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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Histórias I ou "Chamem-me fascista"

Essi Silva, 31.07.10

 

Fez no passado dia 27, 40 anos sobre a morte do "ditador fascista" Salazar.

 

Digo ditador fascista porque foi isso que me ensinaram na escola.

Ao longo dos anos tenho percebido que o nosso país sofre de um défice democrático a nível histórico. A História, tal como no caso da Segunda Guerra Mundial, tem sido deturpada de modo a saudar os vencedores e a descredibilizar os perdedores. O herói é quem ganha. O perdedor é sempre vilão.

Fala-se ainda pouco de Salazar. Há um medo que não entendo. Será medo da verdade ou será medo da opressão quando se diz a verdade?

Não sei. Gostaria que se visse mais o homem enquanto um estadista com uma ideia própria da Pátria e de entrega da vida pelo bem da Nação e não como um Leviathan ou um monstro que destruiu o país e oprimiu o povo.

Não vivi no Estado Novo. Tenho só 20 anos e uma amálgama de relatos, manuais de história Pré 25 de Abril e contemporâneos. Mas do que li, do que ouvi, não vejo um monstro. Vejo amor à Pátria. Como nesta democracia pouco ou nada vi.


Falta de visão e pobreza alargada

Hoje em dia vivemos numa crise. Económica, social, política. A democracia que nos prometeu o futuro, a igualdade, a vida, começa a desgastar-se cada vez mais.
Diz-se que o país vivia em pobreza. Tendo em conta que os meus avós começaram por percorrer o país de lés a lés e conheceram a população profundamente, acredito quando me dizem que a pobreza era só uma fachada. Que algumas vezes os mais pobres eram geralmente aqueles que tinham mais pecúlios ao ponto de poderem viver uma vida folgada.
É verdade que Salazar falhou em muitos aspectos. Mas acusá-lo de falta de visão, significa colocá-lo numa posição de desigualdade em relação aos políticos de hoje. Porque haverão estes de ser desculpados dos seus actos e Salazar acusado?
Não o defendo. As suas convicções subjugaram o povo àquilo que Salazar via como ideal. Assim nasceu a PIDE, julgo eu. Será pior um homem que impõe a sua vontade por achar que é o melhor para o seu povo, ou um homem que só se preocupa com o que é melhor para si jogando o povo de modo a retirar os melhores proveitos para si?
Era uma vez o Banco de Portugal

Pouco antes da Fonte Luminosa, um dos marcos mais bonitos de Lisboa, cujo brilho tem sido ofuscado pelas permanentes águas paradas e luzes apagadas, ser inaugurada, conta-me a minha senhoria, cujo falecido esposo trabalhava na construção, Salazar passou de carro para ver como tinha ficado. No cimo, penduravam-se já as letras S e A. O ditador inquiriu o que era aquilo. Pretendia-se ter o seu nome suspenso na Fonte aquando a inauguração. O ditador perguntou quanto custaria aquilo aos cofres do Estado. A resposta não o agradou. "Não quero". E assim foi.

 

Há dias, a agência Bloomberg escrevia que o antigo ditador poderia ser recordado como o melhor investidor que Portugal já teve, caso o banco central português autorizasse o país a beneficiar das suas reservas de ouro.

Em proporção com o tamanho da economia, actualmente Portugal armazena mais ouro que qualquer outro país na Europa, a maioria do qual acumulada durante os 36 anos da ditadura de Salazar com poupanças e o dinheiro das exportações portuguesas, incluindo volfrâmio (tungsténio) e da indústria conserveira. Graças a Deus que mesmo com a dívida pública o ouro de Portugal, gerido pelo Banco de Portugal, cuja regulamentação indica que o ganho procedente das vendas de ouro têm de ser colocadas numa conta, não pode ser transferido para o tesouro público.

 

Para além de enriquecer as nossas reservas de ouro, défice não entrava no vocabulário do Orçamento da altura. Culpem o Plano Marshall. Nós também temos um Plano Marshall of our own - os fundos comunitários. Não é por causa disso que não estamos na bancarrota.

 

A coragem de romper o silêncio

Paulo Colaço, 31.07.10

 

Esta é uma fotografia antiga da minha presidente, chefe e amiga Isaura Morais.

Tem cinco anos esta imagem e revela algumas das qualidades desta mulher, mãe, autarca e profissional: determinação, destemor, genica e desembaraço.

Ontem continuou a comprovar que a palavra “coragem” num seu antigo lema de campanha não foi em vão.

Venceu o medo, a vergonha e negação quando disse à polícia o que tinha de dizer.

Isaura vai em frente, tens aqui a tua gente!

Chocante

Diogo Agostinho, 30.07.10

Julgamento da Casa Pia em risco de ser anulado

 

Isto é chocante. Mas cabe na cabeça de alguém que o processo Casa Pia se arrasta, siga com atrasos, cancelamentos e que agora possa ser anulado? E como assistimos a isto tudo? Parece que é banal. Uns miúdos foram violentados, molestados, miúdos com dificuldades económicas, a cargo do Estado, que serviram de banquete para senhores poderosos, ricos e com influência tremenda. Bem sei que os senhores que vão a julgamento são gotas no oceano de que é a nojeira deste caso.

 

Ninguém acelera este sistema de justiça que não funciona? É nojento tudo isto! É nojento a cobertura, as entrevistas, as tentativas de limpeza de imagem. Basta desta história!

 

Ainda veremos os culpados a serem apenas Bibi e o Juíz Rui Teixeira. Enfim, que brincadeira é a justiça em Portugal.

Coincidências com piada.

nunodc, 29.07.10

Tecnicamente pode não ter sido desertor, mas isso é o que menos importa. Estar ao lado do inimigo é uma atitude que tem um nome. Para mim foi bastante pior que a deserção. A rádio de Argel criava danos psicológicos nas nossas tropas e incentivava o inimigo a combater mais violentamente. Poderia ser a opinião dele (a guerra ser injusta), mas não lhe dava o direito de criar condições para causar mais baixas nos seus compatriotas".

- Almirante Nuno Vieira Matias, sobre o possível Presidente da República Manuel Alegre

 

 

O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.

- Constituição da República Portuguesa, Artigo 120.º


Facebook PSD

Diogo Agostinho, 29.07.10

 

Ouvi em tempos que a actual Direcção do PSD estava a pensar criar uma plataforma "tipo facebook" para os militantes do Partido. Ora aqui está um choque tecnológico que seria muito interessante para o Partido. Este processo pode criar uma facilidade de contacto entre militantes e facilidade de passar a mensagem entre o Presidente e os seus.

 

Quem diz Presidente do Partido, diz Presidente da Distrital, da Concelhia e da Secção. Quem diz Partido, diz JSD. Este processo pode ajudar a encurtar o caminho entre as ideias e os "sacos de votos". Ora se cada militante tivesse a sua página e recebesse informação sem filtros, sobre as ideias, sobre quem se candidata a que cargo, sobre opiniões de companheiros de Partido, ajudaria e muito a "limitar" o célebre cacique político. Um facebook obriga a um e-mail e uma password. Obriga a privacidade, mas permite que um mural comum a todos seja um veículo rápido e fácil de informação.

 

Neste processo faz todo o sentido a introdução de uma medida na JSD: Directas! Um jovem hoje em dia domina as novas tecnologias, sabe mexer numa plataforma destas com facilidade. Um jovem que se inscreve numa juventude partidária certamente tem capacidade para escolher. Ora, por acreditar que os jovens da JSD são pessoas interessadas e com liberdade, vejo nesta futura plataforma uma excelente oportunidade de envolver todos os militantes. Será certamente um caminho interessante.

Simples e claro.

nunodc, 29.07.10

A maioria PSD/CDS que lidera a autarquia portuense revelou hoje que chumbou a proposta de dar a designação de José Saramago a uma rua da cidade porque a comissão de toponímia não aprovaria um nome sem ligação direta ao Porto.

No entanto, numa carta enviada sexta feira ao PEN Clube português, o presidente da autarquia, Rui Rio, critica também a «postura de contorno intolerante» de Saramago, nomeadamente quando este promoveu «saneamentos políticos de jornalistas» enquanto «diretor adjunto do DN». «Mas deixe que também lhe confesse, com toda a transparência que, se não existisse a regra aqui referida [o critério da Comissão de Toponímia de não dar nome de rua a quem não teve ligação direta à cidade], a minha consciência teria muita dificuldade em votar favoravelmente [...] Porque o Porto é uma terra de liberdade [...] não é compaginável com posturas de contorno intolerante ou, por exemplo, com os saneamentos políticos de jornalistas que o ilustre escritor promoveu no «Verão Quente de 75», enquanto diretor adjunto do DN».

Saramago pode ter sido um grande escritor. Mas grande português nunca foi. Falta é dizê-lo em voz alta. Para quando uma comissão que prove que não se deve dar importância a um nome sem ligação directa a Portugal..?


Já a mulher dele parece querer ser uma grande portuguesa, porém...

Autêntico

Diogo Agostinho, 29.07.10

Former President George W. Bush speaks at the Economic Club of Southwestern Michigan May 28, 2009 in Benton Harbor, Michigan. Bush was to discuss his presidency and life, as well as the economy and world events in his first speech since leaving office. (Photo by Bill Pugliano/Getty Images) *** Local Caption *** George W. Bush

 

Hoje em dia não há políticos que não estejam preocupados com a câmara de televisão e a imagem pública. Mas a maioria soa-me a falso. Os políticos autênticos não precisam de um tratamento de imagem, se o político for autêntico vai sair-se bem. As pessoas apercebem-se quando está a mentir, não são ignorantes. Nunca devemos pensar que se pode construir uma imagem de alguém, fugindo àquilo que ela é.

 

O CEO da Euro RSCG, uma agência de imagem, disse-nos esta enorme verdade. De facto, é um dos enormes erros dos políticos. Mudar o que são e sobretudo como são. Mudar de registos, mudar as poses, fazer o papel de actor. Ser plástico. E não se trata apenas do recurso ao teleponto ou de colocação de voz. Trata-se de espontaneidade.

 

Trata-se de ser um ser humano que tem qualidades e defeitos. Que tem sentimentos. Na política observar as entrevistas que os nossos "actores políticos" dão, perceber que o discurso é treinado e adaptado para x momento ou y jantar é cada vez mais usual. Acho obviamente que as pessoas devem ter preparação, devem saber estar, devem ter um domínio de dossiers e temas em que irão ser abordados. Mas inventar "registos", inventar poses é não ser a pessoa como é. O CEO desta empresa fala de Lula. E tem razão, o fenómeno Lula é ele. Por mais agências de imagem, por mais tratamento que lhe façam ele passa a sua imagem. Quem diz Lula, diz Bush, com as suas limitações e expressões.

 

Viu-se em Menezes, a tentar discursos de Estado. Viu-se em Santana na sua tomada de posse como Primeiro-Ministro. Viu-se em Marcelo Rebelo de Sousa que perdeu a chama e a argúcia quando foi líder do PSD. Viu-se Manuela Ferreira Leite que não é de todo a imagem que deixou nas últimas campanhas.

 

As pessoas são o que são. E é nas suas características que está claramente o seu potencial.

Ha e tal porque não tem propostas....

jfd, 28.07.10

... Vamos ver agora as reações do povinho e do povão...

 

 

O líder do PSD defende uma parceria ibérica para Portugal e Espanha possam mais facilmente ultrapassar a crise e aliarem-se na procura de novos mercados.

 

Quando o processo da Vivo se iniciou, ele tornou-se possível porque houve um esforço conjunto de entrada naquele mercado. A PT sozinha não tinha conseguido fazer essa intervenção e a Telefónica não teria tido sucesso no Brasil sem a nossa ajuda

(...)

Em termos estratégicos penso que a política correcta é partindo da base europeia explorar duas alavancas que podem ser importantes: a da lusofonia e a da parceria com Espanha a pensar nos mercados

 

 

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