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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

A feira da ladra socialista

Catarina Rocha Ferreira, 28.02.11

 

 

Desde que o actual Governo de José Sócrates tomou posse no final de 2009 já criou nada mais, nada menos que 42 grupos de trabalho, 20 comissões, dois conselhos, dois grupos consultivos, uma coordenação nacional, um observatório e uma estrutura de missão!

 

Segundo notícia do jornal Público, tratam-se de grupos de trabalho que se sobrepõe a comissões e por sua vez de comissões que se justapõem a outras... Surpreendentemente a maioria dos despachos é omissa quanto aos custos remuneratórios e logísticos destas comissões. 

 

Afinal quem paga é sempre o contribuinte. Haverá melhor negócio?!

‘Going Native’

Miguel Nunes Silva, 28.02.11

 

Esta expressão inglesa é oriunda da antropologia. Ela descreve o modo como os cientistas a fazerem trabalho de campo correm o risco de experimentarem empatia com os povos estudados e sucumbirem à socialização com nativos. É um risco real mas mais um limite à velha máxima científica de ‘observação sem interferência’. Em Portugal Venceslau de Morais é um bom exemplo deste problema e uma das principais razões por detrás da obrigação de rotatividade dos cargos diplomáticos.

 

Hollywood e várias correntes liberais têm-se mostrado muito nostálgicas por povos não ocidentais e pré-modernos. Em películas como ‘A Missão’, ‘Danças com Lobos’, ‘O Último Samurai’, ‘Avatar’ ou ‘Rabbit-Proof Fence’, os povos nativos são mostrados como indivíduos oprimidos e inocentes face à barbárie coercivamente modernizadora dos povos ocidentais. É no fundo o velho símbolo do ‘bom selvagem’.

 

É também graças a esta perspectiva que uma boa parte das nossas sociedades olham para as revoltas pelo mundo fora como algo a celebrar. Representam um pós-modernismo saudosista da era pré-industrialização, uma possibilidade de catarse pelo colonialismo esclavagista ocidental e derradeiramente uma promessa de união fraternal global guiada por valores universais, i.e. liberdade – e unilateralmente para o ocidente – individual e jusnaturalista.

 

Claro que se há algo que une a espécie humana é a sua dualidade ética: em ‘Danças com Lobos’ é o homem branco que chacina os búfalos da América do norte mas mostrar todas as espécies erradicadas pelos ameríndios ou as florestas queimadas pelo Aborígenes já não interessa, muito tem o homem branco a aprender com as culturas rurais e espirituais (vínculo claro mas contraditório entre o abstraccionismo das práticas religiosas animistas e o do New Age anti-vitoriano e anti-patriarcal) mas nunca mostrar os aspectos mais reprováveis do feudalismo japonês retrógrado.

 

Se estes filmes ajudam à melhor compreensão de acontecimentos e sociedades que escapam à narrativa superficial dos nossos dias, eles também possuem um lado detrimental. Afinal não é como se a História possa ser alterada e apreender os acontecimentos actuais como uma oportunidade de redenção nada mais é que ingenuidade. É de espantar o quanto o discurso anti-ocidental do chamado ‘sul’ tem eco nas sociedades europeias. Mas é contra-producente aceitar culpa por eventos históricos fruto de gerações anteriores ou iludirmo-nos com a tola esperança de que só nós fomos responsáveis por fenómenos negativos e que a nossa culpabilização levará à coexistência pacífica com estes povos.

 

Quer seja Lula a propósito das mudanças climáticas, Erdogan em relação à Palestina ou Joaquim Chissano falando de colonialismo, é importante aceitarmos que a História continuará. Ela continuará apesar da preeminência Americana mas também apesar do passado Europeu – dificilmente todo ele negativo.

 

Compreendamos assim que a solidariedade com outros povos não deve ser um bem intrínseco mas sim uma prerrogativa baseada nos méritos e interesses de cada circunstância. 

Qual o preço da factura energética das "novas escolas"?

Sandra Gomes, 28.02.11

 

O Programa de Modernização do Parque Escolar destinado às escolas de ensino secundário, tem como objectivos recuperar e modernizar os edifícios, tornar as escolas num espaço aberto à comunidade e criar um sistema de gestão dos edifícios eficaz.

Hoje, já com 75 escolas intervencionadas, de norte a sul do País, encontramos maior conforto, melhores acessos e equipamentos de vanguarda tecnológica, como quadros interactivos e computadores. Tudo em nome da modernidade e de um ensino de qualidade.

Quem não se recorda de notícias de jovens que para frequentar as aulas tinham de estar de casaco e luvas para aguentarem o frio dentro da escola. Mas agora isso faz parte do passado, pelo menos isso é o prometido!

Após alguns meses de funcionamento dessas "novas escolas", um outro problema se levanta relativamente aos reais custos operacionais. Com orçamentos cada vez mais reduzidos, será que as escolas vão conseguir suportar o aumento da factura de energia? Será que as soluções adoptadas são realmente as mais eficazes? Numa altura que tanto se fala em eficiência energética, será que de facto essa preocupação esteve sempre presente na reformulação das "novas escolas"?

 

 

 

gominhas

 

Esperemos de não ter de voltar aos casacos e às luvas! (",)

Nem todos conseguem ser corruptos

Diogo Agostinho, 28.02.11

 

"Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos NévoaO tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal,  quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, umailegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."
 

 

By Ricardo Araújo Pereira

... e a caravana passa.

jfd, 27.02.11

PSL continua na sua. Ainda ontem no Expresso lia-se como Rui Rio seria a melhor pessoa para liderar o PSD neste momento, e como é culpa da liderança os números que estão reflectidos em sondagens. Alguma coisa deve-me estar a escapar pois não foi isso que vi na semana que passou.

Quanto a Rui Rio, gostaria muito de saber qual a sua reacção a este apadrinhamento do nosso ex Primeiro-Ministro. Eu bem que procuro mas não encontro. Terá sido encomendado? Estará PSL a criar um novo Marcelo (aquele que deveria ser mas que depois nunca vai lá)? Acredito piamente que Santana tenha fé em Rio. Aliás já houve fé antigamente, mas foi Ferreira Leite quem deu o corpo às balas correcto?

É bom acreditar e dizer em boa voz em quem se acredita. PSL faz bem em ser claro e público. Sabemos assim o que podemos esperar dele ao contrário de outros no partido que a fazem pela calada.

 

 

Eu também o sou. E este líder é o correcto para o momento correcto e com as opções correctas.

Sabe gerir os seus momentos. Sabe falar para o país. Sabe ter calma. Sabe estar. E mais que tudo sabe que não vamos lá com ódios ou rancores de morte ao "inimigo".

Santana e outros podem e devem falar, mas a actual liderança está bem, recomenda-se e tem mais em que pensar.

 

Exemplos temos todos os dias... Enquanto ontem o Primeiro-Ministro estava numa de Calimero:

 

(...)José Sócrates, que falava na qualidade de secretário-geral do PS, afirmou sábado que qualquer crise política “deitaria por terra” o esforço dos portugueses para defender a economia e acusou a direita de querer impor uma “agenda ideológica contra o Estado”.

Sublinhando que Portugal “só terá sucesso se tiver estabilidade política”, Sócrates insistiu na tese de que “qualquer crise política prejudicaria a economia e o país.(...)

 

Pedro Passos Coelho ainda há pouco assim respondeu:

 

(...)“A estabilidade é um instrumento e será avaliada e avalizada na medida dos resultados que se proporcionarem. Se a estabilidade servir para agravar os problemas, então a estabilidade em si deixa de ser útil”, salientou.

O líder social-democrata afirmou mesmo que o seu partido tem sido “uma âncora de estabilidade” no país e lembrou que, até hoje, nenhuma medida que o Governo tivesse considerado decisiva deixou de ser adotada porque o PSD não aceitou.

Deixem-me dizer àqueles que de repente parecem ter descoberto que a estabilidade é um valor supremo, de que ela vale de muito pouco se nós não resolvermos os problemas e não formos à raiz dos problemas”, salientou.(...)

Ela que morra, que eu estou cheio de fome.

nunodc, 26.02.11

Democratas na América (1 de oo)

Ricardo Campelo de Magalhães, 25.02.11

 

 

 

Um pedido que me fizeram numa troca de e-mails entre psicóticos deu-me uma ideia para o meu 1º Post sobre os "Democratas" Estado-unidenses: a anedota do Michael Moore e a sua "percepção" (eu sei, ele não cumpre todos os requisitos para a palavra ;) ) sobre a Saúde em Cuba.

 

Se quiserem saber mais, fica aqui o link para o programa da semana seguinte:

http://www.youtube.com/watch?v=kf3MtjMBWx4&playnext=1&list=PLBE5D807711EB06B3

Ah, e já sabem: Don't shoot the Messenger. Eu limito-me a rir, eu não coloco palavras na boca dele, ele faz isso sozinho {#emotions_dlg.angel}

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