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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

A barraca de Barack

Paulo Colaço, 30.11.08

Nesta campanha, Barack Obama concorreu contra duas pessoas: Hillary e McCain.

 
O calor que Obama acendia no peito dos seus apoiantes tinha três chamas:
a) a repulsa pelo belicismo de Bush.
b) o descontentamento pela falta de consciência social dos Republicanos.
c) a antipatia por Hillary, símbolo de calculismo, jogadas, o pior da política de interesses e bastidores.
 

Agora, é público que Obama quer (e terá) Hillary na sua equipa, e para alto lugar (Secretária de Estado). Vejo nisso um duplo logro. Aos apoiantes e ao seu Vice.

O novo Instituto Sá Carneiro

Paulo Colaço, 28.11.08

 

Foi ontem apresentado o novo rumo do Instituto Francisco Sá Carneiro. Uma sala cheia de destacados militantes e de jovens quadros assistiu a uma apresentação da responsabilidade do presidente do IFSC, Alexandre Relvas e ao discurso da Dra. Manuela Ferreira Leite.
 
A renovada casa do Instituto pretende ser uma fonte de documentação, um local de encontro de militantes, um desafio para independentes.
 
Pensar Portugal, construir alternativas e formar quadros são pontos de passagem obrigatórios até à meta final: preparar o PSD para a tarefa de melhorar o País.
 
Estimulantes viagens como “Portugal 2020”, “Viver melhor nas nossas Cidades”, “Textos de Francisco Sá Carneiro” e “Nova Narrativa, Novas Ideias” poderão vir a fazer do site do IFSC o melhor espaço de contributo político da web portuguesa.

Bom Congresso a todos

Paulo Colaço, 28.11.08

E começa hoje mais um Congresso da JSD.
Há delegados a caminho e preparativos a ultimar.
Há discursos a afinar e estratégias a acertar.
Há saudosismo naqueles que já saíram mas que lá vão estar para rever amigos e assistir ao pulsar da instituição a que deram muito.
Há quem vá pela primeira vez. Há quem seja congressista pela última.
Moções a debater, ideias a fervilhar.
Após 14 anos de Congressos, fico de fora pela primeira vez.
E fico mesmo de fora. Desejando, é claro, bom Congresso a todos.
Especialmente à minha querida JSD.

Boas notícias

João Marques, 26.11.08

Comissão Europeia vai prosseguir com processo de infracção sobre Portugal por dupla tributação nos automóveis novos. Numa altura de crise, em que há uma guerra sobre se os carros a diesel vão ou não ficar mais caros a partir do próximo ano, sabe bem aos depauperados bolsos dos portugueses saber que há ainda quem os tente defender. É pena é que essa defesa tenha de provir do "estrangeiro". Aqui, como noutras matérias (p.ex.: liberdade de imprensa), os portugueses encontram tutela mais forte nas instâncias comunitárias do que nas do seu próprio país...

Northern Rock, versão tuga

PsicoConvidado, 25.11.08

Muitos portugueses estão neste momento a pensar o que é se passa com o Banco Privado Português (BPP), quais as semelhanças com o Banco Português de Negócios (BPN) e porque é que o Estado vai deixar o primeiro falhar, quando não deixou o segundo.
Note-se o seguinte, antes de mais: não são casos iguais! Muito pelo contrário. No BPN existiu fraude. Essa fraude causou um buraco de 700 mil milhões de euros, à altura da nacionalização. O BPP tem outro problema, nomeadamente a estrutura do seu balanço e foi a mesma coisa que já levou ao fundo vários bancos, entre os quais, o Northern Rock, no Reino Unido. Vou tentar ser o menos técnico possível a descodificar este “Northern Rock português”.
 
O que se passa é muito simples. O BPP tem um balanço total de quase 1,7 mil milhões de euros em activos. A suportar esses activos estão pouco menos de 200 milhões de euros de capital próprio. [Note-se que estou a usar os dados do primeiro semestre, pois decerto que a posição do banco hoje é pior]. Ou seja, por cada 10 euros detidos, 9 são de fontes externas. Nem é assim tão preocupante, não fosse um pequeno problema: o BPP não tem uma base de depósitos grande para se financiar. Apenas 3,8 euros, por cada 10 euros detidos, vêm de depósitos. O resto vem de empréstimos, muito provavelmente do mercado interbancário, ou seja: dívida de curto prazo. Ora, aqui reside um problema enorme: este mercado está parado em vários sectores e países (por exemplo, EUA e Reino Unido). Portugal não é excepção. O negócio costumava ser: pede empréstimo inferior a um ano, no mercado interbancário, para investir em activos de longo prazo, normalmente com risco. Ao fim de um ano, pede outro empréstimo, paga o primeiro com o segundo, e continua em jogo. Chama-se a isto fazer o “Rollover da dívida”. O grande risco é se o apetite do mercado por este tipo de empréstimos acaba. Ai, não é possível “rolar” a dívida, e tem de se vender activos para pagar ou assumir um rombo.
Infelizmente, os problemas não terminam aqui! O BPP não era um banco no sentido tradicional do termo. Eram mais um fundo de investimento (Hedge Fund, para ser honesto) que tinha uma licença bancária em Portugal. E isso vê-se bem no seu balanço: 950 mil milhões de crédito a clientes. Crédito normal? Não! O mais provável é: o cliente coloca um depósito de n euros, o banco concede um crédito para alavancar a posição, coloca o dinheiro na gestora de património, que está fora do balanço, e investe o dinheiro. Isto significa maiores ganhos para o banco e para os clientes em tempos bons. É também uma óptima receita para a bancarrota em tempos maus. Bastaria que, hipoteticamente, tivessem perdido 10% dos investimentos que fizeram para perder metade do capital próprio! Os mercados já perderam bem mais de 10%...
 
O mais provável é terem investido em activos de elevado risco (estou a pensar obrigações sobre hipotecas) e agora o Banco Central Europeu não as aceita para troca de liquidez, por serem... lixo! Daí a necessidade do aval do Estado: só com o Estado a dizer que se o BPP não pagar paga ele, é que o mercado financia o BPP. Contas redondas do vosso psico-convidado: o BPP deve ter perdido um terço do seu investimento (daqueles 950 milhões de euros). A única maneira de sobreviver a um choque destes seria fazer o dito “roll over da dívida” e aguentar a tempestade na esperança de que os investimentos recuperem. Na ausência disso, tem de vender activos ao preço actual, assumir as perdas e, no processo, ficar sem capital. Basicamente, andaram a brincar aos especuladores, e agora estão a observar o outro lado da medalha: a coisa tem riscos!
 
Deve ser salvo? Não! Não é um risco sistémico, na medida em que o desfazer das suas posições não representa um choque para o mercado. O único risco que poderá haver é destabilizar o mercado interbancário local português, onde os pequenos bancos normalmente se financiam. Depende do volume de transacções, mas como tudo em Portugal, esse mercado é tudo menos transparente. Competirá ao Banco de Portugal, no limite, gerir a liquidez para minimizar o impacto.
Quanto às semelhanças com o BPN, elas acabam nas primeiras duas letras! Não há! O BPN foi fraude, e ainda hoje estão para me explicar o porquê da nacionalização. Não havia risco para o sistema, os depositantes tinham a garantia do Estado até 50 mil euros de depósito. Foi puro aproveitamento político da situação. O que me leva a questionar a política do Terreiro do Paço, ou melhor, a coerência da mesma política! Parece-me que estão a fazer decisões ad hoc, consoante o banco é ou não um risco, e mais perigoso, consoante o aproveitamento político que podem fazer: no BPN protegeram o comum dos portugueses (que já estava protegido, mas isso não interessa nada ao caso!), no caso do BPP deixaram o grande capital comer as perdas... no mínimo, demagógico!

 

 

Psico-Convidado: Guilherme Diaz-Bérrio

Dia da Liberdade - Acto II

PsicoConvidado, 25.11.08

 

Se perguntarmos aos portugueses:
"Agrada-vos a ideia de uma Ditadura Fascista?"
estou em crer que a resposta será negativa. Por outro lado, se perguntarmos aos portugueses:
"Agrada-vos a ideia de uma Ditadura Comunista?"
tendo a acreditar que a resposta não se modificaria.
 
Pois se tal constatação (que a mim parece óbvia!) de que são ambas indesejáveis parece tão clara e se o conceito de Ditadura é, por si só, prenúncio de tudo o que é mau seja qual for o nome que lhe chamemos - porque é que hoje não é também dia da Liberdade? Porque é que não nos ensinam na escola que a Liberdade, em Portugal, foi assim uma espécie de conquista em II Actos, que começou num 25 de Abril e "terminou" num 25 de Novembro?
 
Não estará na altura de desmistificar certos aspectos, Srs. Portugueses?
Pois eu, que prezo muito a Liberdade e não tenho pudores melindrosos em jeito de fantasma com esta questão, acho que está.
E os Psicóticos?
 
Feliz Dia 25 de Novembro - Dia da Liberdade, Acto II
 
Psico-Convidada: Joana Barata Lopes

XX Congresso Nacional JSD

jfd, 25.11.08

E chega a semana do Congresso.
Pela primeira vez um novo modelo anima a reunião magna da JSD.
A meu ver, é algo que se deve receber com espírito positivamente crítico e de mudança.
Eu já não sou Jota mas tenho o meu dedo nas moções que este blogue muito bem defenderá através do Diogo e do Guilherme. Duas pessoas de uma secção que se está a tornar incontornável neste blogue!

Ambas têm assuntos que me são caros, mas! o Diogo terá a honra de defender um dos assuntos que penso ser mais crasso no futuro da Jota; as eleições directas.
Os candidatos têm-se multiplicado em visitas de norte a sul, e os seus apoiantes em sites de apoio, ataque, e etc.
Ora, fica aqui disponibilizado um local equidistante das duas candidaturas, mas próximo da Jota de alma e coração, para que se troquem ideias, conversa, piropos, etc.


Que corra tudo pelo melhor a todos e que depois de Domingo, tenhamos uma Jota ainda mais forte, unida e que tenha em conta TODOS os seus militantes.

 

Viva a JSD, Viva Portugal!

 

Foram cardos foram (p)rosas

João Marques, 24.11.08

 O recente caso do BPN e o ainda mais recente "caso Dias Loureiro" vêm, quanto a mim, reanimar uma polémica que me diz muito - a do Arguido político. É que, com os constantes zun-zuns que se ouvem, com as declarações dúbias vindas de toda a parte e com o subsequente aproveitamento político, quer por via tácita, quer por comportamentos explícitos, há um anátema que se cria sobre a pessoa e que dificilmente se supera pela mera explicação da própria.

 

Não me entendam mal, não estou aqui a defender Dias Loureiro, nem me cabe a mim fazê-lo, muito menos acusá-lo, agora o que me parece inadmissível é que se deixe o lancinante boato crescer ou morrer consoante as necessidades políticas mais abjectas.

 

Neste sentido, as declarações do deputado socialista Ricardo Rodrigues são tristemente paradigmáticas quando "justifica a decisão por só agora a opinião pública ter manifestado de forma inequívoca motivos para avançar com o inquérito.

«Na verdade ainda não tinha havido na opinião pública e na comunicação social as afirmações dos últimos dias, que são contraditórias e que deixam os portugueses incrédulos sobre quem fala a verdade», afirmou Ricardo Rodrigues."

Portanto, são a opinião pública e a comunicação social a comandar o timing e relevância das comissões parlamentares?! Parece-me um critério assassino, tanto mais que no domínio do direito, quem se sentir violentado por suspeitas, pode pedir para ser constituído arguido (59.º/2 CPP) e ver cabalmente esclarecidas as dúvidas que se levantam sobre si, enquanto que na política mando o critério de César (ser e parecer) e não existe qualquer hipótese de quem vê o seu nome chafurdado na lama defender-se por idêntico instrumento.

 

O meu umbigo

Diogo Agostinho, 24.11.08

A semana que passou foi a semana da solidariedade. Desculpe? Soli…quê? Alguém reparou?

 

De facto, estamos a viver muito e apenas para o nosso próprio umbigo. Falta-nos um espírito de partilha e de entreajuda, cada vez mais a nossa sociedade caminha para o individualismo, para o isolamento. Falta fé a muitos de nós. Fé e compaixão.

 

O culto do ateísmo e agnosticismo são preocupantes, não por questões religiosas, mas para a sociedade em geral. A negação da existência de algo superior emerge na nossa sociedade, em que cada um procura assumir o lugar de topo sem olhar a meios. Todos querem mais e mais, a ganância é o principal valor de uma sociedade que se fecha cada vez mais.

 

Vivemos em crise? Porquê? Porque a ética desapareceu. Hoje todos são impunes, a justiça não funciona e é claro para todos que não existe uma conduta de ética transversal no mundo.

 

Falta Governança a este mundo que vive em “Anarquia madura” para citar o Prof. Adriano Moreira.

 

É urgente incutir um espírito de solidariedade, podemos ser os maiores sozinhos, não vamos precisar de palmas, de grandes palmadinhas nas costas, pois basta actualmente um espelho para muitos se sentirem felizes, mas na mó de baixo, aí sim, o individualismo não conta para nada, aí sim precisamos de alguém que nos estenda a mão.

 

Quantos de nós apenas se preocupam com o seu bem-estar? Quantos de nós param um minuto a ajudar alguém que realmente necessite? Quantos de nós olham para o Umbigo do lado?

 

Vale a pena pensar nisso…

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