada pelo capitalismo. Antes do capitalismo, as pessoas assumiam que eram pobres, e um dia morriam. Ninguém protestava contra a pobreza ou o trabalho infantile no tempo dos Afonsos. Ninguém. Era a vida.

 

Quando o capitalismo chega, e aparece a possibilidade de reduzir a pobreza, então as pessoas ficam impacientes com a pobreza. E querem eliminá-la o mais rapidamente possível (igualizando a riqueza, reduzindo o incentivo ao seu aumento e portanto parando o enriquecimento da sociedade como um todo). E então aparece o Estado.

 

Voltando ao Trabalho Infantil, este reduz-se então não porque se passa uma lei a dizer “as crianças não podem trabalhar”, mas sim porque a sociedade é

suficientemente produtiva para permitir esse os pais trabalhando geram rendimento suficiente para que os miúdos não tenham de o fazer. Achar que passar uma lei resolve todo e qualquer problema pode ser levado “ad absurdum” a: vamos passar uma lei contra a gravidade e vamos todos voar. Quão infantil é uma visão do mundo assim?

 

Um exemplo: o Bangladesh. Há alguns anos, o Trabalho Infantil era um problema no Bangladesh. Foram feitas campanhas e pressões na Europa e nos Estados unidos e, como resultado, foi passada uma lei contra esse drama num país que ainda não estava economicamente preparado para o enfrentar. Uma organização independente chamada OXFAM reportou que os miúdos ou foram para a Prostituição (e sabem, por pior que seja trabalhar numa fábrica) ou... a partir daí passaram fome. Num país daqueles, se numa família mais de metade do rendimento desaparece, em muitas passa-se fome e em outras morre-se. Morre-se!

 

Até a Organização Internacional do Trabalho (um bastião socialista, pela própria natureza da instituição, que nunca concede nada nestes domínios) admite que a razão porque as crianças trabalham é que a sociedade em causa é tão pobre que as crianças estão a contribuir com pelo menos ¼ do rendimento familiar. E quando as famílias mais pobres perdem ¼ do rendimento familiar...

 

A solução, assim, é mais capitalismo.

 

 

 

Sócrates, Cidadão do Mundo

jfd, 30.03.11

No Brasil

 

COIMBRA - O primeiro-ministro demissionário de Portugal, José Sócrates, saiu irritado da Universidade de Coimbra, onde acompanhou a homenagem ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com as perguntas sobre o possível socorro financeiro do Brasil a Portugal. "Isso não é questão de ajudar ou não. Temos que manter uma boa relação", afirmou José Sócrates. 

"Não bastassem os (jornalistas) portugueses, agora os brasileiros também?", questionou Sócrates, referindo-se à insistência da imprensa sobre a questão. Sócrates saiu vaiado da Universidade e a polícia portuguesa foi bastante truculenta com os jornalistas e as pessoas que estavam no local. (...)

 

Em Espanha

 

El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. Los gobiernos europeos y las instituciones comunitarias dan por hecho que Portugal no puede salir de la crisis sin asistencia financiera, pero José Sócrates les contradice a todos diciendo que que el país puede superar sus problemas con sus propias fuerzas. Después de ser derrotado en el Parlamento ha presentado su dimisión y ha lanzado a su partido, el socialista, de frente y a toda velocidad contra la oposición liberal-conservadora, esperando que en el último momento un volantazo de buena suerte le permita dar la vuelta a las encuestas y regresar victorioso. (...)

 

Em Angola

 

(...) 

Socrates, who is expected to stay on as caretaker prime minister until the election, says a bailout would undermine a weak economy and demand too many sacrifices from the nation.

He accused the main opposition Social Democrats (PSD), who lead in opinion polls, of provoking the political crisis without presenting any alternatives and accused them of having "already surrendered to aid from the IMF"

 

Na Turquia

 

(...) Socrates has repeatedly denied Portugal needs outside funds. A rescue would be “damaging” to Europe and support the “domino theory, in which one goes after the other,” he said on March 25 (...)

 

 

 

 

Quelle Surprise!

Guilherme Diaz-Bérrio, 30.03.11

 

 

 

O Wall Street Journal (WSJ) escreve hoje que Portugal pode rever em alta os dados oficiais do défice orçamental de 2010.

Diário Económico

 

Ainda me lembro de quando disse, aqui neste espaço, que não estávamos muito longe da Grécia. Continhas redondas: 2 mil milhões de euros respeitantes ao BPN, mais uns trocos por causa do Sector Empresarial do Estado. Aposto em pelo menos 2 por cento de ajusta para subir o defice.

 

Esta - e tantas outras - só não viu quem não quiz!

 

 

Portugalidade...

Rui C Pinto, 30.03.11

 

O tuga não gosta de assumir a culpa de nada. Responsabilidade é sempre do vizinho do lado... Multaram-me por estacionamento irregular? Mas não há lugares suficientes! Chego atrasado todos os dias, chefe? Sim, mas toda a gente chega atrasada! Cheguei atrasado à reunião? Sim, foi por causa da chuva, da greve, do trânsito, do despertador, falhou a luz, foi do cão, do gato, do periquito!

 

 

Quem reconhece culpa do que quer que seja neste país ou tem a mania que é sério ou é muito otário - já se sabe que há sempre uma desculpa que se pode inventar... Sócrates é, assim, um português... E dos patrióticos! Recusa abdicar da sua portugalidade. 

 

Também Sócrates precisa de culpar alguém pelos seus erros e sabe que os portugueses estão receptivos a esse bode expiatório. Porque também os portugueses pretendem sacudir a culpa da sua eleição em 2009 para cima de alguém... 

Pura demagogia (5)

jfd, 29.03.11

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Standard & Poors

Em 13 de Janeiro de 2009 a S&P coloca a nota de Portugal de AA- em AA- com observação negativa.

A 21 de Janeiro de 2009, a S&P volta a passar de AA- e observação negativa para A+. Ou seja passa de qualidade elevada para qualidade média.

A 27 de Abril de 2010 a nota passa para A-

Em Novembro de 2010 passa para A- com observação negativa

A 24 de Março deste ano passa para BBB com observação negativa.

A 29 de Março passa para BBB- (qualidade média inferior)

 

Fitch

A 24 de março de 2010 o rating passa de AA para AA—

A 23 de Dezembro de 2010 passa para A+

A 24 deste mês de 2011 passa A- com observação negativa

 

Moodys

5  de Maio de 2010 passa de Aa2 para Aa2 com observação negativa.

13 de Julho de 2010 passa para A1

A 21 de Dezembro de 2010 passa para A1 com observação negativa

A 15 de Março de 2011 passa para A3 (qualidade média)

 

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A vida sem Ele

Beatriz Ferreira, 29.03.11

As comemorações do 25 de Abril no Parlamento não ocorrerão este ano. Por essa altura, a AR já terá sido dissolvida e por isso não se fará a sessão plenária onde a cerimónia tem lugar.

 

José Sócrates bem avisou: sem a sua mão de Midas, este país seria o caos e os estrangeiros entrariam para matar os homens e raptar as mulheres.

 

Sem os Magalhães viveríamos numa nova Idade Média!

 

Sem as Novas Oportunidades seríamos todos artesãos a construir rodas de carroça!

 

Sem o Simplex ainda tínhamos de saber falar e escrever latim para resolver os nossos problemas!

 

Agora que ele se foi embora (Ele! O nosso Sol e divína inspiração!) nem a democracia restou para festejar...

Questões privadas, discussões públicas...

jfd, 28.03.11

 

 

Discutíamos um assunto em privado que decidi trazer a público plo seu interesse e também para saber as vossas opiniões.

 

É um cenário hipotético, talvez exagerado, mas cada vez mais uma realidade por esse Portugal fora.

Até que ponto alguém que tenha um filho de 8 anos com 240kg tem um questão do foro privado ou do foro público a resolver?

- a grua dos bombeiros que vem buscar a criança pela janela do quarto?
- a ambulância especial?
- o quarto de hospital especial?
- a equipa extra reforçada?
- o tratamento infindável?
- a cirurgia de risco altíssimo?
Onde começa e acaba a responsabilidade dos pais? Onde começa e acaba a responsabilidade do estado? Qual a responsabilidade do contribuinte? Qual a responsabilidade do obeso?
 
 

 

Change you can not believe in ;(

jfd, 28.03.11

Finalmente vi o filme Inside Job.

 

Inside Job - A Verdade da Crise Poster

 

 

 

É um documentário espectacular do ponto de vista que coloca em filme todas as caras que se atreveram a revelar e que já havia lido em livros como House of Cards, Street Fighters, ou no meu preferido Dumb Money e algumas delas romantizadas no Wall Street 2.

A história contada é infelizmente aquela que já conhecemos e aquela com que aparentemente ninguém aprendeu nada. Está quase tudo na mesma e a órgia de risco, excesso, egos e ganância está de volta à Street. O filme defende que existe uma certa corrupção por parte de alguns economistas que emitem opiniões que servem a indústria financeira e favorecem as engenharias financeiras que advieram no pantano que surgiu no mundo pós-regulação de Reagen. Querendo fazer-se o bem, deu-se lugar a um laboratório de loucura que culminou em CDO's e CDS's qualificados sem ninguém sequer questionar com ratings de AAA equivalentes às obrigações do tesouro americano...

O filme bate nesses tais economistas como recorda Krugman na sua review e ainda dá forte na equipa de Obama que nada mais é, como sempre tem vindo a ser, de pessoas com laços profundos da banca de investimento dos Estados Unidos da América e que com garras e dentes têm servido os seus anteriores interesses no seu novo papel público. E o pior é que é tão clara a ligação, tão repugnante a interferência e tão asquerosa a confusão que leva aqui o je a pensar, aunque tu Obama?

 

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