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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Novamente 15

Paulo Colaço, 30.12.08

 

É dia de novidades no Psico.
Iniciamos 2009 com o ingresso do muito promissor André Machado, UViano de 2008, dirigente da JSD/Setúbal e fdliano de raça.
Reingressa no Psico o nosso Né, também conhecido por Nélson Faria, retomando a psicose neste espaço.
Passará à latência o Carlos Carvalho que, mesmo psico-adormecido, não se poderá esquecer que “once a psicótico, always a psicótico”.
 
Um abraço a todos. E siga a psicose!

Ai o acordo ortográfico!!!!!!!!!!!

Tiago Sousa Dias, 30.12.08

 

Ao ler o Jornal de Negócios de hoje e chegada á página 16 deste diário, deparei-me com um sinal do tempo. "Disse" em linguagem comum de SMS escreve-se "DIX".

 

Simplesmente aqui não se trata de um SMS, trata-se de um Jornal económico que muito respeito e admiro. Era uma questão de tempo até aparecer o primeiro erro desta natureza. Quantos mais virão....

Eu não iria tão longe e vocês?

Tiago Sousa Dias, 30.12.08

 

Logo no primeiro ano do curso de Direito foi-me ensinado que as premissas explicam o caso, a lei, o facto, o crime, tudo. Sem sabermos a premissa, não sabemos o final... a sanção.
 
Eis então o caso prático:
 
Atente ás recentes declarações do Presidente da República transcritas neste enunciado e, comparando-as com as do  Presidente Jorge Sampaio em 2004 (igualmente transcritas neste enunciado), manifeste a sua opinião justificando-a jurídica e politicamente.
 
Cavaco Silva - 29-12-2008
 
- o caso dos Açores abriu um "precedente muito grave";
- o caso dos Açores "abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal funcionamento das instituições da República";
- "será leal ou não que um órgão de soberania imponha ao Presidente da República uma redução dos poderes que a Constituição lhe confere?"
- “É o superior interesse do Estado português que está em causa".
- “A qualidade da nossa democracia sofreu um sério revés
- “a situação agora criada não mais poderá ser corrigida
 
Jorge Sampaio - 10-12-2004
 
- "Tomei a decisão que vos anuncio tendo em conta a avaliação que faço do interesse nacional."
- "O Presidente da República tem que dedicar uma atenção extrema à transparência, equidade e imparcialidade no exercício do poder e à prevenção dos abusos";
- " a persistência e mesmo o agravamento desta situação inviabilizou as indispensáveis garantias de recuperação da normalidade ";
- “Criou-se uma instabilidade substancial (…)com efeitos negativos (…)na solidez e prestígio das instituições democráticas.”;
- “uma situação cuja continuação seria cada vez mais grave para Portugal”; 
- o Presidente da República não prescinde nem compromete nunca, nem moral e politicamente o poderia fazer, o exercício dos poderes que a Constituição lhe atribui.”

Massacre na Faixa de Gaza

jfd, 30.12.08

As politicas agressivas de uma Israel que festejou o seu 60º aniversário este ano e que terá eleições no próximo Fevereiro, estão a arrasar Gaza com cem toneladas de bombas.

O Hamas havia quebrado o frágil cessar-fogo de Anápolis, cuja parte Israelita nunca foi cumprida no que toca ao cerco imposto às vidas Palestinas; nunca Israel recuou no embargo. Apenas os tuneis, entretanto destruídos, serviam quer para fins militares como fins humanitários.

É um povo que sofre, massacrado por um povo que já sofreu. As grandes forças militares e financeiras mundiais continuam a ser as costas quentes de Israel, sempre interessadas na escalada de violência e na continuação do conflito.

Por entre estes caminhos, uma população que votou maioritariamente num bélico Hamas, uma autoridade Palestina enfraquecida, uma força política Israelita corrupta que está de saída, uma força que deseja entrar pela demonstração de força e intransigência. E o mundo timidamente vai condenando...

81% dos Isaraelitas aprovam esta acção militar. Fala-se já na invasão terreste. O Haaretz informa-nos hoje que este é um desejo do Hamas... Espera-se uma guerra sangrenta se tal acontecer. Os Israelitas ainda têm na memória a humilhante derrota de há três anos no Líbano.

 

É uma história de ódio e de morte. É com muita facilidade que nos poderemos pender para um lado ou outro. Mas só com o verdadeiro e profundo conhecimento da coisa poderemos começar a ententer a complicação e ramificações do conflito actual. Esquecamos o passado e pensemos no presente e na razão dos acontecimentos...

 

O Governo Português lamentou a situação. E acho muito bem. E vocês? Que opinam?

A vergonha do SNS, de Ana Jorge e de José Sócrates

Luís Nogueira, 27.12.08

 

"O director-Geral da Saúde recomendou ontem à noite aos utentes que recorram às urgências hospitalares para o fazerem apenas quando tenham uma "necessidade absoluta", pois caso contrário podem prejudicar este serviço.

Francisco George falava à Lusa a propósito da elevada afluência que várias urgências hospitalares estão a registar em Lisboa e que, em alguns casos, obrigam a que os casos urgentes e muito urgentes demorem 12 horas para ser atendidos, como no Hospital Amadora-Sintra."
 (*)

 

Será que li bem? 12 horas para ser atendido? Perante esta vergonha nacional, onde está a Ministra Ana Jorge? E o "menino de ouro" do PS? Estão escondidos ou de férias bem longe de Lisboa, pois a  propaganda socialista não consegue funcionar perante as reais necessidades dos portugueses!!!

 

Aqui está o resultado da política de saúde errada do Governo de Sócrates, que encerra o horário nocturno dos centros de saúde, em torno da capital, levando a que centenas de pessoas se dirijam para os hospitais públicos. O caso do Amadora-Sintra é pragmático nesse sentido.

 

Ainda há quem fale em TGV´s, aeroporto, pontes, choques hi-tec para aqui e para ali, auto estradas, and so on, quando a saúde em Portugal está de rastos. Razão tem MFL, quando adverte para o investimento público correcto e localizado.

 

Por fim, uma última reflexão. Senhora Ministra, se não consegue criar uma solução para este problema gravíssimo, demita-se!!! Porque estamos fartos de tanta incompetência nesta matéria.

 

(*) As marcações no texto são da minha responsabilidade, ainda que olhe para Francisco George, como um bombeiro, que tenta "apagar um fogo" que teima em repetir-se várias vezes ao ano.

George W. Bush

jfd, 25.12.08

 

George W. Bush, o primeiro Presidente Americano com um MBA.
O Presidente que mais dinheiro gastou na luta contra a SIDA em África, que nomeou 2 afro-americanos como secretários de estado quiçá, abrindo caminho para o próximo Presidente. O Presidente que viu americanos sofrer como consequência do Katrina do alto do seu Air Force One.
O Presidente que viveu o 11 de Setembro e que deu a ordem para se abaterem aviões civis. O Presidente que transformou um superavit num deficit nunca visto.
O Presidente que se deixou levar pela Preemptive War, o Presidente do neoconservadorismo. O Presidente do Vice-presidente...
O Presidente do já arrependido Mission Accomplished no Iraque, e da desgraça no Afeganistão.
O Presidente que trouxe a sua própria noção de Justiça para a Casa Branca, o Presidente do No Child Left Behind, o Presidente do Muro do México.
O Presidente, que não sendo culpado, vê acontecer sob sua alçada a maior crise de valores e financeira que os EUA já viram, alastrando por todo o Mundo.
O Presidente renascido Cristão.
Muito mais haveria para se dizer sobre este homem. Estamos demasiados próximos dos factos para o julgarmos.
 A história tratará de o fazer.

Pai Natal devolve-nos o PSD?

Diogo Agostinho, 23.12.08

 

Nesta quadra natalícia, em que muitos de nós estaremos em comunhão com a família e amigos, convido-vos a reclamarem os vossos presentes políticos ao senhor Pai Natal para o ano de 2009.

 

Da minha parte já sei, quero que o nosso PSD, forte como sempre foi, lidere a mudança no País e mande embora este actual Governo. Nós temos a nossa génese reformista e sempre guiámos Portugal no bom caminho. Estes 4 anos de Sócrates chegam para o mandar embora, precisamos é de arrumar a casa e cerrar fileiras. TODOS!

 

Bom natal!

Dois becos constitucionais

Tiago Sousa Dias, 23.12.08

Tive Direito Constitucional em 1999. No ano em que entrei para a faculdade. Lembro-me numa das aulas termos feito um mini-teste com duas perguntas. A primeira era como tratar uma norma constitucional que colida frontalmente com outra (materialmente). Ou seja, se agora uma alteração constitucional não eliminasse a proibição da pena de morte e uma nova norma estabelecesse que a pena de morte era admissível sem revogar expressamente a anterior. Respondi que não acontece nada e vivemos num sistema jurídico que, estúpidamente, aceita e rejeita (simultâneamente) a pena de morte. Isto porque entrando no leque constitucional e não se aplicando alguns principios básicos de técnica legislativa porque se trata de uma norma constitucional; uma vez adquirida, por aprovação, dignidade constitucional, não perde mais essa força e pouco importa qual existia primeiro. São ambas texto constitucional e valem como tal. 

Enviei uma pequena carta a Jorge Miranda pedindo a sua opinião anexando a resposta ao mini-teste. Guardo essa carta religiosamente pois que o mesmo me disse que já havia pensado isso mesmo e concordava de jure constituendo.

 

Dois anos depois, Otto Baschoff deu uma conferência traduzida para português (salvo erro na Gulbenkian) onde falou das... "Normas constitucionais inconstitucionais"; esse artigo foi seguido por todo lado e hoje ninguém contesta que existe um vazio legal gravíssimo na constituição que ninguém se dá ao trabalho de resolver.

 

Jorge Miranda disse, está dito.

 

Coincidências da vida e a segunda pergunta, para iniciantes de Direito Constitucional, era  o que acontece se o Presidente da República nada fizer após o reenvio de um documento legislativo. A minha resposta foi "Nada". Ou seja, recebido o documento, o PR pode "promulgar" pode decidir que não promulga ou, terceira hipótese, nada faz, nada diz... e nesse caso a lei nada prevê. Eis que temos o veto de gaveta.

 

Ontem, Jorge Miranda disse que o Presidente da República pode bem pegar no Estatuto dos Açores e guarda-lo na gaveta. Na prática é como se vetasse o documento, mas sem o vetar, esquecendo-o porque a nada é obrigado.

 

Que fará o P.R.?

 

E o legislador? Quando é que se dá ao trabalho de expremer as espinhas da Constituição e limpar-lhe as costas? Porque é que continuam a haver parvoíces como a Incriminação e julgamento dos agentes e responsáveis da PIDE/DGS constitucionalmente consagrados? E estas falhas clamorosas fundamentais? Alguém faz alguma coisa? (já postei recentemente sobre a necessidade de revisão desta constituição, mas por motivos ideológicos só; desta vez por questões sistemáticas e materiais - claro, mas não exclusivamente).

 

Na última revisão constitucional assisti a um debate demorado porque havia uma alínea do art.º 288º dedicada aos direitos dos trabalhadores. O PSD achou que, por método, devia ser retirado porque os direitos dos trabalhadores já estavam protegidos pela previsão dos Direitos, Liberdades e Garantias. Este foi um exemplo das interessantes e inúteis revisões constitucionais recentes.

Incongruências dos tempos modernos

Luís Nogueira, 22.12.08

Na sexta-feira passada fui fazer umas compras e deparei-me com um triste quadro. Uma funcionária estava a retirar umas embalagens de pão, directamente de um balcão para um caixote que estava no chão. Curioso sobre o destino a dar aquele pão "fora de validade", perguntei-lhe para onde iriam as ditas embalagens.

 

A senhora muito envergonhada, lá acabou por confessar que o pão iria como sempre, para o lixo, em virtude de existirem "ordens superiores" para que tal fosse feito, apesar de a própria e os seus colegas já se terem demonstrado contra a situação.

 

Esta prática tem algum sentido? Tudo bem, é preciso manter a procura. Mas numa altura em que são conhecidos os dados referentes ao risco de pobreza na sociedade portuguesa, que se cifra nos 18% e quando sabemos das intenções de se aumentar o valor do pão, fará algum sentido esta prática, de deitar fora alguns alimentos essenciais, só porque estão no último dia de validade, quando estes poderiam ser dados a instituições de solidariedade social, ainda em perfeitas condições de serem consumidos?

 

Em época de Natal, de solidariedade e de amor pelo próximo, convém pensar nisto... 

Madoff, o Judeu de Queens

jfd, 19.12.08

Madoff era o gestor preferido das grandes fortunas. Começou aos 20 anos como vigilante de uma praia em Queens e chegou a ser presidente da NASDAQ. Criou a sociedade de investimentos Bernarnd Madoff, a qual presidiu.

Toda o mercado ficava maravilhado com o retorno prometido e cumprido sobre o capital desde meados dos anos 90. É uma lenda de Wall Street. Muito respeitado por todos os players do mercado.
Quinta-feira passada, agora com 70 anos, foi denunciado pelos próprios filhos. Ruía o castelo de cartas, a mentira financeira. Um esquema de proporções épicas, mas tão simples como o da nossa Dona Branca. As entradas frescas de capital remuneravam o capital já no esquema, formando assim a conhecida fraude em pirâmide. Durante anos e anos, capital de grandes fortunas pessoais e de grandes empresas. Ora, com a crise, o que as pessoas e empresas precisam é de liquidez, toca a levantar o seu dinheirinho... A mentira é confessada pelo próprio aos filhos, que no mesmo dia foram à polícia. Desapareceram 37 mil milhões de euros.
Grandes famílias, grandes empresas, todos afectados por este gestor de hedge funds. Em Israel diz-se que muito dinheiro judeu foi afectado e que está em causa a sua conhecida filantropia, em Espanha a família Botín está também chamuscada.
Da exposição portuguesa o BdP fala numa exposição directa de 18 milhões de euros e já a CMVM estima que os fundos de investimento e carteiras de activos de clientes tenham sido prejudicados em 76 milhões de euros (11 milhões nos fundos de investimento e 65 nas carteiras individuais de investidores). O órgão regulador dos mercados aponta a dificuldade em identificar todos os activos e alerta que os valores podem mudar.
 
Eu não tenho pena nenhuma, bem feito. A ganância paga-se, e a um preço alto!
 
fonte: fss podcast

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