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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

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O lado paranóico da política

A Ilusão do Universalismo

Miguel Nunes Silva, 29.12.12

Vi recentemente um documentário no Canal de História que tratava da história de Fordlândia no Brasil. Esta povoação foi edificada por Henry Ford numa tentativa de se tornar independente no fornecimento de borracha para os seus veículos mas também de estabelecer no meio da Amazónia, um paraíso de desenvolvimento à Americana.

 

As diferenças culturais depressa condenaram o empreendimento ao fracasso. Não só porque a standardização agrícola tentada era impraticável no meio da selva mas também porque a ética de trabalho protestante chocava com a mentalidade tropical dos Brasileiros.

 

 

Ainda que esta história seja mais radical, poder-se-ia facilmente fazer uma analogia com os vários projectos de desenvolvimento para Portugal, que nomeadamente os líderes socialistas tentaram desde o 25 de Abril: Soares com a social-democracia Alemã, Guterres com o modelo Sueco ou Sócrates com o Finlandês.

 

 

Todos tentando trazer para Portugal, e forçando top-down, um modelo em nada adaptado à realidade Portuguesa. Quem não gostaria que nos tornassemos na potência industrial e tecnológica que são os estados protestantes? Mas infelizmente a realidade periférica, amena e rural de Portugal não se proporciona a tal.

As políticas económicas deveriam destinar-se a valorizar aquilo que temos de único e diferente, em vez de tentar 'transformar' através da engenharia social, a população Portuguesa.

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