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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

Tratar da Saúde à oposição!

Paulo Colaço, 30.06.08






Escrevo sobre um caso particular. Um episódio, profundamente lamentável, que ocorreu durante a última sessão de Assembleia Municipal do concelho da Lourinhã (28 de Junho). Na Lourinhã a Câmara é PS e a Presidente de Mesa da Assembleia Municipal, em exercício desde 2005 e independente pelo PS, é a Drª Ana Jorge que, por acaso, é também a actual Ministra da Saúde.

No decorrer da dita Assembleia e perante a inacção da Presidente de Mesa, Drª Ana Jorge, os vereadores eleitos pelo PSD e CDS/PP viram-se forçados a abandonar os trabalhos, como resposta ao coro de insultos de que eram alvo por parte da bancada socialista.

Infelizmente, o tom insultuoso em que decorrem estas Assembleias não é inédito. Mas sim, pratica reiterada por alguns membros da Bancada do Partido Socialista. O que também não é inédito é o silêncio ensurdecedor em que a Drª Ana Jorge se refugia, a sua total passividade, ainda que, interpelada para o efeito.

Pode ler-se em declarações prestadas pelos vereadores do PSD á imprensa:
“Desta vez, o tom das ofensas e insultos proferidos excedeu todos os limites, na forma e no conteúdo, violando grosseiramente as mais elementares regras de boa educação: o senhor "defecou-se", é um "moleque", são "garotos", "crianças", "vernáculo" (cf. gravação da Assembleia) foram das expressões proferidas.”

Lastimo que existam autarcas eleitos, neste caso do Partido Socialista, que não saibam ser exemplos para as suas populações do que é viver em democracia. Mas lastimo, sobretudo, que quem preside a esta Assembleia, e exerce simultaneamente um cargo de relevância nacional, não saiba moderar uma reunião dentro dos limites da civilidade, não saiba fazer valer valores democráticos. Não saiba dar o exemplo!

Este exemplo, que lamentavelmente não será caso isolado, leva-me a pensar que pode estar aqui, uma das mais fortes razões para o gradual afastamento dos cidadãos no que respeita á politica. A credibilidade e o respeito não se exigem ou impõem, conquistam-se!
E conquistam-se, em muito, pelo exemplo, que ao contrário dos contra-exemplos que proliferam e em nada enaltecem a democracia, parecem, ainda, estar confinados ao rótulo de bem escasso.

Ressalvo que o objectivo deste post não é avaliar o trabalho da Drª Ana Jorge, enquanto Ministra da Saúde do actual Governo. Neste ponto, que se deixe, primeiro, a Drª Ana Jorge trabalhar e tentar mostrar os resultados das suas politicas, e apenas depois se teçam considerações.

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